União Europeia libera novo limite para líquidos na bagagem de mão – veja o que muda!
União Europeia libera novo limite para líquidos na bagagem de mão – veja o que muda!
Os Estados Unidos não estão sozinhos no alívio de medidas de segurança em aeroportos. Os ares de mudança cruzaram o Oceano Atlântico e chegaram à União Europeia, onde a European Civil Aviation Conference (Ecac) e a Comissão Europeia deram sinal verde para o novo limite de 2 litros para líquidos, aerossois e géis na bagagem de mão!
Procurada pelo Melhores Destinos, a Comissão Europeia informou hoje que “na sexta-feira, 25 de julho de 2025, o selo da União Europeia foi atribuído às primeiras configurações de scanners de aeroporto, que permitem aos passageiros embarcar com recipientes de líquidos com mais de 100 ml”.
Apesar das boas notícias sobre as novas regras para líquidos, vale ficar atento: elas ainda não valem para todos os aeroportos da União Europeia. Isso porque a liberação depende dos equipamentos de triagem usados em cada local.
Ou seja, se o aeroporto de onde você vai embarcar ainda não tiver os novos scanners, nada muda e continua valendo a regrinha antiga: frascos com até 100 ml, todos dentro de um saquinho plástico transparente, separado para passar na segurança. Então, antes de arrumar a mala de mão, vale conferir como está a situação no seu ponto de partida!
O jornal italiano Corriere della Sera já havia informado sobre a decisão da Ecac na última sexta. De acordo com a reportagem, a entidade deu parecer favorável a uma atualização em novas máquinas de raio-x, que são capazes de detectar substâncias perigosas sem a necessidade de separar ou remover líquidos das malas de mão. O limite anterior era de 100 ml.
Pelo menos na Itália, a medida já está valendo desde sábado. A empresa que administra o Fiumicino, maior aeroporto de Roma, afirmou que está adotando a regra desde sábado (26/07). A controladora dos terminais de Milão (Malpensa e Linate), confirmou ao Corriere della Sera que também está seguindo a nova norma.
A Comissão Europeia informou que aeroportos como os de Frankfurt, Munique, Roma, Milão, Amsterdã, Madri, Barcelona, Dublin, Cracóvia, Catânia, Bergamo e Turim podem “aceitar e escanear [líquidos acima de 100 ml] se assim decidirem“.
Estreia do novo limite não é simultânea
Vale ressaltar que a mudança é válida apenas para países integrantes da União Europeia. E é necessário uma boa dose de atenção neste momento. Isso porque já está claro que a nova regra não entra em vigor ao mesmo tempo nos países do bloco, já que nem todos os locais têm a tecnologia que permite o embarque com mais de 100 ml.
Segundo a Comissão Europeia, “outros aeroportos e Estados-Membros poderão ser progressivamente adicionados a essa lista, assim que outras configurações de equipamentos, atualmente em fase de testes, obtiverem o Selo da UE”.
Portanto, nem todos os lugares estão imediatamente habilitados, o que pode causar confusão e transtornos para passageiros. Aqueles que embarcam em um terminal com mais de 100 ml de líquidos por frasco usando o benefício da nova regra, por exemplo, precisam ficar atentos caso passem, depois, pelos raios-x de um aeroporto onde a norma ainda não foi estabelecida.
Aproximadamente 700 unidades desse tipo de tecnologia estão atualmente em uso ou sendo instaladas em aeroportos localizados em cerca de 21 Estados-Membros da União Europeia, como Áustria, Chipre, Tchéquia, Dinamarca, Estônia, Finlândia, França, Alemanha, Grécia, Irlanda, Itália, Letônia, Lituânia, Malta, Holanda, Polônia, Romênia, Eslováquia, Eslovênia, Espanha e Suécia.
Regra estava suspensa desde setembro
Com aeroportos europeus trocando os sistemas de raios-x para equipamentos mais modernos desde o início da década, a regra dos 100 ml foi sendo aliviada conforme a tecnologia disponível no terminal.
No entanto, a norma foi suspensa em setembro do ano passado em toda a União Europeia por conta do que a Comissão Europeia chamou de “problema técnico temporário” nas máquinas, e não havia prazo para sua retomada.
À época, a questão seria relacionada a um tipo específico de explosivo, que poderia passar despercebido pelas novas máquinas, além de supostas dificuldades para escaneamento de frascos com mais de 330 ml de líquidos.
