Ilha paradisíaca de Ubatuba terá restaurantes e hotel para facilitar turismo

A Ilha Anchieta, localizada em Ubatuba no litoral norte de São Paulo, terá restaurantes e até um hotel para atrair turistas. O local paradisíaco que conta com água em tons esmeralda, Mata Atlântica preservada e construções históricas, é considerado uma das principais áreas de conservação do estado e por isso virou foco de mudanças para movimentar o turismo da região.

Obras na Ilha Anchieta em Ubatuba

As obras do governo estadual abrangem as sete praias da ilha, além de uma capela do século 19. A ampliação da infraestrutura é um dos objetivos de edital da Fundação Florestal, que quer além de hospedagem, bilheteria onde será pago o valor de entrada (hoje é de R$ 19), loja e locação de espaços para eventos, equipamentos náuticos, guarda-sóis e cadeiras de praia. O serviço de guia e os passeios de barco seguirão oferecidos por terceiros autorizados.

“Levantamentos da equipe já destacavam que o público sentia falta de serviços, porque não tem onde comer, alugar um equipamento. A gente quer democratizar o acesso”, disse Rodrigo Levkovicz, diretor executivo da Fundação Florestal.

Ilha Anchieta, em Ubatuba

A novidade tem dividido opiniões entre moradores de Ubatuba. Um abaixo assinado criado no ano passado chegou a atrair mais de 850 apoiadores, que temem danos ambientais à ilha, transformada em parque estadual em 1977 e com espécies ameaçadas de extinção, como a tartaruga-pente e a raia-borboleta. A fundação argumenta que o edital contempla apenas áreas de uso público, determina a obediência ao plano de manejo e atende a uma demanda dos turistas.

“A ilha deveria ser uma área de estudo e pesquisa, em que pouquíssimas pessoas tivessem acesso. Ubatuba já tem mais de cem praias à disposição do turismo”, argumenta a microempresária Danieli Gonçalves, de 43 anos, ao jornal Estadão.

Ilha Anchieta, em Ubatuba (Foto: Alesp)

Também tem opinião crítica a Associação de Amigos e Remadores da Canoa Caiçara, que integra o conselho do parque e é formada por nativos. Ao Estadão, disse que o edital dificulta a participação das “comunidades tradicionais como protagonistas”: “fica difícil concordar com tamanha intervenção, a nosso ver inadequada”.

Ilha Anchieta, em Ubatuba (Foto: Alesp)

Com informações da Agência Estado

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