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Presidente da Latam sobre a fusão de Azul e Gol: “Eu nunca me coloquei contra”

Thayana Alvarenga
14/03/2025 às 16:47

Presidente da Latam sobre a fusão de Azul e Gol: “Eu nunca me coloquei contra”

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A possível fusão entre a Azul e a Gol continua dando o que falar. Pela primeira vez, os executivos das três maiores companhias aéreas brasileiras Abhi Shah (Azul), Celso Ferrer (Gol) e Jerome Cadier (Latam) se reuniram para discutir temas como economia e aviação no Fórum Panrotas, em São Paulo.

“Era melhor você (Abhi Shah) e Celso Ferrer terem sentado juntos neste sofá e eu ficava na poltrona”, disse em tom descontraído o presidente da Latam durante o evento. O palco contava com um sofá e duas poltronas, sendo que o mediador William Waack sentou na poltrona da esquerda, Abhi Shah na poltrona da direita, e Jerome Cadier e Celso Ferrer dividiram o sofá central. (foto abaixo)

Jerome fez essa brincadeira se referindo à possível parceria entre a Gol e a Azul, que pode mudar o cenário da aviação brasileira, e um dos assuntos mais aguardados do debate.

Fusão entre a Gol e a Azul

O presidente da Latam reforçou que não é contra a fusão entre as concorrentes. Ele defende que são ordens de magnitude de concentração de mercado diferentes, sendo necessárias medidas para evitar efeitos negativos no setor.

“Eu nunca me coloquei contra, só acho que temos que tomar muito cuidado. É muito diferente a fusão de Gol e Azul da fusão de Lan e Tam ou Webjet e Gol, por exemplo. São ordens de magnitude de concentração de mercado muito diferentes. O que sou contra é aprovar a fusão sem medidas de mitigação, deixar que as companhias tenham 88% de concentração em alguns aeroportos. Qual o incentivo da Latam de competir? Baixíssimo!”, disse Cadier.

Diretores das companhias aéreas brasileiras falaram juntos sobre a fusão pela primeira vez 

O CEO ainda complementou dizendo que é necessário equilíbrio para que a disputa seja justa entre as companhias aéreas.

“Em um mercado que a concentração chega a 90%, não há uma disputa real. É preciso equilíbrio para haver concorrência. Ninguém assiste a uma luta de boxe onde se enfrentam um peso pena e um peso pesado, porque todo mundo já sabe quem vai ganhar. Uma luta de boxe só é interessante quando existe equilíbrio entre os lutadores”.

A Gol, por sua vez, está otimista com a possibilidade da fusão entre as empresas.

“A visão que temos é que, se a fusão acontecer, nos tornaremos uma companhia aérea muito mais forte, com mais estabilidade num ambiente que é difícil de operar. Ainda tem muitas etapas, é algo que vai demorar um tempo. Se passarmos em todas, vamos entender que a fusão será melhor para a sociedade como um todo e também para nossos acionistas. Eu digo isso porque hoje, no setor aéreo, a gente compete contra nosso próprio assento vazio” disse Celso Ferrer, CEO da Gol.

A Azul também acredita que a fusão será benéfica para a aviação, considerando principalmente a criação de rotas que hoje não existem.

“Com uma malha conjunta com a Gol, podemos crescer muito mais. Acreditamos que cidades como Goiânia e Campo Grande podem ter voos diretos para os Estados Unidos. E com uma malha unificada, isso pode acontecer. Um exemplo é a fusão de Azul e Trip, em 2012. Isto fez com que hoje, 13 anos depois, Confins e Recife tenham recorde de voos”, ressaltou Abhi Shah, presidente da Azul.

Sobre a fusão entre as companhias

Em janeiro de 2025, a companhia aérea Azul e a Abras, dona da Gol, assinaram um memorando para iniciar negociações para uma fusão. Caso a união se concretize, a nova empresa concentrará 60% do mercado aéreo no país.

O memorando divulgado ao mercado financeiro aponta que a fusão depende do fim da recuperação judicial da Gol nos Estados Unidos, previsto para abril.

As marcas Gol e Azul continuarão a existir de forma independente, mas as duas aéreas poderão compartilhar aviões, com uma fazendo voos da outra, de modo a aumentar a ligação entre grandes cidades e destinos regionais.

Bom, por enquanto nos resta aguardar. O fato é que, se aprovada, a fusão pode reinventar a aviação no Brasil, criando uma companhia aérea poderosa para competir globalmente. No entanto, o impacto para os passageiros ainda é incerto. Vamos ver o que vem por aí e o que o CADE vai decidir!

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