Reforma tributária deve impactar no preço das passagens aéreas, avalia Latam

A Latam acredita que a reforma tributária, recentemente sancionada no Brasil, impactará no preço das passagens aéreas. Segundo a empresa, o aumento nas cargas tributárias para a aviação e, consequentemente, nos custos operacionais do setor, resultarão em passagens mais caras, tanto para voos domésticos quanto internacionais.

Como a reforma tributária deve impactar o preço das passagens aéreas

Em entrevista à CNN, a Latam afirmou que “a reforma vai triplicar a carga do setor no Brasil, afetando diretamente os custos operacionais da aviação brasileira, o preço das passagens aéreas, o preço do transporte cargueiro e toda a cadeia do turismo nacional”. A empresa destacou que o impacto será percebido em voos domésticos e internacionais.

Com a reforma, os voos internacionais, que hoje não são onerados, passarão a ser taxados em 26,5%. O imposto cobrado dos passageiros que comprarem ida e volta com a mesma companhia será de 13,25%, a metade do valor. Já para quem adquirir apenas um trecho, a tributação será integral.

A Latam também prevê aumento nos preços dos voos domésticos, o que diminuirá a demanda e impactará no setor nacional. “Estudos já indicam que o impacto tributário deve eliminar 6,2% dos voos domésticos do país e provocar uma queda de 22% na entrada de passageiros internacionais em território nacional”, diz a companhia.

Além disso, a empresa diz que a reforma tributária influenciará o preço do QAV (Querosene de Aviação), o que também contribuirá para o aumento dos custos operacionais. A Latam ressaltou ainda que os contratos de leasing das aeronaves (um tipo de “arrendamento”), que atualmente não são tributados, passarão a ser taxados, elevando os custos e, consequentemente, os preços dos bilhetes e do transporte de carga.

Reforma tributária foi sancionada pelo presidente Lula em janeiro de 2025, e começa a ser implementada em janeiro de 2026, em fases. A estimativa é de que todas as alterações estejam em vigor somente em 2033.

Com informações da CNN.

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