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25 melhores destinos para conhecer em 2022: a lista diferentona da National Geographic

Thayana Alvarenga
05/12/2021 às 5:58

25 melhores destinos para conhecer em 2022: a lista diferentona da National Geographic

Após tanto tempo com fronteiras fechadas em diversos países, 2022 tem tudo para ser o ano em que enfim poderemos retomar as viagens internacionais. Mas para onde? A revista National Geographic divulgou sua lista com os melhores destinos para conhecer no próximo ano. Nada de Orlando ou Lisboa: a lista foge dos lugares mais badalados ou apresenta uma abordagem bem diferente deles. Confira!

Melhores destinos para 2022

A lista da National Geographic reúne 25 lugares imperdíveis, divididos em cinco categorias: natureza, aventura, cultura, sustentabilidade e família.

Cultura

1. Montanha Jingmai (China)

Em 2022, uma das paisagens culturais mais antigas da China deve se tornar um dos mais novos locais do país a ser considerado Patrimônio Mundial pela Unesco. As antigas plantações de chá da Montanha Jingmai, que coletivamente formam a maior área de cultivo de chá do mundo, possuem cerca de 1,13 milhão de árvores de chá, sendo que a mais antiga tem 1,4 mil anos.

Localizada no remoto sudoeste da província chinesa de Yunnan, a região foi o ponto de partida da lendária Estrada dos Cavalos e do Chá. Essa malha de rotas do século 11 teve seu nome inspirado no seu principal propósito: trocar chá chinês por cavalos tibetanos (cerca de 60 quilos de chá equivaliam a um cavalo).

Hoje, novas rodovias substituíram as rotas, mas as plantações de chá da região permanecem, assim como os quatro grupos de minorias étnicas locais – os povos blang, dai, hani e wa – que mantêm seus próprios idiomas, costumes e festivais. Devido à localização remota e às ofertas limitadas de turismo do chá, uma viagem guiada é a melhor maneira de vivenciar essa paisagem cultural que resiste ao tempo.

2. Tin Pan Alley (Inglaterra)

Apesar da resistência do punk e do rock, a repaginação da rua Denmark, antigo centro da indústria musical britânica, promete acertar o tom. Antes repleta de editoras musicais, estúdios de gravação, salas de ensaio e clubes à meia-luz, a pequena rua de Londres, apelidada de Tin Pan Alley (algo como beco da lata), ajudou a lançar o movimento punk rock britânico e lendas como David Bowie, Elton John e os Rolling Stones.

Nos últimos anos, a música no local quase desapareceu, exceto pelas lojas de guitarras que sobreviveram na Denmark. A rua reformada preserva pedaços de seu passado histórico: fachadas restauradas de edifícios do século 17; o grafite de Johnny Rotten, vocalista dos Sex Pistols (que morava na região) protegido como parte do patrimônio; e as antigas lojas de música (graças aos aluguéis acessíveis e de longo prazo).

Também foram criados locais para músicos de rua se promoverem e tentarem a sorte, como Adele que estreou no 12 Bar Club original da rua Denmark. Há também um estúdio de gravação profissional gratuito para artistas emergentes, além do novo hotel Chateau Denmark, espalhado por 16 edifícios repletos de história da música.

3. Hokkaido (Japão)

Marginalizados desde o fim de 1.800, os ainu, povo indígena de Hokkaido, foram finalmente reconhecidos no Japão em 2019. Atualmente, a maioria deles se concentra por ali e, embora a nova Lei de Promoção Ainu do país reconheça e proíba a discriminação contra os membros dessa etnia, segundo ativistas indígenas, o instrumento jurídico falha em ajudar o povo de forma mais direta.

No entanto, isso pode mudar à medida que mais turistas japoneses e internacionais visitam Hokkaido para aprender sobre a cultura ainu em Upopoy, o novo complexo que inclui o Museu e o Parque Nacional Ainu, inaugurados em 2020.

