Visitamos o parque de dinossauros com entrada grátis perto de São Paulo – e vale a pena!

Quem mora em São Paulo não precisa viajar no tempo para ver dinossauros. Na cidade de Salto, a 100 km da capital, o Parque Rocha Moutonnée ganhou destaque após a inauguração de um imenso braquiossauro. Com 18 metros de altura, ele é a maior réplica de dinossauro da América Latina!

O parque já existe há muitos anos, e os dinos chegaram na década de 2010 como maquetes mecânicas, que se mexem e emitem sons. Entretanto, a fama chegou durante os anos da pandemia, quando o local foi fechado para reforma e divulgaram imagens do gigante e pescoçudo braquiossauro. A reinauguração aconteceu no ano passado e o parque ganhou o tema “a história do mundo contada a céu aberto” pois, além dos dinos, ele conta com uma caverna de hominídeos e um dos vestígios geológicos mais importantes do Brasil. O melhor de tudo? A entrada é grátis!

O Melhores Destinos foi conhecer o Parque da Rocha Moutonnée e te conta tudo sobre esse passeio. Já adianto que ele dura pouco mais de uma hora e tem uma pegada didática, interessante para quem está com as crianças ou mesmo para quem gosta de aprender sobre a evolução da vida no planeta Terra. Vamos lá!

Não perca nossas dicas e notícias de viagem! Baixe o app do Melhores Destinos e ative as notificações!

 

Parque Rocha Moutonnée

Após as reformas mais recentes do parque, muitas pessoas passaram a conhecê-lo como o “parque dos dinossauros de Salto”. Porém, os dinos chegaram na década de 2010, enquanto o Parque da Rocha Moutonnée já é uma atração antiga na cidade. Criado nos anos 1990, o principal objetivo do local era preservar e educar os visitantes sobre a rocha Moutonnée, um dos mais importantes vestígios geológicos do Brasil.

Com cerca de 600 milhões de anos, a essa formação é um granito róseo cujas ranhuras, sedimentos e superfície comprovam a existência de uma era do gelo na região, durante o período Paleozoico. Esse tipo específico de rocha é raro e encontrado apenas em Salto e na Austrália.

É claro que, para as crianças ou adultos leigos em geologia, a rocha é uma atração que tem menos apelo do que os dinos. E parte disso é por seu tamanho reduzido, já que por muitos anos ela foi extraída para a pavimentação das ruas saltenses. Ainda assim, ela é um dos pontos centrais do parque — e eu já ouvi falar de geólogos de atravessaram o país para conhecê-la.

Curiosidade: o que significa rocha moutonnée?
O nome “Moutonnée” significa “acarneirado”, pois deriva do francês “mounton” (carneiro). Por muito tempo, rolou uma fake news de que o nome viria do formato da rocha, que pareceria um carneiro deitado. Na verdade, a palavra foi escolhida por causa de sua cor e textura ondulada, que lembra aquelas perucas espalhafatosas da aristocracia francesa do século 18 — elas era chamadas de “fat mounton” porque os pentiados eram mantidos com sebo de carneiro.

Antes das reformas, a caminhada pelo Parque da Rocha Moutonnée era feita por vários caminhos de terra batida, segundo a vontade do visitante. Após as obras, as trilhas estão todas pavimentadas, acessíveis e agora têm um sentido indicado por placas. A rota segue o tema “a história do mundo contada a céu aberto”, pois revela as atrações em ordem cronológica.

Para entender a sequência, é interessante assistir o vídeo educativo sobre a evolução da vida na Terra, que passa repetidamente no auditório. Ele está localizado no prédio da entrada, onde também há um parquinho para as crianças, lanchonete, banheiros, bebedouro e cenários para fotos.

Por ser a atração original do parque e representar a era mais antiga, a Rocha Moutonnée é uma das primeiras paradas da visita. Mas, logo depois dela, o caminho começa a ser ambientado para o Território dos Dinossauros, com sons e pegadas.

O gigante braquiossauro, com seus 18 metros de altura, é a primeira coisa que vemos. Ao invés de pés, seu corpo foi montado sobre uma caverna artificial que funciona como um portal para essa área temática. Dentro da caverna, vivem dois velociraptores, com expressões ferozes a proteger seus ovos (eu tenho medinho deles desde aquelas cenas de fuga do Jurassic Park, de 1993). De frente para o túnel, também foi adicionado um imenso e simpático tricerátopo (um dos meus dinos preferidos do mundo!).

As novas réplicas de dinossauros são imponentes e muito bonitas, feitas com um material que mantém as cores mais vivas do que as réplicas mais antigas do parque. No entanto, as novatas apenas emitem sons, enquanto as veteranas também se movimentam, mexendo a cabeça, o rabo ou os braços. Essas outras figuras estão reunidas depois do grande tricerátopo e representam um amargassauro, um megalosauro, um espinossauro, mais uma família de tricerátopos pequenos e o famoso tiranossauro rex.

Ainda no Território dos Dinossauros, o alossauro é um dos dinos mais antigos que não está se mexendo e passará por manutenção em breve (para quem assistiu Família Dinossauros, o alossauro era a mamãe Fran da Silva Sauro). Ele fica no caminho para o lago, onde um painel ilustra a evolução dos seres aquáticos para os terrestres e uma bomba de água simula a respiração do plesiossauro.

