Restaurantes em Cunha! Onde comer na cidade que encanta pelos bons pratos e natureza
Restaurantes em Cunha! Onde comer na cidade que encanta pelos bons pratos e natureza
Comida boa e de qualidade, cervejas artesanais, bons drinks (com ou sem álcool) e um ótimo atendimento. Os restaurantes em Cunha são um atrativo à parte e, quem está programando uma viagem para essa cidade distante cerca de 230 km de São Paulo, já pode se preparar para passar um bom tempinho provando diferentes pratos – e curtindo muito a natureza!
Cunha é uma cidade para ir sem pressa. Para chegar e curtir o sossego e a tranquilidade da cidade. Para conhecer suas principais atrações turísticas, mas também para provar um típico prato caipira, tomar um suco de framboesa, provar um chope local e curtir um dos vários restaurantes em Cunha emoldurados pelas serras do Mar, da Bocaina e do Quebra-Gandalha.
Restaurantes em Cunha
Muitos dos restaurantes em Cunha ficam localizados no chamado Caminho Velho da Estrada Real, a estrada que em sua totalidade liga Ouro Preto a Paraty, mas que aqui é um trecho entre Guaratinguetá e a cidade fluminense.
É muito comum vermos turistas parando em Cunha apenas para almoçar em seu caminho para Paraty. Mas nem só de “passantes” vivem esses restaurantes em Cunha, afinal, quem está hospedado na cidade também frequenta esses estabelecimentos.
Em minha viagem de 4 dias (3 noites), conheci ótimos restaurantes em Cunha, além de cervejarias, queijarias, cafés e até um olival, que vale a visita. Para te ajudar a montar um roteiro gastronômico em Cunha, vou contar um pouco como foi a minha experiência nesses lugares, e espero que você goste!
Onde comer em Cunha: Galpão do Alemão / Cervejaria Reale
Vou começar com um restaurante que está localizado pouco antes da entrada principal da cidade, na Rod. Paulo Virgínio, km 42,5, e pode ser uma boa opção para quem já está chegando de viagem: o Galpão do Alemão e a Cervejaria Reale, que funcionam juntos.
Os bons chopes e cervejas são fabricados lá mesmo no local, com diferentes tipos, como pilsen, weiss, ipa e apa, por exemplo. Para quem gosta da bebida, vale experimentar os chopinhos tirados na hora.

Além dos chopes, o forte da casa é a comida alemã. Eu pedi o famoso eisbein, o joelho do porco, muito bem servido. Há muitos outros pratos, sobremesas e entradinhas. O restaurante abre de quarta a segunda (das 10h às 17h) e costuma receber alguns shows aos finais de semana – você pode conferir a programação nas redes sociais.

Estação Galeto
Bem ao lado do Galpão do Alemão está outro restaurante que vale o custo-benefício, a Estação Galeto. De fora, pode até parecer um lugar simples, mas é justamente essa simplicidade que faz dele um bom local: a comida é bem caseira e saborosa, e foi um dos melhores galetos que já comi.
Se minha experiência assim que cheguei à cidade já tinha sido bem aproveitada no Galpão do Alemão, a Estação Galeto foi meu último restaurante em Cunha, escolhido muito devido à sua localização. Como disse anteriormente, ele está bem na entrada/saída de Cunha, no caminho de volta para São Paulo.
A porção individual do galeto é generosa, mas, com fome e preparado para pegar a estrada, encarei quase toda ela. O restaurante funciona diariamente das 12h às 16h e mais informações podem ser vistas aqui.
Kallas da Serra
Um dos restaurantes mais tradicionais de Cunha, e que não pode faltar no roteiro de sua viagem, é o Kallas da Serra. É um restaurante típico caipira, que serve o tradicional porco na lata. Esse prato remete aos tempos dos tropeiros, quando os pedaços de porco eram guardados na própria banha, aguentando assim as longas distâncias sem estragar.
Além dos saborosos pratos, algo em comum que chama a atenção em Cunha é o ótimo atendimento nos restaurantes e outros estabelecimentos, todos sempre muito solícitos e bons anfitriões. Aqui no Kallas, a simpática dona Célia é quem cuida da cozinha e do lugar, e deu uma aula de história, contando com orgulho o que aprendeu com a família e que hoje faz tão bem.
No prato principal, a carne de porco é preparada e conservada na banha, deixando o gosto ainda mais acentuado e incrível. E fica a dica: o porco na lata individual dá tranquilamente para duas pessoas, como você pode ver abaixo. Ele acompanha salada, farofa, ovo frito, arroz, feijão e polenta (que troquei pela batata).