Upopoy tem uma urgente missão em três frentes: promover, revitalizar e expandir a cultura ainu antes que se torne extinta. O idioma ainu está especialmente em risco, não tem relação com o japonês ou qualquer outro idioma e é considerado pela Unesco como criticamente ameaçado. Atividades como ouvir ainu coloquial e jogar jogos para aprender a pronúncia fazem parte da exposição permanente do novo museu. Os visitantes também podem conhecer as grandes lições de vida sustentável dos ainu, cujas crenças espirituais estão enraizadas no respeito e na gratidão pela natureza.

4. Prócida (Itália)

A pequena ilha de Prócida, eleita a Capital Italiana da Cultura em 2022, quer ilustrar a importância da cultura, especialmente em tempos de incertezas. O Procida 2022 tem como objetivo diluir a programação cultural ao longo de mais de 300 dias para incentivar viagens responsáveis ao longo do ano e evitar a chegada em massa de turistas no verão.

A programação inclui exposições de arte contemporânea, festivais e apresentações. No centro das atenções, como um símbolo do tema inclusivo, está o Palazzo d’Avalos da ilha, um palácio renascentista transformado em prisão, construído em 1500 e fechado em 1988. Mais recentemente associada ao isolamento, a antiga prisão e seu espaço verde (onde os detentos cultivavam e criavam gado e porcos) serão transformados em um espaço cultural e parque urbano na ilha que está a 40 minutos de balsa ao sudoeste de Nápoles.

5. Atlanta (Estados Unidos)

Em um momento em que os direitos de voto estão em disputa nos Estados Unidos, Atlanta exercita sua força cultural e política por meio de duas grandes organizações voltadas ao empoderamento dos eleitores: The New Georgia Project e Fair Fight Action, ambas fundadas pela líder política e ativista Stacey Abrams, de Atlanta.

A maior cidade da Geórgia também é um epicentro do empreendedorismo negro, incubando negócios como a rede de hambúrgueres vegetais Slutty Vegan e o eco-consciente Sustainable Home Goods. Facilmente acessível a pé ou por bicicleta pela trilha BeltLine’s Eastside, o bairro Old Fourth Ward mistura vida noturna, como na Biggerstaff Brewing Company e no mercado Ponce City, com lugares históricos, como o Parque Histórico Nacional Martin Luther King Jr. e o Museu e Biblioteca Presidencial Jimmy Carter.

Sustentabilidade

6. Vale do Ruhr (Alemanha)

A mineração e a produção de aço já dominaram o povoado Vale do Ruhr, localizado no oeste da Alemanha. Hoje, a região encontrou um novo uso para as antigas pilhas de rejeito (resíduos da mineração) e instalações industriais abandonadas. Essas áreas foram transformadas em parques e espaços culturais ao ar livre. A mais famosa é o Patrimônio Mundial de Zeche Zollverein (Complexo Industrial da Mina de Carvão de Zollverein), que abriga uma piscina ao ar livre, uma pista de patinação no gelo e trilhas para caminhada.

Alugue uma bicicleta para uma viagem sem carros ao Vale do Ruhr ao longo de rotas de ciclismo, muitas das quais seguem antigos trilhos de trem. Dá também para explorar a pé pela Hohe Mark Steig, uma trilha de 155 quilômetros inaugurada em 2021. Um ponto alto nas proximidades é Halde Hoheward, com altura de 151 metros, uma pilha de rejeito formada por 180 milhões de toneladas de resíduos de mineração com um relógio de sol gigante no topo.

7. Parque Nacional Yasuni (Equador)

Em reconhecimento à importância global da Amazônia, a França está liderando a luta contra o desmatamento no Parque Nacional Yasuní, no Equador, considerado pela Unesco Reserva da Biosfera em 1989. O parque de quase 10,2 mil quilômetros quadrados – lar de árvores de mogno, goiabeiras, antúrios, palmeiras e samambaias verdes exuberantes – é o primeiro de cinco locais piloto no programa TerrAmaz financiado pela França. A iniciativa de quatro anos, lançada no fim de 2020, apoia o desenvolvimento sustentável e protege a biodiversidade na Floresta Amazônica do Brasil, Colômbia, Equador e Peru.

