Programa com passagens aéreas por R$ 200 já tem data para começar

O programa do governo federal com passagens aéreas a R$ 200 já tem mês previsto para começar: a partir de agosto deste ano. A informação é do ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França, e foi divulgada pelo jornal O Globo.

Conforme o ministro, o presidente Lula anunciará o pacote, tratado como um “arranjo de oportunidades das empresas privadas”, já que não contará com subsídios. Em entrevista ao jornal, ele garantiu ainda que a proposta foi acertada com as companhias aéreas e que o programa começará em agosto com a Gol, a Latam e Azul. No entanto, até o momento, isso não foi divulgado oficialmente pelas companhias, que afirmam apoiar a iniciativa sem detalhar como.

Outra novidade apresentada pelo ministro é a de que a iniciativa vai analisar a inclusão de outros serviços ao programa, os quais foram apresentados por pousadas, hotéis e locadoras de veículos interessados em clientes para a baixa temporada. Se isso ocorrer, os empreendimentos poderão dar descontos aos cadastrados no programa.

Chamado de Voa Brasil, o programa em planejamento trata-se da venda de passagens aéreas por R$ 200 o trecho para aposentados, funcionários públicos e estudantes.

Como divulgamos anteriormente, a ideia do projeto é comprar os assentos ociosos dos aviões para oferecer os bilhetes baratos nos meses de menor procura. Entenda como funcionará o programa neste post.

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Será que vai funcionar?

Estimativas apresentadas pelo governo indicam que o acesso ao transporte aéreo está restrito apenas a 10% dos brasileiros, e a proposta pretende mudar esse cenário.

Entretanto, ainda não está claro como a conta vai fechar, já que o preço médio das passagens aéreas nacionais está acima de R$ 600, conforme dados de 2022 da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

Especialistas também questionam como o programa será viável sem recursos públicos e indicam o risco de tornar as demais passagens aéreas mais caras.

O que dizem as companhias aéreas

Até o momento, as três principais companhias afirmaram apoiar a iniciativa. Entretanto, elas não divulgaram detalhes sobre como está ocorrendo esse envolvimento entre público e privado.

Conforme a Azul, a proposta do governo é positiva porque incentiva o acesso de mais brasileiros ao transporte aéreo. “A companhia já está participando do grupo de trabalho do Ministério de Portos e Aeroportos, e colaborando com o desenvolvimento do projeto”, informou.

Também a favor do projeto, a Gol disse que a empresa nasceu com o propósito de democratizar a aviação no Brasil e, por isso, está à disposição para contribuir com o governo na viabilização do Voa Brasil: “Por isso, a Gol participa, com a ABEAR e a Secretaria de Aviação Civil, de um grupo de trabalho para aprofundar o tema nos próximos meses.”

A Latam informou que a proposta vai na direção de aumentar, de forma sustentável, as viagens de avião no país. Isso irá permitir que mais brasileiros descubram o território nacional, o que requer um trabalho conjunto entre a indústria da aviação civil, governo e sociedade.

“A Latam quer que mais pessoas viajem de avião no Brasil. Por isso, está à disposição para analisar, propor e viabilizar iniciativas que continuem ampliando o acesso da população ao transporte aéreo.”

Será que o projeto vai sair do papel? O que acha da proposta? Participe nos comentários!