Empresas aéreas pedem que governos não imponham quarentena a turistas

A IATA (Associação Internacional de Transporte Aéreo) se posicionou contrária às medidas pós-pandemia sugeridas por alguns países, que querem impor uma quarentena de 14 dias para viajantes vindos do exterior. Segundo uma pesquisa realizada pela associação no mês passado, 69% dos viajantes não fariam turismo se a viagem envolvesse um período de quarentena. A pesquisa também aponta que a medida prejudicaria ainda mais a confiança nas viagens aéreas.

“Pedimos aos governos que encontrem alternativas às medidas de quarentena no destino como parte das restrições de viagem”, disse a IATA em comunicado. A ideia da associação inclui impedir viagens de quem tiver sintomas da COVID-19 por meio de medição de temperatura, além de abordar os riscos de viajantes assintomáticos com um sistema de declarações de saúde e rastreamento de contatos. “Essa força-tarefa deve encontrar um consenso para controlar o vírus na retomada das atividades da aviação. E deve criar confiança entre os governos de que as fronteiras podem ser abertas aos viajantes”, completou Alexandre de Juniac, CEO da IATA.

Segundo pesquisa, 69% dos viajantes não fariam turismo se a quarentena fosse obrigatória

A IATA, que representa quase 300 empresas aéreas abrangendo 82% do tráfego aéreo mundial, estima que em 2021 a demanda global de passageiros ficará 24% abaixo dos níveis de 2019 e 32% menor que a previsão para 2021 elaborada pela associação. Além disso, ela acredita que os níveis do ano passado serão superados somente em 2023. “Essa crise vai custar muitos empregos e interromper o período de anos de crescimento estimulado pela aviação, não devemos piorar isso tornando as viagens impraticáveis com medidas de quarentena.”

E você, viajaria para o exterior mesmo com uma quarentena obrigatória? O que acha da medida? Comente abaixo e participe!