Yasuní é considerado um dos lugares de maior biodiversidade da Terra, e abriga uma variedade surpreendente de animais, como tamanduás, capivaras, bichos-preguiça, macacos-aranha e cerca de 600 espécies de pássaros coloridos que dão vida à ecorregião. Nos rios Napo e Curaray que circundam o parque, os visitantes podem observar o boto-cor-de-rosa, uma espécie enigmática e ameaçada de extinção.

8. Łódź (Polônia)

Nomeada a Cidade do Cinema pela Unesco em 2017 por sua rica cultura cinematográfica, Łódź foi um importante centro de manufatura têxtil nos séculos 19 e 20. Agora, a Hollywood polonesa está mudando o roteiro de seu passado industrial para criar um futuro mais verde na cidade de quase 700 mil habitantes e que fica na região central da Polônia.

Łódź (pronuncia-se uoodge) é líder em sustentabilidade, tendo adotado soluções ecológicas inovadoras, como o uso de pré-CDR (combustível derivado de resíduos) e energia de biomassa para aquecer casas.

Quase um terço de Łódź é composto por áreas verdes, que variam de novos pequenos parques à floresta Łagiewnicki, de 1,2 mil hectares. Nas antigas áreas industriais da cidade, as fábricas estão renascendo como parques, centros culturais, residências e estabelecimentos comerciais. Uma enorme fábrica foi repaginada e se transformou no Manufaktura, um centro de artes, shopping center e complexo de lazer que abrange 13 edifícios históricos de tijolos.

9. Área Cênica do Desfiladeiro do Rio Columbia (EUA)

A maior Área Cênica dos Estados Unidos provavelmente não está onde você pensa. Ela se estende pela fronteira entre Oregon e Washington e compreende 118 mil hectares de terras públicas e privadas ao longo do Desfiladeiro do Rio Columbia.

Com o Monte Hood nas proximidades, a área atrai mais de dois milhões de visitantes todos os anos. Para ajudar a reduzir o impacto do turismo na natureza e cultura locais, uma aliança sem fins lucrativos deu início a um movimento colaborativo que se transformou em um modelo de melhores práticas para o desenvolvimento de economias de turismo sustentáveis.

As iniciativas incluem o Ready, Set, Gorge, um programa educativo voltado aos visitantes, e o East Gorge Food Trail, uma rede de fazendas, hotéis históricos, vinícolas e outras experiências locais. A parceria com outras organizações locais e a conscientização dos visitantes beneficiam a todos, diz Ali McLaughlin, proprietária da MountNbarreL, que oferece passeios de bicicleta com degustação de vinhos e outras experiências sem o uso de carros.

10. Parque Nacional Chimanimani (Moçambique)

Localizado na fronteira montanhosa do país com o Zimbábue, o Parque Nacional Chimanimani, criado em outubro de 2020, abriga o pico mais alto de Moçambique, o Monte Binga (altitude: 2,4 mil metros). Já esteve repleto de elefantes, leões e outros grandes animais cujas ilustrações aparecem na antiga arte rupestre criada pelo ancestral povo san.

A caça durante décadas de conflitos civis dizimou as populações de animais selvagens, mas um pequeno número de elefantes permanece, assim como pelo menos 42 outras espécies de mamíferos e uma impressionante variedade de plantas e aves. Somente nos dois levantamentos de biodiversidade recentes, 475 espécies de plantas e 260 espécies de aves foram identificadas, além de 67 espécies de anfíbios e répteis – incluindo uma rã e um lagarto considerados espécies novas para a ciência.

Atividades de turismo sustentável – como observação de pássaros, caminhadas até as cachoeiras da floresta e pernoite no Ndzou Camp, uma pequena pousada ecológica comunitária – permitem aos turistas observarem um lugar selvagem cativante.

Natureza

11. Faixa de Caprivi (Namíbia)

A Namíbia traz imagens de desertos, dunas imensas e montanhas castigadas pela seca. Mas a Faixa de Caprivi, um estreito pedaço de terra que se projeta para o leste no extremo norte do país, é um território verde e rico em vida selvagem devido à presença dos rios Okavango, Kwando, Chobe e Zambeze, que criam o habitat ideal para diversas espécies animais.

