Duas companhias de baixo custo anunciam fusão para criar a 5ª maior empresa aérea dos EUA


Duas companhias de baixo custo anunciam fusão para criar a 5ª maior empresa aérea dos EUA
A Spirit e a Frontier, duas das maiores companhias aéreas de ultra baixo custo (ultra low cost) dos Estados Unidos, anunciaram ontem uma fusão, surpreendendo o mercado. Juntas elas vão se tornar a quinta maior companhia aérea do país em participação de mercado, depois da American, Delta, Southwest e United.
As empresas, conhecidas por cobrarem por qualquer serviço adicional do passageiro (incluindo o check in presencial e a bagagem de mão), prometeram desafiar as rivais maiores fazendo uma “revolução” no setor, com tarifas muito agressivas e maior eficiência. A expectativa é que a fusão gere uma economia de cerca de US$ 1 bilhão por ano.
Pelo acordo, a Frontier Airlines terá a maior fatia do grupo, com 51,5%, ficando os 48,5% restantes para a Spirit. Juntas, as empresas possuem mais de 1.000 voos diários para 145 destinos, em 19 países, incluindo a América Latina e o Caribe.
Combinadas, as duas companhias aéreas possuem 283 aeronaves, todas da Airbus. Mas devem chegar a 493 aviões até 2026, já que possuem muitas encomendas. A expectativa, inclusive, é criar 10 mil novos postos de trabalho nos próximos quatro anos.
Atualmente, a Spirit transporta cerca de 5,3% do total de passageiros dentro dos Estados Unidos, enquanto a Frontier 3,4%. Juntas, elas detêm 8,7% desse competitivo mercado, ultrapassando a JetBlue e a Alaska, ambas com 5,3%. Mas ficam atrás da United, que possui 12,7% de participação no mercado.
Participação no mercado doméstico dos EUA (até outubro de 2021)

Fonte: The New York Times com dados do “Bureau of Transportation Statistics”
Ao combinar recursos e coordenar seus horários, principalmente em cidades onde as malhas aéreas se sobrepõem, o grupo defende que conseguirá operar de forma mais eficiente.
Representação das malhas aéreas combinadas da Spirit e da Frontier

Fonte: divulgação / Spirit e Frontier
O negócio, que deverá ser concluído no segundo semestre deste ano, está avaliado em US$ 6,6 bilhões, pouco mais de R$ 35 bilhões. Naturalmente, vai demandar a aprovação das autoridades norte-americanas, que podem determinar que o novo grupo abandone algumas rotas ou mercados.
Vale lembrar que a principal acionista da Frontier é a Indigo Partners, também dona chilena JetSmart.
Com informações das companhias aéreas e do The New York Times