<
logo Melhores Destinos

Como é voar no espaço Latam+ para Lima e Arequipa, no Peru

Daniel Akstein Batista
27/10/2025 às 20:00

Como é voar no espaço Latam+ para Lima e Arequipa, no Peru

Acesse nosso grupo de ofertas no telegram

Entrar

Quando soube que faria uma viagem para Arequipa, no Peru, confesso que corri para descobrir tudo sobre o destino e me surpreendi ao ver as fotos e informações desse lugar que fica ao sul do país. Mal havia ouvido falar dessa cidade recortada por vulcões, e não via a hora de ir para lá.

Não há voos diretos do Brasil para Arequipa, mas a Latam oferece voos com uma conexão em Lima. E, nessa minha viagem, o tour seria completo, mas com uma parada extra: de São Paulo para a capital peruana, com direito a dois dias de passeio, e depois um voo rápido de Lima para Arequipa.

Vale dizer que, nesse caso, é preciso comprar duas passagens aéreas separadas, já que a companhia não permite stopover no Peru. Como estávamos a convite da Latam e do PromPerú, todo o processo foi feito por eles.

A viagem começou e terminou no Aeroporto de Guarulhos

Voos do Brasil para o Peru

Minha viagem de uma semana começou em São Paulo. Do Aeroporto de Guarulhos, parti com a Latam na noite do dia 13 de outubro para um voo de cerca de cinco horas até a capital Lima. A companhia também tem voos diretos para o Peru do Rio de Janeiro, Brasília, Curitiba e Porto Alegre e, a partir de dezembro, vai começar a operar por Florianópolis.

De janeiro a agosto deste ano, a Latam transportou mais de 500 mil passageiros entre os dois países nas rotas diretas. Em janeiro de 2026, a companhia terá 56 frequências entre Brasil e Peru, o que faz com que a Latam seja líder no transporte de passageiros entre esses países.

Partiu Lima!

Como moro em outra cidade, Jundiaí, sempre prefiro sair com antecedência de casa, pois o trânsito em São Paulo é uma incógnita. Naquela tarde de segunda-feira, por incrível que pareça, as ruas, avenidas e estradas estavam tranquilas, e cheguei cedo ao aeroporto.

Como estava apenas com uma mala de bordo e uma mochila, e também já havia feito o check-in online no dia anterior, não precisei passar por nenhuma burocracia nos guichês da Latam, que estavam tranquilos no momento.

Com meu cartão de crédito Visa, passei pelo fast track rapidamente, lembrando que o Aeroporto de Guarulhos está exigindo que os frascos com líquidos, como shampoo, estejam em um saquinho plástico transparente na bagagem de mão no momento de passar na fila dos raios-x. Já sabia da regra e passei sem problemas.

Com tempo de sobra, escolhi a sala VIP da Latam para aguardar o voo. O meu tipo de passagem não dava direito a curtir a sala, mas com meu cartão Visa, usei um dos acessos Dragon Pass a que tenho direito de graça.

Já tinha ficado nessa sala em uma outra viagem, e gosto bastante dela pelo amplo espaço e boa variedade de comidas e bebidas, inclusive com um bar de drinks.

Já saciado pelos lanchinhos e snacks, fui dar uma volta pelo Duty Free só para dar aquela olhada e pensar se pegaria algo na volta. E logo fui para o portão de embarque, meia hora antes do horário, que ainda estava vazio.

Como a viagem foi a convite da Latam, nos liberaram para embarcar um pouco antes dos outros passageiros, e fomos na mesma van para o avião com o comandante. O embarque foi remoto, então fomos direto para a pista.

Chegamos quase juntos dos novíssimos Audis que levam os passageiros da categoria Latam Pass Black Signature – me senti chique mesmo não tendo esse status.

Para minha surpresa, consegui reservar no dia anterior um assento no espaço Latam+ sem nenhum custo, mas só por ter sido convidado pela companhia para a viagem, vale lembrar.

Como sou curioso, vi no site da Latam que esse conforto extra costuma custar cerca de R$ 240 a mais. Além de um assento com mais espaço para as pernas, há também embarque prioritário e compartimento exclusivo para a mala pequena. Faz toda a diferença, principalmente em voos mais longos.

No Airbus A320 neo, de configuração 3×3, havia logo no começo três fileiras de cada lado para a Premium Economy, com um serviço de bordo mais exclusivo e o banco do meio bloqueado.

