Como é ficar em um resort all inclusive em Punta Cana

Punta Cana, na República Dominicana, pode ser uma ótima opção de destino para você curtir um resort all inclusive. Com suas praias de águas claras e areia branca, a cidade oferece um belo cenário para aproveitar dias de descanso sem se preocupar com nada.

Mas é na hora de decidir qual resort escolher que a dúvida pode aparecer. Basta uma pesquisa rápida em sites como o Booking e o Hoteis.com para ver que há mais de 50 opções disponíveis.

Entre eles estão dois que tive a oportunidade de conhecer: Paradisus Palma Real e Paradisus Grand Cana, ambos administrados pela Meliá e localizados na praia Bávaro, uma das mais famosas de Punta Cana.

Sistema all inclusive inclui a hospedagem (quarto), serviços de lazer, comidas e bebidas liberadas durante a estadia. As regras podem variar de resort para resort.

Confira como foi a minha hospedagem nesses dois resorts:

Paradisus Palma Real Golf & Spa Resort

O primeiro resort da minha estadia foi o Paradisus Palma Real, que fica a cerca de 20 minutos de carro do Aeroporto de Punta Cana (PUJ).

Inaugurado em 1995, o Palma Real tem mais de 500 quartos disponíveis, incluindo áreas reservadas apenas para adultos. Foi em um desses quartos que fiquei, em um dos prédios destinados ao The Reserve, que oferece atendimento diferenciado e acesso a áreas exclusivas do resort.

O The Reserve conta com três piscinas separadas dos demais hóspedes, serviço de praia mais confortável (com cadeiras-cama), acesso exclusivo ao restaurante Santé em todas as refeições do dia e cardápio de bebidas com mais variedade.

Mesmo assim, aproveitei para conhecer as áreas gerais do resort e foi possível ver que qualquer hóspede tem uma “vida mansa” no Palma Real.

Os resorts Paradisus da Meliá em Punta Cana são considerados hotéis cinco estrelas.

Lazer

A piscina principal é gigante e ocupa boa parte do terreno, circundando o restaurante, e conta com bar molhado. Já os hóspedes The Reserve têm acesso a três piscinas reservadas: duas em frente aos prédios dos quartos selecionados e uma mais afastada, maior e que também tem um bar exclusivo.

O Palma Real é um resort “pé na areia”, e a praia Bávaro fica bem em frente. Os hóspedes podem aproveitar o serviço de cadeiras, e a sombra fica por conta de cabanas feitas com as folhas da palma real, uma árvore muito comum na República Dominicana (e de onde vem o nome do resort da Meliá).

A praia tem ainda um bar exclusivo, com preparo de drinks na hora, água, refrigerantes, suco e cerveja, que pode ser tirada na hora como chopp ou servida em lata.

Para as crianças, o hotel tem o Kidsdom, uma área reservada só para os pequenos, com monitores e atividades durante o dia. O resort oferece ainda a possibilidade de acompanhamento dos pequenos hóspedes durante a noite, com custo à parte, caso os responsáveis queiram aproveitar um jantar ou alguma atividade noturna.

E se você é do time que não deixa o treino de lado mesmo de férias, o Palma Real tem uma academia super bem equipada.

O hotel ainda conta com uma programação de atividades durante o dia, que vão da prática de esportes na praia à oficinas de arte. Porém, senti falta de uma estrutura melhor na parte de entretenimento e lazer.

Ainda não tive muitas experiências em resorts, mas as minhas anteriores foram em lugares que tinham opções como quadras esportivas, campo de futebol e até estande de arco e flecha. Talvez seja uma questão de público, mas eu senti falta.

Outra atividade disponível para os hóspedes do Palma Real é o golfe, em um campo próximo à propriedade, mas a prática é paga à parte (não está incluída na diária).

Bar e alimentação

O Paradisus Palma Real tem 9 restaurantes e 11 bares no total. O buffet geral é o The Lunch Box, onde são servidas as refeições para todos os hóspedes. O serviço não decepciona, e conta com diversas opções em qualquer horário.

No café da manhã, chamou atenção a variedade de frutas, queijos, frios e embutidos, além de cereais em embalagens individuais e preparo de omeletes e receitas com ovos na hora.

No almoço, é possível solicitar o preparo de carnes e peixes grelhados, dependendo do cardápio do dia, e aproveitar muitas opções de saladas, pães, sushis e uma ilha de ceviche. Para os brasileiros, uma boa notícia: tem até arroz e feijão para não dar saudade de casa!