Durante a segunda metade do século 20, a área foi palco de uma intensa atividade militar. Remota e de difícil acesso, serviu de corredor para diversos grupos armados. Depois que a Namíbia conquistou a independência em 1990, a paz – e a vida selvagem afastada pelos combates – retornou gradualmente.

No leste da região, o Parque Nacional Nkasa Rupara é uma joia secreta. Um posto da guarda florestal e um acampamento foram inaugurados nos últimos anos, tornando o local mais acessível ao turismo. Contudo, ainda é raramente visitado. Cercada pelo sistema fluvial Kwando-Linyanti ao sul e por pântanos e lagoas ao norte, Nkasa Rupara é a maior área úmida protegida da Namíbia. É descrita como um “mini Okavango”, já que suas águas são semelhantes ao mais famoso Delta do Okavango de Botswana. O parque abriga a maior população de búfalos da Namíbia. Os predadores incluem leões, leopardos e hienas. No rio, crocodilos e hipopótamos dominam.

12. Minnesota (Estados Unidos)

Milhares de estrelas brilham no céu de Minnesota. Essa região distante que faz fronteira com a província canadense de Ontário tem pouca ou nenhuma poluição luminosa, e os moradores estão determinados a mantê-la assim.

A Iniciativa Céu Escuro no Coração do Continente é um esforço internacional que visa criar um dos maiores destinos de céu escuro do planeta. E dois de seus elementos centrais estão em Minnesota: a Área Selvagem Boundary Waters Canoe (ASBWC), o maior Santuário Internacional de Céu Escuro do mundo com cerca de 405 mil hectares, e o Parque Nacional Voyageurs, localizado próximo dali, o primeiro parque internacional de céu escuro do estado. Ambos os lugares receberam a certificação de céu escuro em 2020, e o Parque Provincial Quetico, de Ontário, que fica ao lado do ASBWC, ganhou o status de Parque Internacional de Céu Escuro no início de 2021.

A preservação da escuridão em lugares como o Parque Nacional Voyageurs não só oferece vistas maravilhosas e benefícios ecológicos para a vida selvagem, como também nos permite uma janela para o passado; ver o céu como ele era há centenas de anos, usado para navegação e contação de histórias por povos como os viajantes do comércio de peles e os indígenas Ojíbuas.

13. Lago Baikal (Rússia)

O Lago Baikal é tão vasto e profundo que os moradores locais costumam chamá-lo de mar. Com cerca de 31,5 mil quilômetros quadrados e uma profundidade média de 744 metros, o enorme lago é uma maravilha natural.

Os visitantes podem ajudar a proteger o lago e sua ampla variedade de paisagens, incluindo tundra, estepe, floresta boreal e praias virgens, trabalhando como voluntários na Associação Trilha do Grande Baikal (ATGB), grupo ambiental sem fins lucrativos que está criando uma rota de caminhada ao redor do lago.

Caminhar pelo Baikal também é uma forma ecologicamente correta de avistar algumas das 1,2 mil espécies de plantas e animais presentes no lago que não são encontradas em nenhum outro lugar da Terra, como o nerpa, a única foca do mundo que vive apenas em água doce.

14. Reserva Florestal Maia (Belize)

Recentemente, a natureza conquistou uma grande vitória na corrida para preservar uma das maiores florestas tropicais remanescentes nas Américas. Em abril de 2021, uma coalizão de parceiros de conservação comprou 96 mil hectares de floresta tropical em Belize para criar a Reserva Florestal Belize Maia.

Além de salvar algumas das florestas de maior biodiversidade do mundo da destruição e do desenvolvimento, a nova área protegida fecha uma enorme lacuna em um corredor considerado fundamental para a vida selvagem, que vai do sudeste do México até Belize, passando pela Guatemala.

A reserva combinada, que guarda quase um décimo do território de Belize, protege e conecta habitats essenciais para uma incrível variedade de espécies selvagens endêmicas e ameaçadas de extinção. Isso inclui antas, o animal nacional de Belize; macacos bugios-pretos; mais de 400 espécies de aves; e algumas das maiores populações sobreviventes de onça-pintada da América Central. Por enquanto, as atividades de ecoturismo acontecem em duas pousadas rústicas, além de oferecer expedições guiadas.