Todos os assentos do avião contavam com uma manta e um pequeno travesseiro, e percebi que pelo menos das poltronas comuns para os da Latam+, apenas a cor era diferente. Um detalhe, mero detalhe. Como a temperatura estava agradável (ainda bem, porque detesto quando o ar está gelado), nem usei a coberta.

O voo estava marcado para 19h10 e partiu lotado, com meia hora de atraso. O serviço a bordo foi agradável, com bom atendimento dos funcionários e um gostoso lanche de frango com queijo de janta, além de uma saladinha de frutas e chocolate. Para beber, pedi um vinho tinto e um refrigerante.

Já sabia que não teria telas a bordo, mas com a internet grátis para quem tem cadastro Latam pude ver filmes, ouvir músicas e mandar mensagens por WhatsApp pelo celular, tudo de graça.

A tela, claro, faz falta em voos mais longos e, como não consigo dormir no avião, usei e abusei do entretenimento online. Minha sorte é que tinha tomada USB e normal a bordo, assim pude deixar o celular sempre carregado.

O voo foi bem tranquilo, e me chamou a atenção o estado do Airbus A320 neo: era novinho, com luzes diferentes para as diferentes categorias de poltronas, e alternavam de acordo com o horário e o serviço: um pouco mais claro ou mais escuro.

A viagem demorou pouco mais de cinco horas, e já era quase madrugada quando chegamos no novíssimo Aeroporto de Lima, com uma diferença de duas horas a menos no fuso em comparação a São Paulo.

A imigração foi bem tranquila: precisei apenas mostrar o passaporte e a passagem, perguntaram quantos dias eu passaria no Peru e logo liberaram minha entrada.

Voo Lima – Arequipa

Após dois dias curtindo Lima, madruguei no dia 16/10 para pegar o voo das 8h30 no Aeroporto Internacional Jorge Chávez, que é enorme e foi inaugurado no início de junho de 2025.

Lembrei de fazer o check-in apenas naquela manhã, mas eu já tinha reservado novamente e de graça, ainda no Brasil, um assento no espaço Latam+; lembrando que esse benefício só me foi possível por estar a convite da companhia.

Como só estava com a mala de mão, não precisei passar pelo processo de despacho, que foi bem simples, segundo meus companheiros de viagem.

Embarcamos mais uma vez em um Airbus A320, mas esse não era tão novo e o espaço Premium Economy só contemplava oito sortudos, nas duas primeiras fileiras – apesar de ele ser no esquema 3×3, as duas poltronas do meio são bloqueadas, como já disse anteriormente.

O espaço Latam+ já me foi uma baita vantagem, principalmente por estar viajando com uma mochila, que precisou ser colocada aos meus pés – a mala de mão foi comportada no bagageiro acima, novamente exclusivo para os passageiros que compraram esse espaço.

Vale dizer que em todos os voos que peguei os passageiros a partir do Grupo 4 foram “convidados” a despachar sua mala de mão – a maioria fez isso, mas vi alguns embarcando com sua bagagem mesmo assim, sem nenhum problema.

O voo para Arequipa saiu no horário e, pouco após a decolagem, já começou o serviço de bordo: apenas água, café e barrinha de cereal. Pelo tempo de duração do voo, está até ok, mas senti falta de um suco ou refrigerante, pelo menos. Tentei dar uma cochilada, mas não consegui: me contentei com a boa variedade musical do catálogo da Latam no meu fone de ouvido.

Mais uma vez o voo foi bem tranquilo e, após cerca de uma hora, chegamos ao nosso destino. A chegada em Arequipa, aliás, já anunciava o que encontraríamos nos próximos dias: uma cidade cercada por vulcões e uma paisagem exuberante.

Antes das 10 da manhã, já estava desembarcando no Aeroporto Internacional Rodríguez Ballón, e aqui fica uma observação: é proibido entrar com frutas na cidade. Uma ou outra está liberada, mas na dúvida é melhor não levar nenhuma.

O aeroporto de Arequipa é bem pequeno, acanhado, mas limpo e com bons serviços. Como já havia um guia nos esperando em nossa chegada, saímos rapidamente e pouco pude ver o espaço, mas no retorno para o Brasil consegui conferir melhor. Essas foram as imagens que fiz no dia da minha chegada (logo mais mostro outras).

