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Pandemia de coronavírus: 10 coisas essenciais que todos os viajantes precisam saber

Leonardo Cassol
12/03/2020 às 19:08

Pandemia de coronavírus: 10 coisas essenciais que todos os viajantes precisam saber

A Organização Mundial de Saúde declarou oficialmente que o mundo vive uma pandemia de coronavírus. Em termos práticos, reconheceu a disseminação da doença em diversos países, alertando governos e pessoas para intensificar ações de prevenção e atenção ao novo vírus COVID-19. E isso traz implicações e preocupações para todos nós, especialmente os viajantes. Nesse post reunimos dez informações essenciais sobre o tema.

1. Por que os governos de diversos países têm tomado decisões radicais contra o coronavírus?

Apesar do coronavírus ter uma taxa de letalidade relativamente baixa para crianças e adultos saudáveis, com menos de 50 anos, ele é muito perigoso para idosos, especialmente aqueles com mais de 80 anos, além de afetar seriamente pessoas com doenças crônicas, como cardíacos e diabéticos.

Por mais que a reação de alguns governos possa parecer desproporcional ao número de casos e de mortes ligados ao coronavírus, quando comparado a outras doenças, o que se quer evitar é uma proliferação vertiginosa do COVID-19, ao ponto que o número de doentes que precisam de assistência médica supere a capacidade de atendimento da rede de saúde, como aconteceu no Norte da Itália. Por isso, por mais que você não esteja entre o grupo de risco do novo vírus, pode se tornar um vetor que vai contaminar outras pessoas.

2. Como posso me prevenir no meu dia a dia ou durante uma viagem?

A transmissão ocorre se você tiver contato direto ou indireto com saliva, catarro ou secreções de pessoas contaminadas. Por isso, a melhor maneira de se prevenir é lavar bem as mãos com água e sabão várias vezes ao dia, por pelo menos 20 segundos, incluindo as pontas dos dedos e o dorso das mãos, ou utilizar álcool gel. Além disso, evitar a todo custo tocar o rosto, nariz, boca e olhos. Lembre-se que o vírus pode resistir por até 72 horas em superfícies como maçanetas de portas, torneiras, botão de elevadores e até no seu celular. Se precisar espirrar, use o antebraço para conter os respingos e não as mãos e lenços descartáveis para assoar o nariz. Caso tenha febre e tosse, fique em casa e utilize máscaras, evitando contato com outras pessoas. Só é necessário procurar um serviço de saúde caso sinta também dificuldade ou desconforto para respirar. Lembrando que na grande maioria dos casos o coronavírus evolui como um simples resfriado, podendo ser até assintomático. Desinfectar objetos e superfícies de contato dentro de casa também é indicado.

3. Tenho uma viagem planejada para as próximas semanas, o que devo fazer?

A recomendação é adiar ou cancelar viagens planejadas até o fim de abril, exceto se forem imprescindíveis. É importante considerar em quais condições o destino se encontra atualmente e acompanhar a evolução nos próximos dias. Diversos países estão fechando suas fronteiras e adotando medidas duras para conter o vírus, que envolve o fechamento de atrações, shows, bares e restaurantes, e a proibição de aglomerações. Outro risco é sair do Brasil e não ter como voltar, já que milhares de voos estão sendo cancelados.

No caso de voos nacionais, é importante acompanhar os desdobramentos nos próximos dias. Algumas cidades como São Paulo e Rio de Janeiro adotaram restrições de aglomerações e várias atrações estão fechadas. O importante é se proteger, estando em casa ou em lugares públicos.

4. Tenho uma viagem planejada para as próximos meses, o que devo fazer?

Quem tem viagem planejada para os próximos meses precisa ter cautela e paciência. Não adianta sofrer por antecipação. Conforme a situação vai evoluindo, os prazos e as regras de remarcação das companhias aéreas e empresas de turismo vão acompanhando. A prioridade de atendimento, naturalmente, é para quem tem viagem marcada nas próximas semanas. O recomendado é acompanhar no noticiário a evolução dessa crise e tomar a decisão algumas semanas antes da data da viagem, período quando a companhia aérea ou empresa de turismo poderá disponibilizar opções de cancelamento ou remarcação sem custo. Pagar para cancelar algo agora é precipitado.

