Qual a moeda de Portugal? Veja como levar dinheiro em sua viagem gastando menos

Portugal é um dos destinos internacionais mais visitados pelos brasileiros. A cada ano milhares de turistas desembarcam no país europeu atrás de suas incríveis atrações históricas, culturais, naturais e gastronômicas. Está pensando em ir para lá? Tem dúvidas sobre qual moeda levar para Portugal? Não sabe se é melhor levar moeda em espécie ou cartão de crédito? Sabe quando o euro entrou em circulação em Portugal? Vamos te ajudar a responder todas as suas dúvidas neste post especial sobre o dinheiro de Portugal.

Qual é a moeda de Portugal?

O euro é, oficialmente, a moeda portuguesa desde 2002. São 20 anos de história da moeda comum europeia adotada hoje por 19 países.

Quais são as notas de euro?

Durante uma viagem a Portugal você poderá encontrar até sete valores de notas de euro. As mais comuns no dia a dia são as de 5, 10, 20 e 50. Fique atento cada uma tem uma coloração e tamanho diferente.

Há ainda três notas de valor mais alto e que são mais comuns na hora da compra da moeda numa casa de câmbio, são elas de 100, 200 e 500.

Quais são as moedas de Portugal?

Oito moedas fazem parte da família do euro. Na sua viagem a Portugal você encontrará: 1, 2, 5, 10, 20 e 50 centavos, e 1 e 2 euros. Em Portugal os centavos são chamados de cêntimos.

Qual moeda levar numa viagem para Portugal?

A melhor moeda para se levar em uma viagem a Portugal é o euro, que você pode comprar ainda no Brasil. Você pode levar euro em espécie, cartão de crédito, cartão pré-pago ou num conta digital internacional, veja abaixo as vantagens de cada tipo.

O euro é hoje a segunda moeda mais utilizada no sistema financeiro do mundo e uma das divisas mais fortes do planeta. Para se ter uma ideia, hoje o euro vale mais que dólar norte-americano. Então, para não perder muitas vezes com trocas de câmbio, o melhor a fazer é já partir do Brasil com euros na carteira.

Como levar dinheiro para gastar em Portugal?

Há diversas formas de levar dinheiro para Portugal. As mais tradicionais são moeda em espécie ou cartão de crédito. Ainda é possível levar euro para Portugal em cartões pré-pagos. A maior novidade são as contas digitais internacionais, que podem ser abertas facilmente pelo celular. Nela dinheiro em reais é enviado diretamente da sua conta corrente num banco tradicional para a sua nova conta internacional. A Nomad Global, nova conta digital internacional gratuita pode ajudar a economizar no câmbio. O cartão de débito da Nomad é aceito em 50 países, incluindo Portugal, onde você pode pagar contas do dia a dia e até sacar dinheiro em terminais eletrônicos.

Levo dinheiro ou cartão de crédito para Portugal?

Para definir esta questão há alguns fatores a serem analisados.

1 – Impostos: a aquisição de moeda estrangeira em espécie nas casas de câmbio tem a incidência de 1,1% de IOF. Já com o cartão de crédito você paga 6,38%. A boa noticia é que o governo promete baixar esta alíquota do IOF já a partir do próximo ano.

2 – Segurança: andar por aí carregado de dinheiro não é nada seguro. Por isso é recomendável o uso do cartão de crédito, que ao ser perdido ou furtado pode ser cancelado e bloqueado. Já o dinheiro roubado vai para conta do prejuízo.

3 – Cotação: com a compra de moeda espécie você garante a cotação do dia em que fez o câmbio. Já com o cartão de crédito, você irá pagar a cotação do dia da compra, além disso, os cartões cobram o fantasmagórico ágio/spread que encarece e muito as compras no exterior.

4 – Perfil: deve ser levado em conta qual o seu tipo de perfil de viajante e consumidor. No seu dia a dia paga tudo com dinheiro ou usa bem o cartão de crédito? Leve isto em conta.

