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GOL suspende voos para a Venezuela por falta de pagamento

Denis Carvalho
10/02/2016 às 8:58

GOL suspende voos para a Venezuela por falta de pagamento

A GOL suspendeu temporariamente suas operações em Caracas, na Venezuela, devido às dificuldades que têm sofrido na hora de repatriar as divisas. A companhia informou à Imprensa que os voos ficarão suspensos até que a questão da remessa dos recursos no país seja resolvida.

Segundo a GOL, que já tinha reduzido a frequência semanal de seus voos, os clientes afetados pela suspensão estão sendo reacomodados em voos de outras aéreas e recebendo toda a assistência necessária.

A empresa negocia há meses, sem sucesso, com o governo da Venezuela para repatriar recursos bloqueados no país vizinho da ordem de R$ 351 milhões. O problema decorre do complexo sistema de câmbio em vigor no país, onde o governo maneja várias taxas de conversão. As empresas aéreas são obrigadas a vender passagens em bolívar, moeda venezuelana. Parte do dinheiro arrecadado é usado para gastos locais, como salário de funcionários, pagamentos de taxas e de querosene.

O excedente, porém, precisa ser transformado em dólares para ser repatriado ao país de origem das companhias aéreas. Em 2012, as empresas podiam repatriar o dinheiro a uma taxa preferencial de 4,3 bolívares por US$ 1. Em 2013, o índice de conversão passou para 6,3 bolívares/US$ 1, o que significou, na prática, uma desvalorização dos ativos das empresas aéreas no país. A viabilidade comercial das operações ficou ainda mais comprometida em 2015, quando o governo impôs conversão a 12 bolívares/US$ 1.

Em reiteradas reuniões com autoridades venezuelanas, a Gol buscou solução para repatriar o valor acumulado numa taxa mais favorável, mas nem sequer a intermediação da Embaixada do Brasil e o apoio da Associação Internacional do Transporte Aéreo (Iata) foi suficiente.

Segundo a Iata, o governo venezuelano deve cerca de US$ 4 bilhões às companhias aéreas que operam com o país, o que levou outras companhias como Air Canada e Alitalia a encerrar as operações na Venezuela.

Com informações do G1 e Folha de S. Paulo

Dica dos leitores Marcio Correa e Leonardo Perissé Rocha

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