No jantar, você pode escolher entre aproveitar o buffet novamente ou reservar previamente um horário em um dos restaurantes temáticos. São eles:

• Tokimeku: culinária asiática.
• Mina: focado em carnes.
• Blue Agave: culinária mexicana.
• Mascalzone: culinária italiana.
• Flora: dedicado à culinária local, com cardápio assinado pelo chef Leandro Díaz.

Além deles e do The Lunch, o Palma Real ainda tem o Santé (exclusivo para hóspedes The Reserve), o Malva (que também tem formato de buffet no almoço e café da manhã e pratos à la carte no jantar) e o Kicks Sports Bar.

Os bares estão espalhados por todo o resort. Dois deles ficam entre os restaurantes temáticos: o Rum Republic (um dos mais procurados) e o Between. Tem ainda opções de bares nas piscinas, na praia e até um no estilo adega com diversos vinhos, mas este último tem consumo cobrado à parte.

No cardápio, as opções de cerveja vão da opção local (Presidente) até marcas conhecidas como Coors Light e Heineken. Nos destilados, uma infinidade de diferentes rótulos de vodka, whisky, gin e, claro, do famoso rum dominicano.

Quarto e acomodação

O quarto da minha estadia foi no edifício 8, destinado aos hóspedes The Reserve. No formato de suíte, ele bem poderia ser um apartamento confortável! A cama era king size, e o espaço ainda tinha um sofá, TV grande e até uma banheira particular.

Na chegada, havia um belo welcome drink, com uma garrafa de vinho argentino e potinhos para degustar três tipos de chocolate com produção local. Achei uma apresentação bem bacana – e o doce, apesar dos sabores um tanto quanto exóticos, estava muito bom!

Mas o que eu mais gostei foi a vista da varanda diretamente para a praia Bávaro.

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Paradisus Grand Cana

Na segunda parte da viagem, segui para o Paradisus Grand Cana, que fica bem perto do Palma Real. Como saí de um resort para o outro, o transporte foi feito em carrinhos estilo de golfe, usados pelos próprios hotéis.

O Grand Cana é bem mais novo: foi inaugurado em 2018 e tem 432 quartos, sendo 150 deles exclusivos para o Family Concierge, que tem o mesmo conceito do The Reserve do “irmão” Palma Real.

Esse resort tem uma pegada mais familiar, que inclui até um pequeno parque aquático, com brinquedos que cansam até as crianças com mais energia!

Lazer

A linha é bem semelhante à do Palma Real: uma piscina grande central, com bar molhado, e outras duas mais afastadas e reservadas, como se fizessem uma “volta” na área central. O Grand Cana não é beira-mar, mas tem transporte para levar até a praia.

Porém, ele tem outro trunfo: o parque aquático Aquazone, com toboáguas e outros brinquedos para entreter os pequenos e até alguns adultos (acabou faltando tempo, então não consegui aproveitar, mas a vontade foi grande).

Diferentemente do Palma Real, hóspedes do Family Concierge não têm áreas de lazer dedicadas, mas podem acessar o Aquazone uma hora antes da abertura geral.

O serviço de praia é idêntico ao do primeiro resort. Você pode optar por ir caminhando (de 10 a 15 minutos, dependendo do ritmo) ou com o carrinho de golfe que faz o transporte dos hóspedes.

Chegando à praia, você é deixado na entrada do Agua Marina, um dos restaurantes do resort, que também serve os drinks e bebidas para a área de praia.

Além do parque aquático, os pequenos também podem aproveitar a área kids Habitat, com monitoria, brinquedos, videogame e atividades lúdicas. Por ser mais voltado para a família, esse espaço do Grand Cana é maior e pareceu mais bem equipado do que o do Palma Real.

O resort também tem uma academia, um pouco menor do que no outro resort, mas com equipamentos de primeira linha.

Assim como no Palma Real, o Grand Cana também conta com uma programação de atividades na área interna e também na praia.

Uma dessas oficinas era para a produção de uma boneca sem rosto, típica da cultura dominicana. Elas não são feitas com um rosto porque a população local entende que é fruto de uma mistura muito grande de diferentes etnias, e não há traços muito definidos. Dessa forma, as bonecas conseguem representar o povo como um todo.