Na hora de decidir o que levar é sempre bom analisar os quatro itens acima. Recomendo levar uma parte de dinheiro em espécie e o cartão de crédito como segurança para emergência e outros pagamentos.

O que você pode fazer é levar também em espécie algum pagamento alto já programado que será feito durante a viagem, tipo um passeio de balão, entrada num parque temático, etc. Mas lembre-se de tomar cuidado para não perder, ser furtado ou cair em golpes comuns em viagens!

Também vale destacar que com o cartão de crédito é possível fazer saques em Portugal ou, ainda, se você preferir pode pensar em abrir uma conta digital internacional.

Conta digital em uma viagem a Portugal

Outra boa forma de levar dinheiro para sua viagem para Portugal é por meio das contas digitais internacionais, que permitem que você tenha um saldo em euro facilitando os pagamentos em viagens ao exterior. Além de garantir a segurança de não ter que andar com muito dinheiro por aí.

Basta abrir uma conta e fazer a transferência da sua conta corrente normal para a conta digital internacional. Antes de solicitar a transferência você saberá exatamente quanto irá receber na sua conta em moeda estrangeira, além da cobrança do IOF devido. O imposto cobrado nessa transação é de apenas 1,1%, bem menor que os 6,38% que incidem nas compras com cartão de crédito no exterior. No Brasil, as contas digitais internacionais são oferecidas por bancos como C6 Bank e Nomad.

Entre as vantagens, está a facilidade de fazer saques em caixas eletrônicos e compras em estabelecimentos físicos e online utilizando um cartão de débito. No caso de compras feitas em outras moedas que não o dólar, a conversão é feita sem nenhum custo extra utilizando o câmbio oficial do momento da compra (veja aqui). Outro ponto positivo é a segurança e a possibilidade de enviar e receber transferências de outras contas em casos de apuros.

Como saber se a cotação é favorável?

Você pode consultar diretamente a taxa de câmbio na página online do Banco Central ou baixar um aplicativo gratuito de cotação de moeda como o Currency Converter. É importante saber a real cotação da moeda estrangeira antes de fazer qualquer troca cambial. Assim você evita perder muito dinheiro numa cotação desvantajosa.

Como garantir a melhor cotação de moedas estrangeiras?

Os economistas dizem que é muito difícil prever uma cotação. São diversos fatores internos e externos que interferem no valor da moeda. Segundo os especialistas, não adianta tentar comprar dólar no melhor valor, porque dificilmente conseguirá. Quantas pessoas você conhece que ganhou dinheiro apostando nisto? O melhor a fazer, se for viajar para Portugal, é comprar um pouco agora, um pouco no mês que vem e assim até dias antes da viagem. Dê intervalos, este é o melhor jeito. Assim você terá ao final do período uma cotação média da moeda.

Outra forma de economizar e não deixar para compra moeda estrangeira nos aeroportos, onde há taxas altas e conversão pouco favorável. Encontre outras formas de garantir a melhor cotação de moedas estrangeiras.

História da moeda em Portugal

A moeda como conhecemos hoje chegou à Península Ibérica no século V a.C. na mão de mercadores e colonos gregos. Mas por muitos séculos, abrangendo a construção do reino português, os pagamentos eram feitos por meio de trocas. Somente em 1139, D. Afonso Henriques, o primeiro rei de Portugal, mandou cunhar as primeiras moedas portuguesas, chamada de dinheiro. O nome é um aportuguesamento da palavra denário, moeda romana que circulava na Europa.

Passando por outras moedas e tipos de cunhagens, podemos dizer a primeira moeda “forte” portuguesa foi o real introduzida por D. Fernando I por volta de 1380. A moeda feita primeiramente de prata ao longo do tempo foi se alterando,  perdendo valor até chegar a ser cunhada, sob o reinado de D. Manuel I (1495-1521), em cobre.

Durante o reino de D. João IV (1640-1656), após o período da monarquia espanhola em Portugal, o nome da moeda de “reais” passou a “réis”. Em 1837 o sistema decimal foi adotado e as primeiras notas foram emitidas pelo Banco de Portugal dez anos depois. Vale destacar que a mesma moeda era adotada também por todas as colônias portuguesas.

