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27 erros em caminhadas que você não quer cometer

Sandro Kurovski
01/11/2020 às 6:40

27 erros em caminhadas que você não quer cometer

Ah, ao ar livre! Tão animador, tão reconfortante, tão… simples? Nem sempre, principalmente se você não estiver preparado para a sua aventura. Pegar uma trilha na montanha ou sair em uma caminhada longa para explorar um destino novo pode ser muito prazeroso, mas esses caminhos estão cheios de possíveis armadilhas e perigos de todos os níveis, desde passar frio por não levar um casaco adequado, ficar sem água ou completamente perdido porque acabou a bateria do smartphone.

Inspirados pelo site Love Exproring listamos aqui alguns erros comuns que devem ser evitados para que sua caminhada seja tranquila e agradável ao invés de um pesadelo. Sou adepto das caminhadas longas há alguns anos e confesso que já cometi alguns deles quando era menos experiente 😅.

 

1 – Não se preparar fisicamente

Parece óbvio, mas muita gente sai para caminhar sem levar em conta sua condição física. Estar preparado fisicamente é importante pra entender até onde é possível ir sem passar aperto. Você pode pensar: “Ah, são só 10 km, é tranquilo”, mas podem ser 10 km de montanha com terreno acidentado ou escorregadio. Não importa se é uma trilha de 3 dias ou um trajeto curto de acesso a um ponto turístico. Respeite sempre seus limites, você não vai querer que o grupo todo precise voltar porque você não aguenta mais andar, não é mesmo?

2 – Usar o calçado errado

Não existe um único tipo de calçado de caminhada. Sapatilhas com dedos separados podem ser ótimas para se agarrar se a trilha for íngreme (e você curtir esse estilo diferentão, claro), mas eles também podem ser garantia de dedos doloridos se alguma parte do percurso for irregular ou tiver muitas pedras soltas e afiadas. As botas de caminhada são perfeitas para trilhas em diversos tipos de terreno, mas uma sandália do tipo papete ou um tênis aquático são mais adequados se você tiver que atravessar riachos ou percorrer uma área com solo encharcado.

3 – Sair com um calçado novo

Então você encontrou aquela bota de caminhada dos seus sonhos (ou tênis) e mal pode esperar para sair com ela em uma nova aventura. Mas calma! Poucas coisas conseguem acabar com uma caminhada agradável quanto um calçado novo que aperta, esfrega e provoca bolhas terríveis. E o pior é que quando você perceber esse erro, muito provavelmente, já vai ter uma longa e dolorosa jornada de volta ao início da sua trilha. O mais recomendado é passar algumas semanas amaciando as botas, usando elas no dia a dia, antes de usá-las em seu próximo passeio na natureza.

4 – Esquecer o kit de primeiros socorros

Sou a favor do lema: prepare-se para o pior e espere que não aconteça. Um mini kit de primeiros socorros com itens essenciais como ataduras, pomadas e um cobertor de alumínio pode ser um salva-vidas, ou pelo menos uma forma de amenizar a dor, tanto para você quanto para alguém que precise de uma ajudinha na trilha. Pode ter certeza que você não vai se arrepender de ter um na mochila. No meu kit não pode faltar agulha de sutura e linha para drenar eventuais bolhas que possam surgir.

5 – Subestimar sua sede

Este é um item essencial com o qual você não deve deixar de se preocupar. Se for um dia quente não vai ter água suficiente no mundo para saciar sua sede em uma caminhada longa, especialmente se o trajeto tiver muitas subidas. E mesmo que o dia esteja nublado ou frio, você ainda vai precisar se hidratar. Pegue a maior garrafa puder carregar e dê preferência a materiais como aço inoxidável para manter a água fresca por mais tempo. Mochilas com reservatório também podem ser uma boa alternativa.

6 – Não levar um filtro de água

Se você é do tipo que não gosta de carregar uma garrafa de água muito grande na mochila (como eu), invista em um filtro de água ou leve alguns comprimidos de purificação. Se você for caminhar perto de um córrego, lago ou rio, pode reabastecer sua garrafa de forma segura. Pode ser bastante perigoso beber direto de uma fonte, mesmo que a água pareça límpida e esteja no alto de uma montanha. Já fiquei sem água numa trilha difícil e não tinha nada disso comigo, então me vi obrigado a beber água de um laguinho cheio de girinos (eca!). Foi muita sorte não ter ficado doente depois rs.

7 – Economizar nos lanches

Barras de cereal sabor banana com chocolate podem parecer muito apetitosas quando você está se preparando para partir. Mas elas vão parecer bem sem graça quando você ver colegas de trilha com latas de sopa, sanduíches caprichados e panelas cheias de macarrão instantâneo. Você pode pedir para eles compartilhem um pouco com você, mas pode pegar mal. Em vez disso, leve um pouco mais de comida do que acha que vai precisar. Assim você não vai passar fome, mesmo que decida esticar sua caminhada. Lembro de uma vez que administrei mal os petiscos e fiquei com tanta fome que estava disposto a brigar por uma panela de miojo.