Bar e alimentação

O Paradisus Grand Cana tem praticamente tantas opções quanto o Palma Real. São 5 bares 9 restaurantes. O buffet geral fica no Origen, que atende todos os hóspedes. Ele é um pouco menor do que no primeiro resort, mas ainda assim tem bastante variedade, incluindo a estação de ceviche.

Os demais restaurantes são:

• Sal: restaurante especializado em carnes.
• Tori: culinária asiática.
• Mangú: culinária local.
• Cannopi: restaurante com opções rápidas para os pequenos, localizando no parque aquático.
• Lemon Fish: restaurante especializado em ceviches e frutos do mar.
• Agua Marina: cardápio diversificado, localizado na praia.
• Amor de mar: exclusivo para membros do Circle by Meliá.

Tem ainda o Kicks Sports Bar, que é meio restaurante, meio bar. Já os especializados apenas em bebidas são quatro: Nest, Ginger, Mama & Juana e Nube.

Os restaurantes temáticos também precisam de reserva e funcionam apenas para o jantar. Esporadicamente, é possível que um deles abra para almoço, mas isso acontece normalmente apenas em época de alta temporada, para “desafogar” o restaurante principal.

Quarto e acomodação

No Grand Cana, meu quarto era no edifício 5, reservado para o Family Concierge. Dessa vez, não tinha vista para a praia, e ficava no 4º andar. Porém, contava com uma bela banheira na sacada, e com o clima de muito sol e calor que fazia em Punta Cana, era quase como curtir uma mini piscina a céu aberto!

O welcome drink era bem semelhante, mas em vez dos chocolates, foram disponibilizados alguns docinhos em uma bonita apresentação, além do mesmo vinho argentino e um potinho com amendoins.

O espaço era ainda maior do que no Palma Real, com uma mini cozinha (embora sem os equipamentos como micro-ondas, que poderiam ser solicitados caso houvesse necessidade), sala grande, quarto amplo e banheiro, tudo dividido com portas, além de uma sacada bem grande.

O quarto é capaz de acomodar até 4 pessoas, desde que sejam 2 adultos e 2 crianças. Se todos forem adultos, o quarto atende apenas 3 pessoas ao mesmo tempo.

Uma coisa bacana é que quase todas as suítes do Grand Cana podem ser conjugadas. Ou seja, se uma família grande quiser se hospedar em um quarto só, é possível, já que eles são separados por uma porta interna grande que pode ser aberta ao reservar quartos um ao lado do outro. Dessa forma, até 8 pessoas podem ficar em um “único” apartamento.

SPA

Os dois resorts contam com SPAs exclusivos. No Palma Real, o Yhi SPA surge quase como um oásis no meio do resort, com área cercada por arbustos, quartos separados para os serviços e área para descanso. No Grand Cana, o espaço é o Maia SPA, com serviços de relaxamento com massagem, saunas e hidroterapia.

Nos dois casos, os serviços de SPA não estão inclusos na hospedagem e devem ser pagos à parte.

Experimentei uma sessão de massagem relaxante de 50 minutos no Maia SPA e a única sensação era de que eu não queria que terminasse… passei o resto do dia “andando como se estivesse flutuando“, como bem mencionou Juan, um dos membros da equipe de recreação que tive o prazer de conhecer.

Amenidades e conveniência

Se você vai se hospedar em um dos resorts da rede Paradisus, não precisa nem se preocupar com os itens básicos de higiene! Isso porque o kit de amenidades dos quartos é muito completo: tem shampoo, condicionador, sabonete líquido, kit para barbear e até kits com escovas e pasta de dente.

Quer economizar e não levar nem o chinelo na mala? Não tem problema! Nos quartos em que fiquei, tinha uma bolsa de praia com toalhas (que você também pode pegar em toalheiros pelo hotel) e dois pares de chinelo.

E se você realmente esquecer alguma coisa, no Grand Cana tem uma lojinha para compras emergenciais. Mas aí, lembre-se de que você está em um resort de luxo e que isso custa caro, assim como os itens vendidos. Um protetor solar, por exemplo, sai na faixa dos US$ 35 (cerca de R$ 185).

Passeios

Os dois resorts oferecem uma atividade externa incluída na hospedagem em quartos The Reserve ou Family Concierge.

No Palma Real, é uma aula de ioga em uma praia particular. A equipe te leva até um pequeno catamarã que te leva para uma sessão da atividade com vista para o mar aberto de Punta Cana.

Já no Grand Cana, o passeio é uma pequena imersão na cultura dominicana, com visita à casa de uma família local e explicação sobre a produção de cacau, café e cana-de-açúcar, muito importantes no país.