Volta para o Brasil

Minha volta estava marcada para domingo, 19 de outubro, com o voo de Arequipa para Lima às 19h10 e, de Lima para São Paulo, às 23h15. O aeroporto de Arequipa, assim como toda a cidade, tem um belo cenário a sua volta, cercada pelos vulcões El Misti, Chachani (que vemos abaixo na foto) e Pichu Pichu.

Chegamos cedo ao Aeroporto Internacional Rodríguez Ballón, em Arequipa, cerca de 3 horas antes do voo. Dessa vez, despachei minha mala de mão, que foi direto para São Paulo, sem a necessidade de eu ter de retirar em Lima.

Tivemos de esperar um tempo no salão principal do aeroporto de Arequipa, já que o acesso à sala de embarque é feito por etapas: por ser pequeno, eles vão liberando quem vai pegar os voos mais próximos. Nesse espaço, há onde comer e comprar lembrancinhas.

Após os raios-x, são apenas quatro portões de embarque, em duas salas interligadas. Há uma sala VIP para quem já está na sala de embarque, com acesso por Dragon Pass e Priority Key, mas não acessei para ver como era. E também não faltam lojinhas com bons produtos e presentes para quem se esqueceu de comprar algo antes (ainda bem que não foi meu caso, pois os preços estavam obviamente mais altos).

O voo de Arequipa para Lima e da capital para São Paulo foram no mesmo esquema do da ida: sentei nas mesmas poltronas Latam+, com bom espaço para as pernas, e o serviço a bordo também foi igual, mas sem café dessa vez.

Após pouco mais de uma hora do voo de Arequipa para Lima, tudo indicava que daria tempo de aproveitar bem a nova sala VIP da Latam no aeroporto da capital peruana. Mas a longa fila na imigração não colaborou muito – apesar de não ter tido nenhum problema, demorou um pouco para passar na fila.

Como meu colega Mateus Tamiozzo já trouxe aqui no MD, a sala VIP da Latam em Lima tem dois espaços, sendo um exclusivo para passageiros Black Signature, Signature, viajantes em classe executiva (Premium Business) ou Premium Economy da Latam, e clientes Diamond e Platinum da Delta Airlines. E foi esse lounge que fomos conhecer (graças à equipe da Latam).

Infelizmente só ficamos lá meia horinha, mas foi o suficiente para ver como a sala é mesmo diferenciada, com ótimos pratos (típicos peruanos e internacionais) e uma enorme variedade de snacks e bebidas, incluindo um bar com drinks autorais.

Como já imaginava que só seria servido um lanchinho no voo para São Paulo, aproveitei para jantar no lounge, e me deliciei com uma ótima massa ao pesto. Falhei em não tirar a foto, culpa da pressa.

Após uma rápida passagem pela sala VIP, corremos para o portão de embarque, sem ter a noção exata do quão grande é o Aeroporto Internacional Jorge Chávez – foram mais de 10 minutos de caminhada rápida até chegar ao portão de embarque, com ele já iniciado.

O voo não voltou tão lotado quanto na ida, e graças ao espaço Latam+ ainda tinha um espaço para minha mochila no bagageiro (eu ainda estava com outra sacola, que foi aos meus pés). Dessa vez, consegui tirar um micro cochilo no Airbus A321, pousando no Aeroporto de Guarulhos às 5h35 (horário local), após pouco mais de 4h de viagem.

Se o voo de volta foi bem tranquilo, a chegada a Guarulhos não posso dizer o mesmo: filas para passar pela imigração e uma demora de mais de uma hora para pegar a mala despachada – o pessoal do aeroporto falou que houve um problema nas esteiras e nem sabiam em qual delas a bagagem iria sair. No fim, minha mala chegou intacta e deu tudo certo, que é o que importa!

Lima e Arequipa se mostraram destinos surpreendentes, e que acredito que valem a pena visitar. Se você quiser saber mais sobre Arequipa e o Valle del Colca (que fica na mesma região), já estamos preparando um super material após essa minha viagem. Baixe o app do Melhores Destinos para receber todas as notícias e promoções em primeira mão!

Não perca nenhuma oportunidade!
ícone newsletter E-mail diário com promoções Receba as ofertas mais quentes no seu e-mail
tela do app do melhores destinos
Baixe grátis o nosso app Seja notificado sempre que surgir uma promoção