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Como está Gramado e como chegar à cidade depois das chuvas no RS

Jéssica Weber
23/07/2024 às 11:44

Como está Gramado e como chegar à cidade depois das chuvas no RS

Está querendo viajar para Gramado neste inverno, mas tem dúvidas de qual aeroporto escolher, como estão os acessos, ou mesmo como ficou a cidade depois das chuvas que castigaram o Rio Grande do Sul? A gente deu um pulinho lá no final de semana e te conta tudo!

Eu sou gaúcha, nascida na Serra Gaúcha, inclusive. Estava em Porto Alegre em maio deste ano, quando ocorreu a maior tragédia climática já registrada por aqui. Além das mais de 170 mortes, as chuvas interditaram estradas e inundaram o Aeroporto Salgado Filho, na capital.

No dia 15, o aeroporto reabriu com os serviços de embarque e desembarque de passageiros. Mas, pelo menos até outubro deste ano, os voos continuarão a ser realizados na Base Aérea de Canoas, aberta de forma temporária para voos comerciais.

Mesmo com os esforços para ampliar a oferta por Canoas ou pelos aeroportos regionais, é um fato que tem menos voos e as passagens aéreas estão mais caras. Então eu já vou dando spoiler: está fácil chegar na Serra Gaúcha, Gramado segue linda e vibrante, a única questão é encontrar uma passagem que caiba no bolso.

Qual aeroporto escolher?

A melhor opção para chegar em Gramado hoje é pela Base Aérea de Canoas (QNS). No buscador, cada companhia tem escrito de uma forma diferente o nome, pode ser “Canoas – Porto Alegre”, “Terminal Salgado Filho – QNS” ou Canoas QNS – Aeroporto Salgado Filho”.

Está essa confusão de nomes porque embarque e desembarque já ocorrem no aeroporto de Porto Alegre, mas os voos pousam e decolam na Base Aérea de Canoas. O governo federal estima para outubro a retomada dos voos no Salgado Filho, e ir ampliando a oferta gradualmente até o final do ano.

Mas voltando à nossa missão de chegar a Gramado: se QNS for sua opção, você vai pousar na pista da Base Aérea, vai entrar em um ônibus providenciado pela sua companhia aérea e ir até um pequeno terminal rodoviário que fica no estacionamento do Aeroporto Salgado Filho. Sem trânsito, dá 15 minutos esse trajeto.

Ali, vans de locadoras de veículos e taxistas já estão à espera dos passageiros. A Brocker Turismo também tem seu guichezinho no local, realizando o transfer até a Serra Gaúcha — usando o cupom MELHORESDESTINOS tem até desconto. Também há linhas da empresa de ônibus Citral que vão para Gramado.

Para fazer meu passeio, eu aluguei um carro em uma das locadoras vizinhas do Aeroporto Salgado Filho. O terreno que ocupam ficou coberto de água também, elas perderam muitos veículos. Mas já reabriram, porque está tudo seco nessa região.

Não foi difícil encontrar carro, e eu fiz reserva quatro dias antes, via Rentcars, um site que compara os preços de aluguel em várias empresas. Eu confirmei com os funcionários que os turistas não ficam sem carro. Talvez a locadora precise dar um upgrade, se não tiver a categoria que o cliente pediu, mas isso não é problema, né?!

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Partindo de Porto Alegre, tem algumas alternativas para chegar na serra, mas as principais são:

  • Via Nova Hamburgo e Taquara (BR 116 + BR 239): nesse caminho, você passa pela BR-116 e vai até Novo Hamburgo, onde pega a BR 239 até Taquara e, após a cidade, segue pela RS-115 até Gramado. O trajeto dura em torno de 2 horas e boa parte do percurso é duplicado, tem menos curvas e acaba sendo mais rápido, mas tem 2 praças de pedágio no caminho.

  • Via Novo Hamburgo e Nova Petrópolis: BR-116 e RS-235 (Rota Romântica) — principal rota entre Porto Alegre e Gramado, com cerca de 115 km de distância: saia da capital pela BR-116, que passa por Canoas, São Leopoldo e Novo Hamburgo. Em frente, você seguirá até Nova Petrópolis, onde deve pegar ERS-235 em direção a Gramado — nesse trecho final há um pedágio.