Atendimento

Um dos pontos altos dos dois resorts com certeza foi o atendimento! Da recepção aos bares, todos os funcionários foram atenciosos, atendiam com alegria e se comunicavam bem em inglês e espanhol. Mesmo arranhando um “portunhol” era fácil se fazer entendido.

Hóspedes The Reserve (Palma Real) e Family Concierge (Grand Cana) contam ainda com check-in em área reservada e têm concierges exclusivos, que podem atender desde pedidos para o quarto, como reposição de petiscos e mini bar, até fazer reservas para passeios e restaurantes temáticos.

A arrumação diária dos quartos também é bem feita, e eu não precisei pedir nada de reposição de mini bar além do que já era feito, embora passasse a maior parte do tempo fora da suíte.

Outro ponto muito interessante: fui perguntando antes mesmo de chegar ao hotel (e depois algumas vezes já hospedado) se tinha alergia a algum tipo de alimento. Pode parecer bobo, mas é um cuidado que pode salvar vidas – literalmente!

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Preços

Minha viagem foi a convite da Meliá para o Melhores Destinos, mas eu fiz uma pesquisa de preço para as datas em que ficaria hospedado, em setembro de 2025, considerado um mês de baixa temporada em Punta Cana.

As diárias do Paradisus Palma Real partiam de aproximadamente R$ 2.500 para dois adultos, enquanto no Paradisus Grand Cana o valor era cerca de R$ 2.300, também para dois adultos.

Nos dois casos, as diárias incluíam o sistema all inclusive e hospedagem em suítes.

Vale a pena ficar nos resorts Paradisus Palma Real e Grand Cana?

Os resorts Paradisus são cinco estrelas e fazem parte da linha de luxo da Meliá, então já era esperado contar com bastante conforto e opções de comida e bebidas diferenciadas. A experiência como um todo foi ótima nos dois, mas com suas diferenças.

O Paradisus Palma Real é uma opção melhor para quem faz questão de ter a experiência “pé na areia”, além de ser mais voltado ao público adulto. Já o Paradisus Grand Cana tem um apelo mais familiar, com um lazer mais diversificado e ambientes pensados também para crianças.

Sobre os pequenos, uma coisa que me chamou atenção é que os dois resorts contam com área kids, mas nenhum dos dois tem atividades de monitoria externas na área do hotel, apenas em espaços limitados. No Brasil, são mais comuns as hospedagens que possibilitam atividades externas para as crianças, com equipe de monitores.

Porém, vale lembrar que essa comodidade toda tem um preço, e isso deve influenciar diretamente a sua decisão durante a viagem. Agora se há disposição, inclusive financeira, de investir na hora de escolher a hospedagem, acredito que os resorts Paradisus vão tornar a sua estadia em Punta Cana muito agradável!

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Pontos positivos

• Piscinas, piscinas e mais piscinas: para quem é assim como eu e ama ficar na água, o Palma Real e o Grand Cana vão garantir bons momentos de relaxamento nas diversas piscinas espalhadas pelo resort! No Grand Cana, tem até o parque aquático, que é mais para o público infantil, mas também garante diversão para os adultos com alma de criança.
• Atendimento: nota 10 para a equipe dos dois resorts! Simpatia, proatividade e serviço de primeira!
• Gastronomia: os dois resorts oferecem excelentes opções para comer e beber muito bem durante a estadia, um prato cheio (com perdão do trocadilho) para quem quer aproveitar tudo o que o sistema all inclusive oferece.

Pontos negativos

• Entretenimento: achei as opções de entretenimento na área dos resorts um tanto quanto limitadas, embora a programação oferecesse algum tipo de atração todo dia. Não que tenha sido um problema pra mim, já que eu curto bastante ficar na piscina ou na praia e aproveitar as opções de gastronomia, mas para quem busca alternativas para se divertir, como quadras de esportes ou outros tipos de atividade além da água do mar ou piscina pode achar o resort um pouco monótono.
• Preço: acho que o valor cobrado pode até ser justo pela qualidade que os resorts Paradisus oferecem, mas é bem longe da realidade da maioria das famílias brasileiras. De qualquer forma, trata-se da linha de luxo da rede Meliá, e quem se hospeda não deve (ou pelo menos não deveria) se importar tanto com essa questão monetária. Paga-se bem para se hospedar bem!

*Fotos do post: Bruno Rocha. Foto de capa: Divulgação/Meliá

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