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Grupo Peralta quer construir novo terminal de cruzeiros em Praia Grande

Duda Machado
25/12/2024 às 12:00

Grupo Peralta quer construir novo terminal de cruzeiros em Praia Grande

O Grupo Peralta deu início aos estudos para a construção de um novo terminal de cruzeiros em Praia Grande, que deverá atender à crescente demanda turística da Baixada Santista, no litoral sul de São Paulo. O projeto, chamado de Litoral Plaza Port, foi apresentado ao Ministério de Portos e Aeroportos pelo prefeito eleito de Praia Grande. A proposta visa complementar as operações já realizadas no Porto de Santos.

Construído com investimentos privados, o novo local se somaria ao terminal de cruzeiros planejado para o bairro do Valongo, em Santos. Juntos, os empreendimentos ofereceriam cinco espaços de atracação para navios, sendo três no Valongo e dois em Praia Grande. A proposta visa aumentar a capacidade de atendimento a passageiros, tripulantes e operadores.

Segundo a empresa, a ideia é criar um terminal eficiente, sem comprometer o meio ambiente, especialmente nas áreas próximas à Praia de Itaquitanduva e ao Parque Estadual Xixová-Japuí. O projeto está ainda em fase de estudos e adequações.

O novo terminal de Praia Grande seria localizado próximo a um shopping, o que facilitaria o embarque e desembarque de passageiros. Embora ainda não tenha fornecido muitos detalhes sobre o projeto, a empresa promete divulgar mais informações à medida que os trâmites legais e as licenças ambientais forem obtidos.

No entanto, a ideia de construir um novo terminal gerou controvérsias. O consultor portuário Ivam Jardim Arienti, da Agência Porto Consultoria, considera que o volume atual de passageiros e navios na região não justifica a construção de mais um terminal. Para ele, o terminal do Valongo, com três berços de atracação, já seria suficiente para atender à demanda sazonal dos cruzeiros.

Além disso, ele alerta para o alto custo da obra, que exigiria um licenciamento ambiental rigoroso e enfrentaria desafios para ser financeiramente viável. Para o especialista, o mercado de cruzeiros é sazonal e não garante uma operação contínua suficiente para sustentar um projeto dessa magnitude.

A Autoridade Portuária de Santos (APS) reconhece a legitimidade da proposta, mas ressalta a necessidade de estudar a viabilidade econômica e os impactos ambientais do projeto. A APS também destaca que a Marinha precisará avaliar as condições de navegação na área, assegurando a segurança do tráfego de grandes embarcações.

Com informações de A Tribuna


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