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É oficial! Estados Unidos mantêm restrição para viajantes do Brasil e da Europa

Leonardo Cassol
25/01/2021 às 16:49

É oficial! Estados Unidos mantêm restrição para viajantes do Brasil e da Europa

Agora é oficial! Joe Biden publicou agora há pouco um novo decreto presidencial restringindo a entrada nos Estados Unidos de viajantes não americanos provenientes do Brasil, Reino Unido, Irlanda e mais 26 países da União Europeia. A novidade em relação às medidas do governo anterior é a inclusão da África do Sul, que sofrerá a mesma proibição a partir de 30 de janeiro.

Vale lembrar que dias antes de deixar a presidência dos Estados Unidos, Donald Trump chegou a revogar as restrições impostas a esses países. A decisão teria efeito a partir de amanhã, 26 de janeiro. Mas a porta-voz do novo governo rapidamente anunciou que as restrições seriam mantidas por Biden, jogando um balde de água fria em quem tinha planos de viajar para os Estados Unidos nos próximos meses.

A nova gestão está preocupada com o elevado número de casos e mortes por Covid-19 nos Estados Unidos. Seguindo recomendações das autoridades de saúde, está adotando uma abordagem mais agressiva, como o uso obrigatório de máscara em voos, navios, ônibus, trens, táxis e outros meios transporte público. Além disso, passou a exigir um teste negativo para o coronavírus para todos os cidadãos ou visitantes autorizados que ingressem no país, além de uma polêmica quarentena, mesmo com resultado negativo no exame, que ainda será regulamentada pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC).

Quais são as restrições para a entrada de brasileiros do novo decreto de Joe Biden?

Basicamente, as mesmas restrições que já estavam vigentes no governo Trump. O governo norte-americano proibiu a entrada de passageiros com origem no Brasil, Reino Unido, Irlanda e mais 26 países da União Europeia, ou que tenham estado nestes países nos últimos 14 dias antes da admissão nos Estados Unidos. A exceção é apenas para cidadãos dos Estados Unidos, residentes permanentes, cônjuges, filhos e irmãos de americanos e de residentes permanentes. Membros de tripulações de companhias aéreas ou pessoas que ingressem no país a convite do governo também estão isentas da proibição.

Na prática, para um viajante do Brasil conseguir entrar nos Estados Unidos, ele teria que passar pelo menos 14 dias em um país que não tenha restrições vigentes, como o México, cuja limitação permanece apenas nas fronteiras terrestres. Ainda assim, nada garante que entre a compra da passagem e a viagem alguma nova regra seja imposta pelo governo norte-americano, aumentando assim o risco e o custo de qualquer viagem. Nem mesmo conexões nos Estados Unidos para quem tem como destino final outro país estão permitidas.

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Qual a validade das novas restrições?

As medidas impostas pelo governo não têm data para expirar. Ou seja, ainda não há uma previsão de quando brasileiros poderão viajar para os Estados Unidos sem restrições.

Uma flexibilização das restrições deve ocorrer somente quando a situação da pandemia melhorar nos Estados Unidos, após o avanço da campanha de vacinação. O cenário mais provável é que em algum momento o governo volte a liberar a entrada de visitantes dos países mais afetados pela pandemia mediante a comprovação da imunidade e/ou com a testagem prévia ou na chegada ao país, utilizando de uma nova geração de testes rápidos mais eficientes e baratos. Mas isso vai depender de como a situação vai evoluir, o que deve levar alguns meses.

A previsão do governo Biden é vacinar 100 milhões de americanos nos primeiros 100 dias de governo. Se for cumprida, deve ajudar a reduzir o número de casos, internações e mortes. É o que está acontecendo em Israel, que já vacinou 40% de sua população e viu o número de internações cair 60% no grupo de idosos com mais de 60 anos, apenas com a primeira dose da vacina.

Novas variantes da Covid-19 preocupam

As autoridades de saúde norte-americanas estão preocupadas que as vacinas atuais possam não ser eficazes contra todas as novas cepas de coronavírus, bem como com a perspectiva de reinfecção que elas trazem para quem já desenvolveu a doença.

De acordo com estudos preliminares, a variante sul-africana, também conhecida como 501Y.V2, é 50% mais infecciosa, já tendo sido detectada em pelo menos 20 países, mas ainda não nos Estados Unidos. Já a variante descoberta no Reino Unido, conhecida como B.1.1.7, foi detectada em pelo menos 20 estados americanos. E, recentemente, foi confirmado um caso com a cepa encontrada em Manaus, conhecida como P.1, em um americano que esteve recentemente no Brasil. A diferença é que as vacinas atuais parecem ser eficazes contra as mutações do Reino Unido, de acordo com os cientistas. Mas ainda é necessário confirmar a eficácia contra a cepa sul-africana e a encontrada em Manaus.

Devo remarcar minha viagem para os Estados Unidos?

Para quem já tem passagem comprada para o primeiro semestre de 2021, vale a pena aguardar o desdobramento dos cenários (a esperança é a última que morre), mas já prevendo o cancelamento ou adiamento da viagem. O ideal é esperar a companhia aérea cancelar o voo ou atualizar a política de remarcação sem custo para o período da sua viagem. Assim você terá mais opções para remarcar ou gerar o crédito sem precisar gastar mais dinheiro.

Quem tem planos de viajar, mas ainda não comprou a passagem, o ideal é aguardar o avanço da vacinação. Se for reservar, fazer para a data mais a frente possível (de preferência para o segundo semestre de 2021), sempre consultando a política de flexibilidade oferecida pela companhia aérea, no caso de no futuro você precisar remarcar a viagem. A maioria das empresas segue oferecendo remarcação de voos sem multa, pagando somente uma eventual diferença de tarifa.

É importante destacar que o Governo Federal prorrogou até 31 de outubro as regras especiais para o cancelamento de passagens aéreas nacionais e internacionais. Nesse período, as empresas continuarão tendo 12 meses para devolver valores gastos em viagens, podendo aplicar multas nesses casos. Em contrapartida, os clientes poderão ficar isentos das penalidades caso aceitem o crédito para uma utilização futura, dentro de um prazo de 18 meses após a solicitação. Se tiver dúvidas confira o nosso post “Passagens aéreas na pandemia: guia para remarcar ou cancelar gratuitamente sua viagem“, com dicas para não ficar no prejuízo.


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