5. Posso cancelar ou remarcar minha passagem aérea

A maior parte das companhias aéreas flexibilizou suas políticas de cancelamento e remarcação de passagens internacionais para os destinos mais afetados pelo coronavírus, até um determinado período (algumas até abril, outras até maio ou junho). Em muitos casos, vale para qualquer destino internacional. Portanto, se quiser mudar de planos, entre em contato e reprograme ou cancele a viagem. Confira aqui as políticas divulgadas pelas principais empresas que operam no Brasil. Azul, GOL e Latam também flexibilizaram a alteração e o cancelamento de passagens nacionais devido ao coronavírus. A mesma prática foi adotada pela VoePass.

6. Posso cancelar ou remarcar meu cruzeiro?

Algumas das principais empresas de cruzeiro flexibilizaram suas políticas de remarcação. Vários cruzeiros previstos para março e abril foram cancelados. Em muitos casos, é possível reprogramar a viagem até 2021, ou até cancelar e pegar o dinheiro de volta. Portanto, se quiser mudar de planos, entre em contato e veja as opções oferecidas. Confira as políticas divulgadas pelas principais empresas de cruzeiro a respeito do coronavírus.

7. Posso cancelar ou remarcar meu hotel?

Em tese vai depender do tipo de reserva que você fez, cancelável ou não cancelável. Mas, na prática, se sua reserva envolve uma área fortemente atingida pelo coronavírus, o que temos visto são os hotéis aceitando a devolução do dinheiro pago sem multa, inclusive para reservas de quartos pelo Airbnb. Mas não é uma regra universal. Entre em contato com a empresa que fez a reserva e veja as opções oferecidas. Caso você vá reservar um hotel para uma viagem futura, espere um pouco, ou faça uma reserva com cancelamento gratuito, o que te resguarda em caso de um eventual desdobramento não esperado.

8. Existe vacina ou remédio capaz de evitar o coronavírus?

Ainda não existe vacina ou remédio capaz de acabar com o coronavírus, mas milhares de cientistas no mundo inteiro trabalham nisso neste momento. Alguns antirretrovirais já estão sendo testados e os resultados devem ser divulgados nos próximos meses. Atualmente, o tratamento é apenas dos sintomas e, como em toda infecção respiratória, há um risco de desenvolver pneumonia, o que requer pronta atenção médica e até internação, dependendo do caso. Mas isso só tem acontecido em poucos casos, na forma grave da doença.

9. Seguro viagem cobre eventuais despesas hospitalares com o coronavírus?

Até a declaração de pandemia pela Organização Mundial de Saúde, os principais seguros viagem comercializados no Brasil garantiam total assistência em casos de coronavírus. Com essa mudança é importante entrar em contato com a seguradora e checar se haverá alguma restrição de cobertura ou de destinos cobertos, já que o contrato padrão dos seguros prevê exceções nesses casos.

Confira o posicionamento das principais empresas de seguro no Brasil.

10. O que vai acontecer com o preço das passagens aéreas nesse período de incerteza?

Com a forte redução da demanda os preços das passagens aéreas internacionais tende a cair bastante, com mais promoções do que o normal. Devem surgir boas oportunidades. Mas junto com elas o risco de viajar em meio a toda essa turbulência. A decisão é sempre pessoal e deve ponderar os riscos que mencionamos aqui no post. Lembrando que há dezenas de países que registaram menos casos de coronavírus que o Brasil, cujo volume de casos é esperado que aumente significativamente nas próximas três semanas, de acordo com especialistas.

As companhias aéreas estão sendo fortemente afetadas por essa crise e, infelizmente, devem cancelar voos e rotas para reduzir a oferta e afastar o risco de quebra. Mas, no curto prazo, a demanda vai cair mais que a oferta, o que puxa os preços para baixo!

Os impactos do coronavírus serão sentidos não apenas nas aéreas de saúde e turismo, mas na economia mundial como um todo. A situação das Bolsas de Valores e a cotação do dólar e do euro refletem bem a magnitude desse risco. Acredito que nosso papel, como cidadãos, é seguir as recomendações das autoridades de saúde, nos proteger e cuidar dos que nos cercam, buscando conhecimento e evitando a disseminação de pânico de de fakenews.

E você, tem alguma viagem marcada? O que pensa em fazer? Comente e participe.

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