15. Victoria (Austrália)

Brotos verdes já podem ser vistos na Austrália com a regeneração dos cerca de 18,6 milhões de hectares que foram queimados durante os incêndios florestais que ocorreram entre 2019 e 2020, causando a morte de quase 40 pessoas e de mais de um bilhão de animais.

Desempenhando seu próprio papel nesses esforços de recuperação, a Wildlife Wonders, na região de Otways, em Vitória, é um novo santuário de vida selvagem e possui uma grande missão. Na Grande Estrada Oceânica, em meio a uma exuberante floresta e cachoeiras, há um caminho sinuoso de madeira que serpenteia pelo refúgio e se mistura perfeitamente com a paisagem.

Os turistas podem fazer passeios guiados com duração de 75 minutos pela região, caminhando por bosques de eucaliptos e admirando os coalas, cangurus e muito mais. Durante uma parada na base de pesquisa, os visitantes podem aprender mais sobre como o local protege espécies nativas, que muitas vezes são vítimas de predadores invasores, como raposas e gatos.

Aventura

16. Rota de bicicleta do rio Sena (França)

La Seine à Vélo é uma nova ciclovia do pintor francês Claude Monet. Na rota, é possível visitar a casa do pintor e ver famosas plantas da regi˜ão. Mas o percurso de 430 quilômetros “de Paris para o mar”, inaugurado em outubro de 2020, também oferece obras-primas menos conhecidas, como a colorida arte de rua que ilumina o Canal Saint-Denis em Paris.

Ao longo das 15 etapas da trilha, os ciclistas também passam por áreas naturais protegidas, incluindo uma importante rota migratória de aves. Ao pedalar, não deixe de visitar as ruínas da Abadia de Jumièges, fundada em 654, e fazer um passeio guiado por um monge beneditino na Abadia de Saint-Wandrille, que funciona há séculos. A sala de chá e os jardins do Château de Bizy, uma residência real construída em 1740 e inspirada no Palácio de Versalhes, oferecem oportunidades de descanso em meio as pedaladas.

Considerando o fato de Monet não ser a única atração da ciclovia, os ciclistas que amam pinturas devem reservar um tempo extra para o Museu do Impressionismo de Giverny, que explora o movimento de arte revolucionário do século 19.

17. El Camino de Costa Rica

Estendendo-se por toda a Costa Rica, do Caribe ao Pacífico, a El Camino de Costa Rica é uma trilha de 280 quilômetros para a vida, longe da rota turística normalmente visitada.

A rota de caminhada possui 16 etapas e inclui principalmente estradas públicas, passando por vilas e cidades remotas, terras de povos indígenas e áreas naturais protegidas. Foi criada para estimular a economia dos distritos rurais. Moradores locais fornecem a maior parte das hospedagens, alimentação, passeios e outras comodidades disponíveis no percurso da trilha.

Devido ao isolamento e aos poucos serviços de turismo, a recomendação é fazer a trilha com um guia. Ticos a Pata, UrriTrek Costa Rica e ViaLig Journeys estão entre os operadores turísticos que oferecem experiências guiadas – desde caminhadas de um dia até trilhas de costa a costa, que podem durar uma ou duas semanas e incluem travessias de rios e passeios por fazendas, florestas tropicais, florestas nubladas e plantações de cana-de-açúcar. Itinerários mais longos normalmente incluem aventuras opcionais, como um passeio de rafting nas corredeiras do rio Pacuare.

18. Trilha Nepisiguit Micmac (Canadá)

Uma rocha em formato de tartaruga perto de Nepisiguit Falls, na província canadense de Novo Brunswick, carrega consigo uma lenda contada pelo povo local. Quando o nível da água baixa, a “tartaruga” – chamada de Egomoqaseg (que significa “balança como um navio ao mar”) – parece estar saindo do rio, diz Jason Grant, o guia da trilha cujo sogro Gilbert Sewell foi o guardião da história.

