Aeroportos do Nordeste terão mesma administradora de Madri e Barcelona


Aeroportos do Nordeste terão mesma administradora de Madri e Barcelona
Nesta segunda-feira foi realizado o leilão envolvendo 12 aeroportos brasileiros, arrematados com ágio de R$ 2,377 bilhões ao Governo Federal. Foi a primeira rodada de concessão com aeroportos agrupados em blocos, sendo eles Nordeste, Sudeste e Centro-Oeste. O contrato será de 30 anos.
O bloco Nordeste é formado por Recife, Maceió, João Pessoa, Aracaju, Campina Grande e Juazeiro do Norte. Ele foi arrematado pela AENA Desarrollo Internacional SME S/A por R$ 1,9 bilhão. A empresa administra mais de 40 aeroportos na Espanha, incluindo Madri e Barcelona, além de Londres (Luton). É a maior operadora de aeroportos do mundo em número de passageiros.
Composto pelos aeroportos de Vitória e Macaé, o bloco Sudeste teve como vencedora a ZURICH Airport Latin America LTDA, que ofereceu R$ 437 milhões pelos dois aeroportos. Com isso, a companhia suíça expande seus negócios no país, sendo que possui 100% de participação no aeroporto de Florianópolis e 25% no Consórcio BH Airport, que administra Confins.
Já o bloco Centro-Oeste, que conta com os aeroportos de Cuiabá, Sinop, Rondonópolis e Alta Floresta, todos no Mato Grosso, foi arrematado pelas empresas SOCICAM Terminais Rodoviários e Representações LTDA e SINART Sociedade Nacional de Apoio Rodoviário e Turístico LTDA, integrantes do consórcio Aeroeste. O grupo pagou R$ 40 milhões pelos quatro aeroportos.

Aeroporto de Vitória, no Espírito Santo
O Consórcio Aeroeste é controlado pela Socicam Terminais Rodoviários (85%), empresa que administra 10 concessões: aeroportos de Goiânia, Caldas Novas, Jericoacoara, Aracati, Vitória da Conquista, Ilha de Comandatuba, Ilhéus, além dos aeroportos regionais de Goianá (MG), Ipatinga (MG) e São João Del Rei (MG). O outro sócio é a Sinart (15%), que atualmente detém a concessão dos aeroportos de Porto Seguro e Juiz de Fora.
Melhorias para os aeroportos
Os novos concessionários deverão fazer investimentos para a ampliação e manutenção dos 12 aeroportos leiloados. Estima-se para os primeiros cinco anos da vigência da concessão um investimento total de R$ 1,47 bilhão nos três blocos de aeroportos, sendo R$ 788 milhões no bloco Nordeste; R$ 302 milhões no Sudeste e R$ 386,7 milhões no Centro-Oeste.
Os primeiros investimentos nos aeroportos (as chamadas ações imediatas, previstas para os 180 dias iniciais do contrato) deverão realizar melhorias como adequação de banheiros e fraldários, revitalização e atualização das sinalizações de informação dentro e fora do terminal de passageiros; disponibilização de internet wi-fi gratuita de alta velocidade em todo o terminal; e revisão de sistemas de climatização, escadas rolantes, esteiras rolantes, elevadores e esteiras para restituição de bagagens; entre outras intervenções.
Na sequência, os investimentos em adequação de infraestrutura deverão atender a parâmetros baseados em recomendações da Associação Internacional de Transportes Aéreos (IATA) para o terminal de passageiros e infraestruturas associadas. Para aeroportos que movimentam mais de 1 milhão de passageiros ao ano, deverão ser feitos investimentos para processar, após o término dessa fase, percentuais pré-definidos de passageiros em pontes de embarque.
Em todos os aeroportos, os investimentos desta fase vão de adequações de pista à ampliação de pátios de aeronaves, passando pela ampliação da capacidade de processamento de passageiros, além de melhorias nas condições gerais de segurança operacional.
Será que vem melhoria por aí?