GOL deve manter malha aérea essencial pelo menos até maio

A GOL espera manter a malha aérea essencial de voos domésticos pelo menos por mais um mês: até o início de maio. Paulo Kakinoff e Richard Lark, presidente e vice-presidente financeiro da companhia, comentaram nesta terça-feira a situação da empresa e o crítico momento vivido pelo setor aéreo em uma teleconferência para investidores, analistas e jornalistas.

A companhia teve de reduzir a sua oferta diária desde março de 750 para 50 voos, um total de 120 aeronaves fora de operação em razão da pandemia do coronavírus. Apesar da drástica diminuição, ainda estão sendo oferecidos voos diários para todas as capitais e o Distrito Federal a partir do aeroporto de Guarulhos, em São Paulo. “Hoje a malha é adequada à demanda que existe no país. A demanda caiu para cerca de 10% do que era”, disse Kakinoff.

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A GOL anunciou, também, que adotou uma série de medidas a fim de preservar o caixa pelos próximos 90 dias. Entre elas, a redução de 50% da folha de pagamento, bem como período de carência de seis meses e diferimento dos pagamentos de leasing de aeronaves.

Dos seus 16 mil funcionários, 5,4 mil estão em licença não remunerada até junho. Os tripulantes (pilotos, copilotos e comissários de bordo) tiveram salários e a jornada de trabalho reduzidos em 50%. Já com os profissionais que trabalham nos aeroportos, a companhia fez um acordo de redução salarial e proporcional da jornada de trabalho em até 35%.

Segundo Kakinoff, 85% dos compradores de passagem (entre 5 milhões e 6 milhões de bilhetes) preferiram não solicitar reembolso, mantendo o crédito na GOL para viajar futuramente. Os demais vão receber o reembolso em até um ano, segundo novas regras aprovadas pelo governo.