“A lenda diz que, assim que a tartaruga estiver completamente fora d’água, será o fim do mundo para o povo Micmac”, conta Grant. Segundo ele, com base nas visitas que faz à rocha todos os anos, Egomoqaseg tem um longo tempo pela frente antes de estar em solo seco.

As cataratas são uma parada ao longo de uma rota milenar de migração das Primeiras Nações que se transformou na trilha de caminhada mais longa do interior das províncias marítimas canadenses.

19. Mergulhando com tubarões em Palau

Ao desembarcar no Aeroporto Internacional de Palau, além de ganhar um carimbo no passaporte, os visitantes devem assinar o Compromisso de Palau, prometendo que “as únicas pegadas que deixarei são aquelas que irão desaparecer”. O sucinto compromisso ecológico foi redigido pelas e para as crianças deste remoto arquipélago do Pacífico ocidental para ajudar a proteger a cultura e a natureza em Palau dos impactos negativos do turismo.

o todo, 80% das águas de Palau – reconhecidas pelo projeto Pristine Seas da National Geographic como um dos ecossistemas marinhos mais ricos do planeta – são preservadas e fazem parte do Santuário Marinho Nacional de Palau. Com 500 mil quilômetros quadrados, o santuário é uma das maiores áreas marinhas protegidas do mundo, lar de mais de 700 espécies de corais e mais de 1,3 mil espécies de peixes, incluindo uma impressionante variedade de tubarões.

Durante a 20ª Semana dos Tubarões em Palau, de 27 de fevereiro a 6 de março de 2022, evento realizado todos os anos, os mergulhadores poderão observar e participar de contagens de diversas espécies de tubarões, como o tubarão-cinzento-dos-recifes, tubarão-galha-preta, tubarão-azul, tubarão-tigre e tubarão-martelo. Essas contagens são promovidas por iniciativas da ciência cidadã. Os locais de mergulho diário são escolhidos pela abundância de tubarões e outras formas de vida marinha, incluindo grandes agregados de raias-manta e milhares de peixes em processo de desova.

20. Arapahoe Basin (EUA)

Para uma vista inesquecível, aposte em Arapahoe Basin – uma rota de escalada com degraus de metal e cabos – que começa na base dos penhascos de granito das Rochosas e sobe quase 365 metros até o cume, que fica a 3,9 mil metros de altitude.

Uma olhada para baixo revela a paisagem acidentada desse trecho do estado de Colorado, pontilhada por musgo verde e vegetação de coloração rosa e roxa, além de jardins de pedras criados pelos próprios penhascos, com pedaços caídos que variam de pedregulhos a rochas do tamanho de carros.

Os escaladores sobem os penhascos usando os degraus de metal, mas também seguram na rocha ou apoiam o pé em fendas para pegar impulso. Para evitar o que poderia ser um mergulho de 305 metros para a morte certa, os escaladores devem prender seus equipamentos de segurança nos cabos à medida em que avançam. A rota é totalmente ao ar livre e tempestades podem chegar repentinamente.

Família

21. Cruzeiro no Danúbio (Europa)

Navegar pelo rio Danúbio pode parecer uma viagem pelo reino dos contos de fadas, com vistas panorâmicas de castelos, cidades medievais e palácios imponentes que ajudam a dar vida à história europeia. O rio atravessa dez países europeus (Alemanha, Áustria, Eslováquia, Hungria, Croácia, Sérvia, Romênia, Bulgária, Moldávia e Ucrânia) e a maioria dos itinerários de cruzeiros no Danúbio inclui paradas em pelo menos quatro deles, com pacotes especiais para as famílias que incluem atividades para as crianças realizarem na costa.

As aulas de história sobre o feudalismo da Idade Média ganham novas dimensões quando se explora Veste Oberhaus, em Passau, na Alemanha, um dos maiores complexos de castelos ainda em funcionamento na Europa. As antigas tradições equestres húngaras ganham vida em uma fazenda do sul da Hungria, onde csikós, ou pastores montados, cavalgam em pé, se equilibrando sobre dois cavalos a galope.