Ambos os caminhos chegaram a registrar bloqueios na época das chuvas, mas já estão liberadíssimos. O único remanescente fica na chegada a Nova Petrópolis: em razão de um deslizamento, tem um ponto onde a BR-116 está em meia pista, em Picada Café. Mas não chega a ser um problema: foi instalado um semáforo para ir alternando o sentido do fluxo, tem funcionado bem.

Alternativas de aeroportos

Ok, a Base Aérea de Canoas/Salgado Filho é a melhor opção. Mas o que fazer se os preços estão muito altos, ou se os voos já estão esgotados na data desejada?

A alternativa mais próxima é o Aeroporto Regional Hugo Cantergiani (CXJ/SBCX), em Caxias do Sul. Por também ficar na Serra Gaúcha, parece uma ótima opção, mas é necessário levar em consideração o tempo e as estradas.

A taxa de cancelamentos de voos é considerável em razão da neblina, que é pior justamente nessa época do ano. Em maio, por exemplo, 23% dos voos previstos foram cancelados ou alterados por condições climáticas.

No começo do mês, eu tentei pousar em Caxias do Sul e não rolou: meu voo foi desviado até Florianópolis. Lá, a companhia teve que providenciar um ônibus para nos levar a Caxias, mas isso acabou prolongando a chegada em 12 horas, foi bem cansativo. Isso quando o voo não retorna a São Paulo.

Agora falando das estradas: o principal caminho de Caxias a Gramado está interditado. Inclusive, a ponte da BR-116, entre Caxias do Sul e Nova Petrópolis, foi uma das que perdemos nas enchentes.

Se você busca um caminho no Google Maps, ele te dá uma opção pelo interior dos municípios de Caxias (Santa Lucia do Piaí) e de Nova Petrópolis, mas tem muita estrada de chão e muito barranco. Ah, e se o nível do Rio Caí estiver alto, você nem vai conseguir passar no pontilhão.

A Brocker Turismo tem levado os seus passageiros pela Rota do Sol, indo até Tainhas, depois São Francisco de Paula até Gramado. É um caminho mais seguro, mas bem longo, leva mais de 2h30min. Aqui você também tem o link pra reservar esse transfer com eles.

A minha última sugestão é comprar voos via Aeroporto Hercílio Luz de Florianópolis. É a alternativa mais em conta, com mais possibilidade de promoções de passagem, mas é também a mais cansativa. Isso porque se soma a uma jornada de, no mínimo, seis horas de estrada para chegar em Gramado. Da capital catarinense à Serra Gaúcha são 450km de viagem.

Não sei se você está disposto a essa trabalheira, mas é o aeroporto que nós gaúchos mais estamos usando hehe.

E como está Gramado? Está tudo funcionando?

Não teve enchente em Gramado. É verdade que ocorreram deslizamentos em localidades do interior, mas o Centro e as atrações turísticas passaram ilesos. Você não vai encontrar nenhum parque, museu ou restaurante fechado por causa das chuvas, nem se preocupe com isso.

Nas semanas seguintes às enchentes no RS, mesmo por uma questão de acesso, a cidade ficou quase vazia, mesmo com as atrações abertas. Mas, no último final de semana, eu me surpreendi com a multidão encasacada que tomava a Avenida Borges de Medeiros, tentando garantir a melhor selfie no termômetro gigante, na Igreja Matriz, na Fonte do Amor Eterno. Inclusive, peguei uma bela tranqueira para conseguir entrar na cidade no sábado, eu nem contava com isso.

Até que consegui rápido uma mesa em um dos concorridos restaurantes da Rua Coberta, talvez porque já estava no meio da tarde. Mas desisti de comprar chocolates quando vi a fila da loja hehe.

Tinha muita gente na cidade, é verdade, mas costumava ter ainda mais. A taxa de ocupação dos hotéis é um bom termômetro: nesse último final de semana, girava em torno de 70%, sendo que o normal no auge do inverno beira os 90%. Os empresários do ramo hoteleiro acreditam que a ocupação só retomará seu potencial quando o Salgado Filho voltar a operar em plena capacidade. Está todo mundo torcendo por isso, não é?!


Espero que eu tenha conseguido esclarecer suas dúvidas, e que a gente possa se ver na Serra Gaúcha em breve! Até a próxima!

 

 

 

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