GOL anuncia a compra da companhia aérea regional MAP
GOL anuncia a compra da companhia aérea regional MAP
A GOL anunciou agora há pouco um acordo para a aquisição da MAP Transportes Aéreos, companhia aérea que possui rotas para destinos regionais nas regiões Sul e Sudeste, além de voos no Aeroporto de Congonhas, em São Paulo. O negócio foi fechado por R$28 milhões, a serem pagos em dinheiro e ações após o cumprimento de todas as condições precedentes. A GOL assumirá ainda até R$100 milhões de compromissos financeiros da MAP.
De acordo com a empresa, a operação reflete o “compromisso contínuo com a expansão da demanda brasileira por transporte aéreo” e “uma oportunidade diferenciada para consolidação racional no mercado local, à medida que a economia do país se recupera da Covid-19”.
“Esta aquisição é um passo importante da nossa estratégia de expansão de malha e capacidade, à medida em que buscamos revitalizar a demanda por viagens aéreas de lazer e a negócios. Assim, a companhia está investindo ainda mais no mercado de transporte aéreo regional com destaque para a região Amazônica, apoiando o desenvolvimento econômico local e fortalecendo as nossas operações no Aeroporto de Congonhas”, destacou Paulo Kakinoff, presidente da GOL, em um comunicado aos investidores.
Sobre a MAP
Fundada em 2011, a MAP é a quinta maior empresa aérea brasileira, com uma frota de sete aeronaves ATR com 70 assentos que operam em rotas da região amazônica a partir de Aeroporto de Manaus e nas regiões Sul e Sudeste a partir de Congonhas, o maior aeroporto doméstico do país.
O que a MAP acrescenta à GOL
A efetivação da aquisição reforçará a liderança da GOL em Congonhas, com a adição de 26 voos diários, um acréscimo de cerca de 10% no número de frequências. Isso vai permitir a empresa atender novos destinos partindo da capital paulista, com aeronaves maiores.
A GOL terá aviões regionais?
A GOL afirmou que preserva a estratégia de frota única para atender essas novas rotas de forma sustentável e econômica e que vai substituir os ATRs por jatos que já possui da Boeing. Mas ressaltou que também possui “flexibilidade adicional para avaliar novos tipos de aeronaves ou parcerias que possam atender esses mercados regionais com melhor eficiência de custos.” Destacou ainda que não assumiu qualquer obrigação futura no que se refere à frota atual da MAP.
Conclusão do negócio depende de aprovação das autoridades
A conclusão da Transação está condicionada a determinadas condições precedentes, incluindo aprovações e confirmações pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).
Kakinoff acrescentou: “Acreditamos que a aquisição da MAP seja, nesse momento, a única oportunidade viável de consolidação racional no mercado de aviação brasileiro. Daqui para frente, continuaremos focados na estratégia de crescimento orgânico, estimulando a demanda para expansão de nossa malha.”
E a VoePass?
Vale lembrar que, em agosto de 2019, a Passaredo comprou o controle acionário da MAP. Meses depois o grupo passou a se chamar VoePass. Combinadas, as empresas detinham 26 voos diários em Congonhas, justamente a quantidade que a GOL anunciou ter adquirido agora. Apesar da GOL ter ficado com todos os slots das empresas em Congonhas, o bem mais valioso, isso não significa que a VoePass deixará de existir, já que a marca e as aeronaves que eram oriundas da Passaredo não foram incluídas no negócio.
Em um comunicado aos seus colaboradores, a VoePass comemorou o negócio, afirmando que ele será decisivo para reduzir o endividamento da empresa, além de permitir o aumento da operação dos contratos de compra de capacidade.
De acordo com a VoePass, as operações aéreas realizadas no Norte serão integralmente mantidas pela empresa.
Será que veremos novas consolidações no setor?