Em 1911 mais uma mudança cambial e Portugal começa a adotar o escudo, 5 meses após a Proclamação da República. Na época 1000 réis valiam 1 escudo. Ao longo do século XX a moeda portuguesa sofreu com os altos e baixos da gangorra econômica. As desvalorizações foram fortes principalmente durante as guerras mundiais. Além disto as crises e a inflação corroeram o valor do escudo. Os cortes de “0”s foram constantes e a moeda ganhando nova cara para tentar manter o poder de compra.

Durante a década de 1990 as conversas para criação da moeda comum europeia se intensificaram. Em 1º de janeiro de 2002 o euro chega às casas portuguesas. Em 1º de março de 2002 o escudo deixa de existir para sempre com uma valor 2500 vezes menor de quando foi criado.

Chegada do Euro a Portugal

A ideia de criar uma moeda comum na Europa surgiu entre as décadas de 60 e 70. Foram anos de debates e negociações até a assinatura do Tratado de Maastricht, em 1992, que finalmente colocou critérios e um plano a ser percorrido até a adoção do euro.

A  moeda comum nasceu oficialmente em 1º de janeiro de 1999, quando foram fixadas as taxas de conversão com as antigas moedas nacionais dos países da Zona Euro. Nessa altura o euro existia e começou a ser utilizado no mercado financeiro em 11 países, incluindo Portugal.

Em 1º de janeiro de 2002, há 20 anos, o euro chegava oficialmente às casas dos portugueses. A nova nota já podia ser sacada em caixas eletrônicos e utilizadas para pagar as despesas do dia a dia. A taxa de conversão fixou que um euro equivalia a 200,482 escudos. É claro que com a mudança de moedas muitas coisas subiram para ter o valor equiparado. Os portugueses reclamaram que os itens do dia a dia foram encarecidos somente devido a mudança da moeda.

Em 1º de março de 2002 terminou o prazo para coexistência do euro e a antiga moeda nacional. O escudo foi banido de vez.

Os primeiros 10 anos do euro foram marcados pela sua expansão em todo o continente, mas a segunda década viu-se afetada por crises económicas e financeiras. Cinco países da zona euro (Portugal, Espanha, Chipre, Grécia e Irlanda) foram obrigados a pedir ajuda de crédito, pelo que se temia que fossem obrigados a deixar a moeda única. Em 2010, Portugal foi atingido fortemente pela crise com recessão, desequilíbrio das contas públicas e escalada da dívida.

Atualmente 19 Estados europeus utilizam o euro. A última adesão foi da Lituânia em 2015, precedida da Letônia (2014), Estônia (2011) e Eslováquia (2009). A Croácia deve ser o próximo país a adotar o euro. A previsão é que os croatas troquem a moeda em 1º de janeiro do ano que vem.

O Banco Central Europeu e a Comissão Europeia são responsáveis pela manutenção do valor e da estabilidade do euro e pela definição dos critérios para a entrada de novas nações. Hoje o euro é a segunda moeda mais utilizada em transações financeiras no mundo e é usada diariamente por mais de 350 milhões de europeus.

Zona Euro x União Europeia

Muitas pessoas confundem, então vamos explicar! Todos os países da União Europeia fazem parte da União Económica e Monetária e alinham as suas políticas econômicas com as diretrizes do Bloco. Hoje são 27 países na UE, mas somente 19 deles substituíram as moedas nacionais por uma moeda única, o euro. Estes países constituem a zona euro. São eles: Áustria, Bélgica, Chipre, Estônia, Finlândia, França, Alemanha, Grécia, Irlanda, Itália, Letônia, Lituânia, Luxemburgo, Malta, Holanda, Portugal, Eslováquia, Eslovênia e Espanha.

Os países da União Europeia que não adotaram o euro são: Suécia, Dinamarca, República Checa, Polônia, Bulgária, Romênia, Croácia e Hungria.