Governo divulga plano com cinco rotas para integrar Brasil a países da América do Sul
Governo divulga plano com cinco rotas para integrar Brasil a países da América do Sul
O governo federal tem criado um plano que pode impactar o turismo para além das terras brasileiras. Desenvolvido pelo Ministério do Planejamento e Orçamento, o projeto em questão busca integrar o Brasil aos países de fronteira da América do Sul.
Apesar do carácter econômico ser o principal foco, o projeto também deve mexer com o turismo por prever cinco grandes rotas de conexão entre os estados brasileiros e os demais países do continente.
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Para ter ideia, o Brasil faz fronteira com dez nações, ao longo de quase 17 mil quilômetros. Esse trecho conta com 588 municípios brasileiros, sendo 33 deles cidades-gêmeas (lado a lado de outros países). No entanto, apenas 15 pontes internacionais foram construídas entre eles, como as pontes entre Brasil e Paraguai.
A ideia do plano é unir o continente por estradas, pontes e ferrovias. Isso facilitaria o acesso dos turistas aos outros países pelo transporte rodoviário.
Rotas de integração sul-americana
- Rota da Ilha das Guianas: inclui integralmente os estados do Amapá e de Roraima e partes do território do Amazonas e do Pará, sendo fronteiriça com a Guiana, a Guiana Francesa, o Suriname e a Venezuela;
- Rota Multimodal Manta-Manaus: contempla inteiramente o estado Amazonas e partes dos territórios de Roraima, Pará e Amapá, interligando-se por via fluvial a Colômbia, Peru e Equador;
- Rota do Quadrante Rondon: formado pelos estados do Acre e de Rondônia, por toda a porção oeste de Mato Grosso, com conexões via Bolívia e Peru.
- Rota de Capricórnio: desde os estados de Mato Grosso do Sul, Paraná e Santa Catarina, ligada, por múltiplas vias, ao Paraguai, Argentina e Chile;
- Rota Porto Alegre-Coquimbo: abrangendo o Rio Grande do Sul, integrada à Argentina, ao Uruguai e ao Chile.
Investimentos
Segundo a ministra da pasta, Simone Tebet, o plano tem 124 projetos em 11 estados fronteiriços e já recebeu aval do presidente Lula. Para viabilizar as iniciativas de infraestrutura, haverá investimento público e privado.
Nesse sentido, os países terão apoio internacional, como o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), a antiga Corporação Andina de Fomento (CAF), o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o Fonplata – formado por Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai e Bolívia.
“Estamos falando de aumentar o comércio, diminuir a pobreza e a desigualdade nos estados fronteiriços, de desenvolver turismo e cultura”, disse a ministra Simone Tebet em entrevista à CNN Brasil.
Com informações da CNN Brasil e Ministério de Portos e Aeroportos (MPor).
O que acha do plano? Acredita que o projeto pode ajudar ou não o turismo brasileiro? Participe nos comentários!