Item de mão agora tem tamanho padrão em várias companhias aéreas da Europa – veja as mudanças!
Item de mão agora tem tamanho padrão em várias companhias aéreas da Europa – veja as mudanças!
Em meio a discussões na Europa sobre os direitos dos passageiros relacionados ao embarque com bagagem na cabine, a Airlines for Europe (A4E), entidade que reúne diversas companhias aéreas do continente, começou a aplicar uma regra que uniformiza o tamanho de malas pequenas, aquelas que “cabem debaixo do assento à sua frente”. As dimensões padronizadas agora são de 40x30x15cm.
A mudança já está valendo e deve entrar totalmente em vigor até o fim do verão do hemisfério norte, segundo a entidade. Até então, cada companhia aérea podia estabelecer suas próprias regras para o transporte de mochilas, bolsas e outros itens que caibam debaixo do assento. As normas para bagagem de mão e malas despachadas permanecem a cargo de cada empresa.
A padronização do tamanho dos itens de mão vem depois de uma decisão do Comitê de Transportes do Parlamento Europeu que exigiu das companhias aéreas mais clareza aos passageiros sobre esse ponto.
A Airlines for Europe reúne várias companhias aéreas, que agora estão sujeitas à nova regra. São elas: Aegean, Air Baltic, TAP, Ryanair, Easyjet, Lufthansa, Swiss, British Airways, Iberia, Vueling, Air France, KLM, Finnair, Icelandair, Jet2, Norwegian e Volotea, Smartwings, Sunclass Airlines, TUI, Austrian Airlines, Brussels Airlines e ITA Airways.
Taxa da bagagem de mão na Europa pode deixar de existir?
A nova medida da A4E sobre o tamanho dos itens de mão surge no contexto da aprovação, pelo Comitê de Transportes do Parlamento Europeu, de uma norma que proíbe as companhias aéreas de cobrar por bagagens de mão! De acordo com a proposta, os passageiros poderão embarcar portando uma mala de até 7 kg e até 100 centímetros de forma totalmente gratuita – além do item de mão, que não tem custo.
No entanto, o projeto ainda precisa de aprovação de pelo menos 55% dos países que integram a União Europeia. E não será tão simples, já que muitos governos já manifestaram oposição à ideia, e as companhias aéreas, especialmente as low cost, devem entrar em campo para evitar que o projeto avance.
Novas regras mudam panorama da aviação na Europa
A queda de braço não para por aí. Isso porque as novidades não se restringem às discussões sobre bagagens, mas avançam também para questões sobre indenizações e assistências. Mais uma vez, aqui também estamos falando de normas aprovadas no Comitê de Transportes do Parlamento Europeu e que ainda precisam passar por uma discussão com outras instâncias políticas do continente.
Veja os principais tópicos abaixo. Embora tragam mais clareza para os passageiros, uma vez que hoje cada empresa aplica suas próprias regras, podem criar mais uma etapa de burocracia com as companhias aéreas, especialmente no que diz respeito a reembolsos!
Direito a reacomodação
A proposta prevê que os passageiros devem ser reacomodados o mais rápido possível, seja em voos da própria companhia aérea, de concorrentes ou mesmo em outros modais. Se a empresa não cumprir com isso em até 3 horas, o próprio viajante poderá encontrar uma opção e solicitar reembolso de um valor de, no máximo, 400% sobre o preço original do bilhete.
Direito a assistência
Se uma companhia aérea não oferecer comida, bebida e acomodação em caso de viagens canceladas ou atrasadas, o passageiro poderá providenciá-las por conta própria e pedir reembolso. Caso haja algum problema com o voo com os passageiros já embarcados, as empresas são obrigadas a oferecer “assistência mínima”, e o desembarque deverá acontecer após, no máximo, três horas.
Compensações para atrasos e cancelamentos
As companhias aéreas não podem mais negar compensações por conta de “situações extraordinárias”, a menos que “provem que todas as medidas foram tomadas para evitá-las”. As regras ficaram assim:
- viagens de até 3,5 mil km e dentro da União Europeia: €300 para atrasos superiores a 4 horas.
- viagens acima de 3,5 mil km: €500 para atrasos acima de 6 horas.
