Primeiro voo da Virgin Galactic com Richard Branson inaugura o turismo no espaço, mas vem mais por ai!
Primeiro voo da Virgin Galactic com Richard Branson inaugura o turismo no espaço, mas vem mais por ai!
Um nova era espacial. Assim podemos definir o feito alcançado, ontem, pelo britânico Richard Branson que viajou até o espaço numa nave desenvolvida por sua própria empresa. A corrida espacial, agora na mão de empresas privadas, está apenas começando e muitos outros bilionários prometem viajar para fora da órbita terrestre – algo, antes, restrito apenas aos astronautas treinados em empresas espacias do governo.
Ontem o empresário Richard Branson realizou o sonho dele e de muitas outras pessoas pelo mundo. A bordo do avião-foguete, desenvolvido pela Virgin Galactic, partiu de um aeroporto no estado norte-americano do Novo México para um voo histórico.
Depois de subir por cerca de 50 minutos a nave, onde estava Branson e outros tripulantes, foi solta e partiu rumo ao espaço atingindo a velocidade Mach 2, cerca de 2400 km/h. De forma rápida ganhou altitude e chegou a 85 quilômetros de altura – segundo a Nasa o espaço começa a 80 km de distância da terra.
Seguindo a definição da agência espacial dos Estados Unidos, Branson já pode ser considerado um astronauta de sucesso. Entretanto, a Federação Internacional de Aeronáutica define que o espaço fica acima da linha de kárman, a uma distância de 100 km acima do nível do mar.
Deixando de lado estas diferenças teóricas, Richard Branson e os outros tripulantes puderam curtir o voo pelo espaço por cerca de 4 minutos. Deu para ver a curvatura da Terra e aproveitar a gravidade zero (veja vídeo abaixo). A experiência foi rápida, mas definida pelo aventureiro como o amanhecer de uma nova era espacial.
O retorno da nave da Virgin Galactic à Terra foi tranquilo e a missão um sucesso. Novos testes continuarão pelos próximos meses. A Virgin pretende levar turistas para o espaço já a partir do ano que vem. “Estamos aqui para tornar o espaço mais acessível a todos”, disse Branson logo depois da aterrissagem. As reservas para os voo já estão abertas e o custo não é tão assim acessível como afirma o bilionário britânico. A passagem sai por US$ 250 mil, mais de R$ 1 milhão.
Corrrida ao espaço
Apesar do custo alto, podemos sim definir que os voos para o espaço com companhias privadas está mudando a corrida espacial. No passado a disputa era feita entre a União Soviética e os Estados Unidos, agora os bilionários torram a grana de suas abastadas carteiras para viajar para órbita espacial desenvolvendo novas naves. Vale destacar que as últimas missões espaciais da Nasa foram feitas em parceria com SpaceX do outro bilionário Elon Musk.
A viagem de Branson estava inicialmente programada para acontecer no fim do ano, mas foi antecipada para concorrer com o voo de Jeff Bezos. O fundador da Amazon, homem mais rico do planeta, viajará com o irmão para o espaço no dia 20 de julho a bordo de uma nave desenvolvida por sua empresa Blue Origin. Contrariando Branson, Bezos garante que o seu voo realmente vai para espaço pois deve cruzar os 100 km de altitude, altura estabelecida pela Federação Internacional para demarcar o início do espaço.
A competição pode ser algo bem saudável para aviação, inovação aeroespacial, inovações científicas e tecnológicas. Com tudo isto, o turismo no espaço está cada vez mais perto. Pessoas não precisarão mais ser selecionadas pelo governo, não terão treinar por meses para conhecer o espaço e poderão curtir a gravidade zero. Os preços não são ainda tão democráticos, mas a viagem turística ao espaço está bem próxima. Quer embarcar nesta viagem?