Antes da reforma, depois dessa área do parque, havia uma descida até a margem do Rio Tietê, onde uma estátua de bandeirante ilustrava um mito da cidade, em que supostamente haveria um tesouro enterrado nos arredores do Parque da Rocha Moutonnée. Agora, essa descida está fechada, o que me deixou um pouco chateada, pois esse ponto tinha uma das vistas mais bonitas do castelo da Brasital e da ponte estaiada.

Há rumores de que essa parte será revitalizada e pavimentada no futuro, mas sem nenhuma previsão oficial. Por enquanto, seguimos apreciando a vista de uma janelinha escondida em um canto da caverna do braquiossauro.

Saindo do Território dos Dinossauros, após passar pelos quiosques de piquenique, a última parada da visita e a era geológica mais recente é representada pela Caverna dos Hominídeos. Trata-se de um túnel artificial onde réplicas de homens da caverna ilustram cenas cotidianas ao lado de um painel explicativo sobre a evolução da vida humana.

Descubra outros passeios de bate-e-volta na nossa lista com 20 lugares incríveis perto de São Paulo para escapar no próximo fim de semana

Dicas gerais para o passeio

A entrada no Parque Rocha Moutonnée é livre e não é necessário nenhum tipo de ingresso. O local abre de terça-feira a domingo e aos feriados, das 8h30 às 16h30.

O passeio dura cerca de uma hora e meia, em que você caminhará bastante. Por isso, use roupas leves e calçados confortáveis. Como o espaço é cercado por mata nativa e está próximo do rio, é essencial o uso de repelente de insetos, principalmente se você for alérgico a picadas. Além disso, não se esqueça de passar protetor solar, mesmo em dias nublados!

Por ser uma área de preservação ambiental, é proibido cortar ou pegar partes da vegetação. Também não é permitido fumar, a fim de evitar incêndios e os animais de estimação não podem fazer o passeio.

Muitas pessoas perguntam se pode fazer piquenique no Parque Rocha Moutonnée e, sim, há uma área de quiosques com mesas para piqueniques. Porém, os alimentos devem ser simples, pois não é permitida a entrada de caixas térmicas (tipo cooler) e churrasqueiras. Outra questão importante é que todo o lixo deve ser recolhido e descartado de forma correta, para não interferir no ambiente (mas isso deve ser em todos os lugares, combinado?).

Conheça também o Vale dos Dinossauros Olímpia!

Parque Rocha Moutonnée — Como chegar?

Salto fica a 100 km de São Paulo, e a melhor forma de chegar é de carro, o que leva cerca de uma hora e meia, fora do horário de pico ou aos finais de semana. O trajeto também pode ser feito de ônibus, mas é mais demorado — aproximadamente duas horas e meia.

O Parque Rocha Moutonnée fica no meio da Rodovia Rocha Moutonnée (Antiga Estrada das Sete Quedas). Essa é uma via relativamente curta, próxima à saída de Salto para a Estrada da Convenção, que liga a cidade à Itu.

Quem vem da capital para o interior deve sempre checar o Waze ou Google para saber qual via terá menos trânsito. Mas, em quase todos os casos, o caminho sugerido será pela Rodovia dos Bandeirantes (SP-348) até Jundiaí, e depois pela Rodovia Dom Gabriel Paulino Bueno Couto (SP-300) até Itu.

Se você não quiser entrar na cidade de Itu, deverá pegar a Rodovia Engenheiro Herculano Passos até a saída para a Estrada da Convenção, onde já haverá placas indicando o parque. Veja no mapa, a seguir:

Parque Rocha Moutonnée — Quando abre?

O Parque Rocha Moutonnée abre de terça-feira a domingo e aos feriados, das 8h30 às 16h30.

Como a entrada é gratuita, uma dúvida comum é se há algum tipo de agendamento para o parque. De fato, durante o período de reabertura, havia uma alta demanda de visitantes e a prefeitura tinha um método de reserva de horários. Mas agora você não precisa agendar para visitar o Parque dos Dinossauros em Salto. Basta chegar e curtir!

Onde ficar em Salto e arredores

Por estar perto de São Paulo e de outras cidades grandes do Estado, Salto é uma opção perfeita para um bate-e-volta. Mas se você quiser escapar por um final de semana completo, e visitar também Itu, cidade vizinha com muitos passeios, vale reservar um hotel na região e curtir com calma.

Uma opção perfeita para quem viaja em família é o Novotel Itu Golf e Resort, que tem pensão completa e uma excelente área de lazer várias piscinas. Fica a pouco mais de 20 minutos do parque.

Confira algumas opções de onde ficar em Salto e Itu:

HOTÉIS SALTO E ITU	LOCALIZAÇÃO	NOTA	RESERVA
Novotel Itu Golf & Resort	Itu	8,5	Ver preços
UniHotel	Salto	9,2	Ver preços
Hotel Alji	Salto	9,0	Ver preços
Hotel e Pousada Bem Bom	Itu	9,1	Ver preços
Hotel KK	Itu	8,9	Ver preços
Hotel Colonial Plaza	Itu	8,7	Ver preços
Hotel Fazenda Brisa Itu	Itu	8,5	Ver preços
Gandini Hotel	Itu	8,4	Ver preços
ibis Itu Plaza Shopping	Itu	7,9	Ver preços
Clique aqui e encontre outras opções de hospedagem em Salto e Itu

Leia também:
— 20 lugares incríveis perto de São Paulo para escapar no próximo fim de semana
— 10 Parques aquáticos em São Paulo que você precisa conhecer!

---

Você já visitou o Parque Rocha Moutonnée? Quais atrações de Salto você colocaria no seu roteiro de bate-e-volta? Conta para a gente!