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CEO da Gol reafirma interesse em ampliar frota e cita até 30 aviões para voos regionais

Mateus Tamiozzo
05/11/2025 às 15:07

CEO da Gol reafirma interesse em ampliar frota e cita até 30 aviões para voos regionais

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O CEO da Gol, Celso Ferrer, voltou a afirmar nesta semana que a companhia aérea tem interesse em ampliar a sua frota para além do Boeing 737. Em entrevista à Revista Flap, o executivo disse que vê como “muito promissora a história de a gente complementar a Gol”, e disse que há espaço para “ter de 20 a 30 [aviões] em uma subfrota regional”.

Por “subfrota regional”, o CEO se refere a modelos menores do que o Boeing 737, como o Embraer E2 e o Airbus A220. O Grupo Abra, do qual Gol, Avianca e Wamos Air fazem parte, está ouvindo propostas das duas fabricantes, e Ferrer já afirmou que “[a compra] é uma possibilidade, mas do Grupo Abra, e vai ser feito num momento certo”.

A fala do executivo ocorreu no contexto dos mais de 300 aviões que hoje compõem a frota das companhias aéreas integrantes do Grupo Abra, e que parte dessas aeronaves poderia ser dedicada a voos em mercados menores.

Além disso, Ferrer afirmou que há espaço “tanto embaixo quanto em cima” na frota da Gol em comparação ao Boeing 737. A “embaixo”, o executivo se refere ao E2 e ao A220, que já mencionamos.

Projeção de IA com cores da Gol aplicadas a um Airbus A330

Já a “em cima”, Ferrer se refere a aviões maiores, de corredor duplo, usados principalmente para voos internacionais de longa distância. Em meados de outubro, a Gol anunciou que vai arrendar até sete aeronaves A330-900neo, que reúnem essas características. As entregas estão programadas para 2026.

Os aviões ficarão com o Grupo Abra – do qual a Gol faz parte junto com Avianca e Wamos Air – que decidirá sobre a distribuição desses equipamentos.

Tudo indica, no entanto, que a Gol receberá pelo menos parte dessa frota. Ferrer afirmou, em outubro, que “tem interesse” em ver o A330 voando no Brasil. A companhia já fez pesquisas para entender o apelo que voos para a Europa, que em sua maioria são operados com aviões de corredor duplo como o A330, teriam entre os passageiros.

Fornecedores e oportunidades de mercado levam Gol a buscar novos aviões

Entre os motivos para a Gol buscar novos tipos de avião para a sua frota está a crise da cadeia de fornecimento, que tem prejudicado os prazos para a entrega de aeronaves – na entrevista, Ferrer mencionou a “imprevisibilidade do ponto de vista de custos”.

De forma prática, trata-se de não colocar todos os ovos no mesmo cesto. A Gol, no entanto, não pretende se afastar do Boeing 737, que continua sendo o “coração” de suas operações.

Por outro lado, especialmente no que diz respeito aos aviões “embaixo” do 737, a aposta em modelos como o Embraer E2 e o A220 aparece para explorar mercados menores deixados para trás por empresas – como a Voepass, que foi oficialmente extinta em junho, e a Azul, que está em recuperação judicial desde maio e reduziu suas operações regionais.

Com o suporte do Grupo Abra, que tem uma frota de mais de 300 aviões, a Gol tem mais flexibilidade para a sua frota. “A gente operar um avião hoje é muito mais fácil. […] Vou diversificar risco, vou ter outro tipo de frota, posso explorar diferentes mercados. Se não estiver dando certo aqui, mudo para cá”, afirmou Ferrer.

Embraer E2 ou Airbus A220 na Gol?

Vale lembrar que, em setembro, o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, afirmou que a Gol está na fila para também anunciar a compra de jatos Embraer E2.

A declaração do ministro foi feita na esteira da compra histórica da Latam de até 74 jatos Embraer E2, que chegam à frota da companhia a partir do próximo ano. Assim como o Grupo Abra, a Latam também estava entre o E2 e o Airbus A220 – a fabricante brasileira levou a melhor.

Dinheiro público para aquisição de aviões da Embraer

Interessado em dar mais ênfase à indústria nacional, o governo pode dar um empurrãozinho para que Gol e Grupo Abra abracem a Embraer. Vale lembrar que a União tem uma participação na fabricante brasileira por meio da chamada Golden Share, que permite participar e interferir em decisões sensíveis e estratégicas da empresa.

No fim de outubro, o Comitê Monetário Nacional (CMN), vinculado ao Banco Central, aprovou as regras para uso do dinheiro público destinado ao Fundo Nacional de Aviação Civil (Fnac). Entre elas, a companhia aérea que escolher acessar os recursos para a compra de novos aviões deverá, obrigatoriamente, escolher modelos de fabricação nacional.

Segundo o Ministério de Portos e Aeroportos (MPor), o valor total aprovado para empréstimos é de R$ 4 bilhões por ano, dividido em seis linhas de crédito, e será liberado por meio do Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES).

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