Outro destaque da casa é o novo combo Kallas, uma entradinha com deliciosos bolinhos de porco na lata com barbecue de framboesa (sério, você precisa provar!), torresmo, mandioca e linguiça artesanal. Se estiver em casal, essa porção mais o porco na lata individual com certeza te fará feliz.

Para acompanhar toda essa comida, pedi uma refrescante soda caipira de framboesa (a fruta é colhida lá mesmo), que super vale a pena. O Kallas possui ainda um grande espaço verde, com área kids, redes para descansar e um empório, que com certeza você vai querer levar alguma coisinha para casa. Assim como muitos restaurantes de Cunha, ele está localizado na estrada para Paraty.
Um dos melhores restaurantes em Cunha: Átrio
Se o Kallas é um tipo de restaurante caipira perfeito para um almoço, a noite de Cunha reserva restaurantes de diferentes estilos. E um dos que eu mais estava ansioso para conhecer era o Átrio, inspirado na culinária peruana.
O local é bem intimista, pequeno e aconchegante. Com a cozinha aberta, conseguimos ver os preparos dos drinks e pratos. O chef venezuelano Christian, que já passou por outros restaurantes da cidade, é quem comanda a cozinha do Átrio em grande estilo, ao lado da irmã Rosa. O cardápio é daqueles que você olha diversas vezes e fica na dúvida do que pedir – e olha que ele nem tem tantas opções assim, é porque tem muita coisa boa mesmo.
De entrada, me fizeram um trio com “patacone con calamar” (disco crocante de banana-da-terra com guacamole e lula), bolinho de peixe e uma massinha crocante com queijo. O prato escolhido foi um ravióli recheado com o peixe do dia (no caso, um dourado), com um caldo de mariscos reduzido e milho peruano. E ainda veio a sobremesa, uma torta 3 leches que, segundo o chef, é um doce super comum na Venezuela – simples, pouco doce, mas com uma leveza perfeita para terminar bem a noite.

Para acompanhar, pedi um drink que foi um dos mais gostosos que já tomei e que preciso tentar refazer em casa: um mojito da casa. Parece normal, né? Mas em vez da hortelã, vai manjericão. O Átrio funciona de quarta e quinta no jantar, e sexta a domingo e feriados das 12h às 22h30. Fica na Av. Antônio Luiz Monteiro, 570, região central.

Fui embora do Átrio com vontade de voltar, para experimentar o ceviche e o arroz com frutos do mar, que me falaram ser o prato que mais sai da casa. Quem sabe um dia?
Porco & Pizza
Os jantares de Cunha foram mesmo fora da curva. Se na primeira noite fui a um restaurante peruano, na seguinte escolhi um clássico italiano: pizza! O Porco & Pizza mistura ingredientes locais e tradicionais (como o pinhão, que é muito forte na região devido às muitas araucárias) com os melhores insumos italianos.
Esse restaurante em Cunha serve massas, risotos e pizzas de fermentação natural, que foi a minha escolhida. Localizado no centro de Cunha (rua Dr. Casemiro da Rocha, 82), recebe casais e famílias que buscam uma boa comida. Aos sábados, tem ainda à noite show de jazz ao vivo e a programação você pode conferir nas redes sociais.
Comecei minha noite com uma bruschetta de pinhão, que já surpreendeu com seus sabores. Na sequência, escolhi a pizza napolitana de tartufo negro, simplesmente espetacular – eu diria que umas das melhores pizzas que já comi na vida. Para quem não está com muita fome, dá até para dividir (mas ela é tão boa que talvez seja melhor encarar uma sozinha mesmo 🤣).
Assim como muitos restaurantes do centro de Cunha, o Porco & Pizza não é tão grande, o que acho até bom. Como em todos os estabelecimentos que visitei, aqui a recepção foi também calorosa, mostrando por que Cunha está sempre sendo reconhecida como uma das cidades mais acolhedoras do estado.
Robson, o proprietário (o mesmo do Galpão do Alemão), explicou um pouco sobre o local e sobre a produção da Cervejaria Reale – na casa, no entanto, não há chope, apenas cervejas (e vale a pena pedir alguma).
Bethlehem Cozinha Artesanal
Você já deve ter percebido que Cunha conta com bons restaurantes, seja aqueles mais rurais na estrada para Paraty ou alguns mais intimistas na área central. Seguindo nesta linha de jantar em Cunha, vamos agora para o Bethlehem Cozinha Artesanal.
Com um ambiente bem agradável, o restaurante diz que trabalha com “slow food”, ou seja, sem pressa. E quando a comida é boa, vamos combinar, não é preciso correr.
Quando visitei, o Bethlehem estava quase vazio, o que é até um fato comum da maioria dos restaurantes em Cunha: a não ser de final de semana, feriados e férias (ou quando há algum evento específico na cidade), é muito difícil os restaurantes lotarem. Até por isso muitos deles não abrem diariamente e nem funcionam até muito tarde.
Dessa vez, após o dia de muitas comidinhas e doces em outros lugares de Cunha, não pedi nenhuma entradinha no Bethlehem, mas fui no prato que é o carro chefe do local: filé mignon com risoto de alho-poró. Tudo muito bom, limpei o prato!