22. Lícia (Turquia)

No passado, os nômades yörüks, originários de diferentes grupos turcos que habitavam uma região que abrangia dos Bálcãs ao Irã, se deslocavam pelos planaltos da Riviera turca. Muitos dos costumes yörüks (literalmente “caminhantes”) já se estabeleceram e estão vivos e preservados. Localizada na região histórica de Lícia, a Península de Teke é um dos locais onde a cultura yörük resiste.

Nos últimos anos, as empresas de turismo começaram a mesclar as maravilhas de Lícia com a vida yörük. As famílias podem percorrer partes do famoso Caminho da Lícia; visitar locais antigos como Patara, Xanthos ou Letoon; e nadar em águas cristalinas enquanto se hospedam em hotéis, pensões, acampamentos ou nas casas dos moradores. Mas as crianças são as que mais se divertem, pois podem vivenciar a cultura yörük fazendo xarope com romãs, cozinhando doces locais, ordenhando cabras ou participando da colheita de azeitona.

23. Granada (Espanha)

Construída como uma cidade-palácio pelos sultões Nasrid do século 13, Alhambra (que significa “forte vermelho”) é considerada a joia arquitetônica moura da Europa. O perfil ovalado deste Patrimônio Mundial da Unesco repousa sobre uma colina acima de Granada, uma das cidades mais pitorescas da Espanha.

Mas o que realmente fascina as famílias é a magia do local. Mosaicos complexos tornam Alhambra uma obra-prima de beleza geométrica e uma sala de aula colorida para a exploração de conceitos matemáticos pelas crianças que incluem formas, simetria, proporção e medição.

No Palácio dos Leões, um dos três palácios reais originais de Alhambra, a fonte central arranca suspiros. Seu design elaborado exibe 12 leões de pedra que cospem água e carregam uma grande bacia de mármore em suas costas.

24. Bonaire

Sol deslumbrante, mar azul-turquesa, palmeiras, praias de areia branca e uma atmosfera descontraída: Bonaire preenche todos os requisitos de um destino tropical idílico. Mas, em comparação a muitas outras ilhas do Caribe, Bonaire (com uma população de 21 mil habitantes) é silenciosa e ainda relativamente selvagem e intocada. E próximo de sua costa está uma das reservas marinhas mais antigas do mundo.

O Parque Nacional Marinho de Bonaire foi fundado em 1979 e está na lista provisória de Patrimônio Mundial da Unesco desde 2011. A reserva abrange 2,7 mil hectares de recifes de coral, algas marinhas e vegetação de mangue. Os recifes saudáveis de Bonaire atraem mergulhadores e praticantes de snorkel que podem observar até 57 espécies de coral e mais de 350 espécies diferentes de peixes.

O acesso é outro ponto positivo: não é necessário possuir um enorme iate ou outro meio de transporte aquático para explorar a região. Em 54 dos quase 90 locais públicos de mergulho de Bonaire, é possível caminhar da praia ou do píer direto para a água.

25. Costa Leste (Estados Unidos)

A história da Underground Railroad (“ferrovia subterrânea” em tradução livre, uma rede secreta de rotas e esconderijos para àqueles que escapavam da escravidão) flui através das águas, pântanos, brejos e lodaçais do condado de Dorchester, na costa leste de Maryland.

Foi nesse local que a “líder” mais famosa da rede secreta, Harriet Tubman, nasceu escravizada, cresceu e aprimorou as habilidades (armadilhas, caça e uso das estrelas para orientação) que utilizou para escapar e encontrar a liberdade na Pensilvânia. Ela então voltou 13 vezes para resgatar mais de 70 amigos e familiares escravizados. Sua história heroica é contada no Centro de Visitantes Harriet Tubman Underground Railroad, uma das mais de 30 paradas ao longo dos 201 quilômetros da Harriet Tubman Underground Railroad Byway, estrada secundária que acompanha a Underground Railroad.

Com informações da revista National Geographic


E você, já esteve em algum destes lugares? Vai querer conhecer? Comente abaixo e participe! Se não deu para viajar em 2021, organize-se para os feriados 2022. Quem sabe você não bota alguns novos destinos na sua lista!

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