Mais três companhias low cost estudam fazer voos domésticos no Brasil
Mais três companhias low cost estudam fazer voos domésticos no Brasil
Pelo menos outras três empresas low cost, além da Globalia, podem desembarcar aqui no Brasil para operar voos domésticos. A afirmação é do diretor executivo da Associação Latino-Americana e do Caribe de Transporte Aéreo (Alta), Luis Felipe de Oliveira, em entrevista ao Portal Panrotas.
Em maio deste ano, o grupo Globalia que controla a Air Europa obteve licença da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) para operar voos domésticos no Brasil. Com a autorização, o grupo terá que abrir uma empresa no país com pilotos e tripulação brasileira, além de se subordinar às leis nacionais. Essa foi a primeira companhia aérea internacional a manifestar interesse em constituir empresa com 100% de capital estrangeiro em operação regular de passageiros no país.
Segundo Oliveira, três empresas low costs avaliam o mercado nacional e nossos entraves burocráticos. “O preço do aeroporto, do leasing ou do combustível não será mais barato por ser uma low cost. Fatores como leis trabalhistas e impostos (sobretudo o QAV) também atrapalham, já que em outros mercados elas não são submetidas a determinadas regras que serão aqui”, avalia o diretor.
Uma das questões primordiais para futuras entradas de low costs no Brasil foi a manutenção do fim da obrigatoriedade da bagagem despachada. O diretor da Alta ressalta que o brasileiro começou a entender que bagagem grátis nunca existiu. “O latino americano está mais habituado com o conceito low cost do que o brasileiro. Quando falamos em receitas auxiliares, estamos falando de democratização do transporte aéreo. O passageiro deve ter o direito de escolher como ele quer voar, se é na janela ou no corredor, com ou sem franquia de bagagem, com mais espaço ou não”, conclui.
O Brasil tem acompanhado nos últimos meses o desembarque de low costs estrangeiras para operar voos internacionais. A Flybondi foi a última a pedir autorização e quer operar voos para a Argentina. Ela é uma das quatro empresas que operam na modalidade low cost e solicitaram processos para operações no Brasil para rotas internacionais. A chilena Sky Airline já está operando. Os voos low cost da europeia Norwegian começaram no dia 31 de março.
Na avaliação de Oliveira as futuras operações de novas low cost no mercado doméstico não devem começar num prazo curto. De acordo com ele, o processo envolve o arrendamento de novas aeronaves, contratação de profissionais para bases, treinamento de tripulação e muitas outras coisas. “Se houver de fato uma entrada, ela será a partir de 2020”, opina.
O modelo low cost se expandiu em grande parte do mundo, especialmente na Europa, Estados Unidos e Ásia revolucionando a indústria, democratizando o acesso ao transporte aéreo e transformando a experiência de viagem no mundo inteiro. No Brasil, infelizmente, ainda não decolou. Hoje não contamos com nenhuma verdadeira companhia de baixo custo operando voos dentro país. Veja nosso post sobre companhias low cost e tire todas as suas dúvidas.