Sem querer ser redundante, mas já sendo, aqui também sobraram sorrisos e um bom atendimento. Além de explicarem o cardápio, o chef Gustavo e os outros funcionários ainda deram muitas dicas de turismo na cidade. O Bethlehem fica na Rua Gerônimo Mariano Leite, 445, Vila das Artes, e funciona de sexta (só jantar), sábado e domingo (das 12h às 22h).
Ateliê da Cerveja – Caminho do Ouro
No caminho para Paraty fica um lugar imperdível para os cervejeiros de plantão. O Ateliê da Cerveja – Caminho do Ouro tem sua fábrica e restaurante em um casarão fácil de ver da estrada. O local é lindo, com uma vista para as montanhas e com muitos chopes e pratos.
A régua de degustação de oito chopes é ideal para quem quer conhecer os tipos de fabricação da casa. O mais barato vem com pequenos shots de 60 ml cada, mas quem estiver com sede pode optar pelos copinhos de 180 ml.
Para comer, o cardápio oferece entradas, porções, pratos individuais e sanduíches. No meu almoço, pedi um lanche de bife ancho no pão de malte, muito bom!

O Caminho do Ouro abre diariamente das 11h às 18h e, ao seu lado, tem ainda uma loja de chocolate e uma charcutaria que fica em um vagão de trem. Dá para comer em um lugar, tomar um cafezinho com chocolate em outro e ainda levar algo para casa!
O Olival
Muitos passeios em Cunha estão totalmente ligados entre a natureza e a gastronomia, e O Olival é um deles. Essa enorme propriedade de oliveiras oferece um contato com a natureza, refeições e degustação de azeites.
Bem na estrada do Caminho Velho, o Olival é um local que vale a pena ir conhecer, até porque a entrada é de graça. Mas não se restrinja a apenas passear pelo lugar. Com menus completos a preço fechado, vale ir para almoçar e apreciar a bela vista.

Eu não consegui almoçar, mas participei de umas das experiências pagas do Olival, o Mini Sensorial de Azeites, que ocorre todos os dias às 11h30, 15h e às 16h. Nela, aprendemos sobre as diferenças sensoriais de três tipos de azeites de oliva, o extra virgem, virgem e lampante – este último é de qualidade inferior e não deve ser usado para consumo humano (mas pela quantidade que experimentamos não faz mal nenhum).

A experiência dura cerca de 15 minutos e é uma verdadeira aula, com as diferenças dos azeites muito bem explicadas por um especialista. A densidade, o cheiro e o sabor de cada um deles são mesmo diferentes.
Lá no Olival, tive ainda duas outras experiências gastronômicas que nunca imaginei provar. Primeiro, um café feito com chá de oliveira. E na sequência um mousse de chocolate regado com azeite extra virgem, que me surpreendeu bastante – positivamente, claro!
Antes do depois do almoço/experiências, vale passear pelos jardins das oliveiras. Algo que me chamou a atenção foi uma constante música clássica tocando ao fundo. Dizem que a energia sonora das ondas musicais ajuda no desenvolvimento das oliveiras.
Infelizmente, em minha visita em junho, as árvores não estavam carregadas de azeitonas. Para ver isso, visite o espaço entre dezembro e fevereiro que as oliveiras devem estar mais cheias. Como a produção é pequena, nem sempre você vai encontrar azeites da safra própria para comprar. O Olival funciona de quarta a segunda, confira mais informações aqui.
Onde comer um doce em Cunha: Casa do Strudel
Além dos restaurantes e cervejarias, Cunha ainda tem boas cafeterias e docerias que não podem ficar de fora do roteiro.
A Casa do Strudel fica quase na saída de Cunha, sentido a Paraty. Em um ambiente super aconchegante e que lembra casa de vó, é uma parada obrigatória para comer um docinho reconfortante e relaxar.
O saboroso apfelstrudel acompanhado do chá de maçã caramelizada são a dupla perfeita para uma pausa no meio da tarde ou para um pós-almoço, mas há também outras delícias doces e salgadas.
Além da boa comida, o local também chama a atenção por sua decoração temática: dependendo da época do ano, a Casa do Strudel ganha novas cores e objetos.
A Casa do Strudel abre de sexta a domingo e feriados das 11h às 18h, e às segundas das 10h às 17h, na Rodovia Salvador Pacetti, Estrada do Bairro Catioca, km 50,4. Não deixe de dar uma passadinha lá entre um passeio e outro.

