Itália poderá cobrar 25 euros por noite de cada turista para combater excesso de visitantes

A Itália está estudando aumentar consideravelmente a taxa de permanência para visitantes no país, tendo como objetivo combater o excesso de visitantes e aumentar a receita anual das cidades.

O projeto prevê que o valor seja cobrado proporcionalmente ao preço das diárias de hotel, ou seja, quanto maior o valor da hospedagem, mas cara a taxa – podendo chegar a até 25 euros por quarto/ noite em hotéis de alto padrão, segundo o jornal Financial Times.

O ministério do turismo pretende debater com entidades do setor ainda neste mês para definir as diretrizes da nova tarifa. O teto do imposto por noite deve aumentar 5 euros para hotéis que custem até 100 euros; 10 euros para quartos entre 100 e 400 euros; 15 euros para hospedagens de 400 a 750 euros e 25 para hospedagens acima de 750 euros. O valor atual varia de 1 a 5 euros, também conforme o padrão do estabelecimento.

Depois da pandemia, a Itália teve um grande aumento no fluxo de visitantes –  recebeu cerca de 65 milhões de turistas em 2023, níveis próximos ao período pré-pandêmico. Mas a recuperação tem desagradado os italianos, que vêm cobrando autoridades medidas para controlar o fluxo de visitas.

Segundo os locais, a quantidade exagerada de pessoas está degradando os espaços públicos históricos e o número de apartamentos urbanos alugados para curta temporada também tem causado incômodo. Por outro lado, os integrantes do setor, como associações hoteleiras, criticam tal medida, alegando que o crescimento deve ser fomentado e não desacelerado.

Acesso limitado à Fontana di Trevi

Um dos pontos turísticos mais famosos de Roma, a Fontana di Trevi, se tornou um problema administrativo dos grandes para a prefeitura da cidade, isso porque a quantidade de pessoas visitando o local por dia é realmente enorme. E vem em mais por aí… O município se prepara para receber o Jubilee de 2025 – ou o Ano Santo -, um evento católico que dura 1 ano e que deverá atrair 32 milhões de turistas e peregrinos.

Com a chegada de muita gente a cidade, a prefeitura deve estabelecer medidas para controlar o acesso ao local, com agendamentos prévios, contribuição financeira e quantidade diária de pessoas limitada.

“Para os romanos, estamos pensando em tornar as visitas gratuitas, enquanto os não residentes seriam convidados a fazer uma contribuição simbólica de um ou dois euros (o equivalente a, aproximadamente, 7-14 reais)”, esclareceu o conselheiro de turismo de Roma, Alessandro Onorato, ao jornal Il Messaggero.

Com informações do Financial Times.

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