Após levar a Webjet, GOL estaria negociando compra da Passaredo
Após levar a Webjet, GOL estaria negociando compra da Passaredo
O jornal carioca O Globo estampou na edição de ontem uma matéria sobre a intenção da GOL em comprar a empresa regional Passaredo, aumentando seu espaço em Guarulhos e sua malha de destinos. De acordo com o jornal, há cerca de duas semanas o presidente da Gol, Constantino de Oliveira Júnior, sondou a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) sobre a possibilidade de herdar os dez slots (espaço físico e horários de pouso e decolagem) da Passaredo no movimentado aeroporto paulista.
Segundo rumores do mercado, o negócio estaria praticamente fechado, tendo o presidente da GOL adiantado uma quantia de R$ 20 milhões, a título de sinal. O Globo informa ainda que um executivo ligado à Gol confirmou que a companhia tem interesse na Passaredo e pretende fechar a compra assim que concluir o processo de aquisição da Webjet no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).
Nos bastidores da aviação, há tempos este boato tem circulado. Além da matéria do Globo, alguns fatos fizeram com que ganhasse força, como a recente encomenda de turboélices ATR pela Passaredo já pensando em um foco ainda mais regional para alimentar voos da GOL. Além disso, a companhia regional, que há um ano mantém acordo de codeshare com a empresa dos Constantino, solicitou a mudança de todos os seus voos do disputado aeroporto Santos Dumont para o Galeão – o que facilitaria uma futura integração com os voos da GOL.
A Passaredo nega a informação. Já a GOL enviou a seguinte nota ao Melhores Destinos: “A GOL informa que já negou publicamente o interesse em adquirir a empresa Passaredo Linhas Aéreas e, por ser uma empresa de capital aberto, não comenta especulações do mercado”.
A Passaredo voa para 26 cidades em todas as regiões do país. De acordo com dados da Anac, a Passaredo tem apenas 0,68% do mercado, atrás da Trip, com 3,81%.
Resta acompanharmos o desenrolar dos fatos e, se confirmada a intenção da GOL saber se o Cade permitirá que duas empresas aéreas sejam engolidas praticamente ao mesmo tempo, reduzindo ainda mais a concorrência no setor.