Moara Café
Com duas unidades, no centro e na Rodovia Cunha-Paraty, km 57, o Moara Café é uma das cafeterias mais tradicionais de Cunha, mas a mais procurada é mesmo a que fica na beira da estrada. E foi exatamente nessa que entre diversos passeios parei para um pão de queijo e um cafezinho
Aberta diariamente das 9h às 19h, esse Moara Café vale a parada não apenas pelo cardápio, mas também pelo ambiente.
O lugar é um verdadeiro museu, com centenas de peças antigas por todo o espaço. Na área externa, entre mesinhas e muitas árvores, há um orelhão e até peças de avião, que nunca imaginei encontrar em um café. Como o dono é colecionador de antiguidades, ele sai garimpando peças pelo país.

Fazenda Aracatu
Se você, assim como eu, é apaixonado por queijos, então vamos a mais uma atração imperdível que não é bem um restaurante em Cunha, mas que tem também a gastronomia e a natureza como pontos fortes.
Em 13 alqueires de terra, a Fazenda Aracatu tem lindas vistas, lagos e araucárias, e onde são criadas as vacas da raça Jersey, as responsáveis pelos leites de premiados queijos e sorvetes, além de um cremoso doce de leite. Há também muitos outros animais na fazenda, como ovelhas, cordeiros e cavalos.

O empório fica logo na entrada, com muitos queijos para degustação e diversos outros produtos. O premiado queijo tipo boursin é um dos destaques da casa, assim como o queijo fresco cremoso. Além deles e outros queijos, degustei ainda um doce de leite e uma torta de pinhão que estavam uma delícia, e não resisti aos produtos à venda: levei um bolo de pinhão, um doce de leite e um café para casa.

Os animais ficam no fundo da propriedade, e os turistas podem visitar diariamente o local, aproveitando para passear e tirar muitas fotos da Fazenda Aracatu.
Localizada na Rodovia Cunha – Paraty, ela já está no caminho de muitas outras atrações, e com certeza vale a visita. Confira todos os destaques do lugar no site oficial.
Mantiqueira 151
Foi apenas após chegar a Cunha que descobri que a cidade é forte na produção de queijos. E outra queijaria que visitei rapidamente, mas com uma proposta totalmente diferente, é a Mantiqueira 151.
O lugar é muito menor, mas com uma grande variedade de queijos. Minha sugestão é ir ao final da tarde, para ver o pôr do sol da varanda – quando eu estava lá, vi algumas pessoas chegando com uma garrafa de vinho para apreciar o entardecer. A queijaria fica na rua. Dr. Omeir C. Fornitani, 151, pertinho do Ateliê Suenaga & Jardineiro, uma das principais oficinas de cerâmica da cidade.
Outras delícias e restaurantes em Cunha
Uma coisa é certa: não importa qual restaurante de Cunha você escolher, provavelmente vai comer muito bem.
Se esses lugares gastronômicos que conheci já valem a recomendação, quero um dia ainda voltar a Cunha para conhecer outros restaurantes e cafés que também fiquei sabendo somente de nome, como o Quintal da Cau, o Bar Blackfin, o Il Pumo, o d’O Gnomo e a cervejaria Wolkenburg, que só abre de fim de semana e feriados e fica no caminho para a Pedra da Macela, um dos principais pontos turísticos da cidade.
Mesmo em outras atrações sempre haverá uma comidinha ou um doce para experimentar. Como esse sorvete de lavanda do O Lavandário, outro ponto imperdível de Cunha. Não deixe de provar essa e outras iguarias da cidade!

Onde ficar em Cunha
Está planejando viajar para essa cidade paulista que fica na divisa do Rio de Janeiro? Agora que você já conhece os restaurantes e onde comer em Cunha, confira algumas boas pousadas e faça a sua reserva!
| Hotel | Nota na Booking.com | Reservas |
| Pousada Cheiro da Terra | 9,5 | Reserve aqui |
| Vila de Cunha | 9,4 | Reserve aqui |
| Hotel do Parque | 9,5 | Reserve aqui |
| Lavandas de Cunha Pousada Boutique | 9,9 | Reserve aqui |
| Pousada dos Girassóis | 9,2 | Reserve aqui |
| Pousada Quinta da Serra | 9,8 | Reserve aqui |
| Pouso Mantiqueira | 9,6 | Reserve aqui |
| Pousada Estância das Cachoeiras | 9,8 | Reserve aqui |
| Pousada Candeias | 9,7 | Reserve aqui |
| Pousada Vista Verde | 8,4 | Reserve aqui |