8 – Carregar peso desnecessário

Quando se trata de longas jornadas cada grama extra na mochila conta. Por isso é bem importante levar apenas o essencial. O ideal é que o peso de toda a carga não ultrapasse 10% do seu peso corporal. Claro que se sua caminhada incluir acampamento será inevitável extrapolar isso com barraca e outros equipamentos. Nesse caso vale treinar antes e avaliar se você estará apto a caminhar com todo esse peso nas costas. Carregar uma mochila pesada por uma ou duas horas pode não ser um problema, mas após várias horas o peso parece se multiplicar por 100.

9 – Não considerar um tempo para descanso

Os lanches são importantes para renovar as energias, mas às vezes também são uma desculpa perfeita para uma pausa durante sua caminhada. Você não precisa fazer um piquenique completo (a menos que queira). Quando você dá de cara com o riacho perfeito, a praia, gramado, mirante ou apenas uma grande rocha convidativa para sentar, tomar um gole de café e comer um chocolate (ou fruta) vai fazer que o lugar pareça ainda mais deslumbrante.

10 – Vestir roupas de algodão

O algodão é conhecido por ser um tecido respirável, mas seu uso não é muito recomendado quando se trata de uma caminhada longa. O suor fica retido no tecido deixando uma camada molhada que pode causar um resfriado – ou mesmo hipotermia – quando está frio. Procure roupas próprias para caminhada, que transfiram o suor para o exterior e longe da pele.

11 – Partir sem levar roupas adequadas

Não importa se está frio ou um calorão quando você sai de casa, o clima sempre pode mudar durante a caminhada, especialmente se houver mudanças de altitude. A temperatura no estacionamento não vai ser a mesma do pico da montanha e você não vai ficar muito feliz se só tiver levado uma jaqueta corta-vento ou uma blusa fina sem nada por baixo. Pense em camadas finas que possam ser sobrepostas ou retiradas à medida que o clima muda – e enquanto seu corpo se aquece com o exercício.

12 – Esquecer da capa de chuva

É fácil olhar para fora e inspirado pelo céu azul sem nuvens, sair com apenas uma camiseta e shorts. Mas mesmo os dias mais perfeitos podem se transformar rapidamente com uma rajada de vento e uma nuvem escura. Ficar preso na chuva torrencial a quilômetros de um abrigo não é nada divertido, acredite! Como precaução leve sempre uma capa de chuva (ou uma jaqueta impermeável com capuz) que amasse bem e ocupe pouco espaço na mochila. Mesmo se não chover ela ainda pode ser útil para forrar o chão na hora de sentar.

13 – Não levar um apito

Provavelmente sua caminhada vai ser bem tranquila. Você não vai ficar preso em um buraco, nem ser picado por uma cobra (ou atacado por uma quadrilha de cabras famintas como já aconteceu comigo). Você provavelmente não vai precisar pedir socorro, mas isso não é motivo para não levar um apito. Ele pode ser muito útil caso você precise pedir ajuda, seja porque caiu e torceu o tornozelo ou até mesmo para afugentar uma possível ameaça. Ele realmente pode salvar sua vida – nada mal para algo que ocupa tão pouco espaço e não pesa quase nada não é mesmo?

14 – Não ter um mapa

Eu sei, a maioria dos smartphones possui mapas e GPS atualmente. Mas isso não vai adiantar nada se você ficar sem bateria ou estiver caminhando em uma área com pouco ou nenhum sinal, (o que são cenários muito prováveis). De qualquer maneira, o Google Maps e outros apps com mapas de satélite costumam ser pouco utilizados em áreas selvagens – tudo o que você provavelmente vai ver é um mar de verde com alguns rabiscos. Vale usar a velha tática e levar um mapa em papel que marque claramente as trilhas, além de pontos de ajuda, banheiros e centros de visitantes.

15 – Deixar de baixar aplicativos úteis

Embora seja altamente recomendável levar um mapa físico, em vez de confiar apenas no seu telefone, como dissemos, os aplicativos também são muito úteis – tanto para planejar sua rota quanto para referência enquanto você estiver lá fora. O AllTrails é útil para obter informações sobre rotas específicas, (embora não esteja disponível em Português ele é bastante intuitivo e tem várias trilhas no Brasil) enquanto o Topo GPS permite fazer download de mapas detalhados (que você pode imprimir como backup). Outro app bem interessante é o Wikiloc, que tem mapas off-line. Nele você pode encontrar várias trilhas já gravadas por outros membros, e pode gravar as suas trilhas para compartilhar. Verifique se também existem aplicativos específicos para a trilha (ou parque) que você vai visitar. Se tem algum outro app que você não dispensa nas suas caminhadas deixe sua dica nos comentários.

16 – Negligenciar o conhecimento local

Isso é importante, não apenas para descobrir onde estão os melhores pontos de observação e onde as cobras podem estar escondidas (e como evitá-las). Aprimorar o conhecimento local, verificando sites, vasculhando as mídias sociais e conversando com pessoas que conhecem a área, ajudará a garantir que você não negligencie nenhuma regra ou regulamento específico ou se desvie para algum lugar que não deveria.

17 – Não ser cauteloso com a vida selvagem

Descobrir que tipo de animais selvagens você pode encontrar em sua jornada está entre as tarefas que você deve cumprir antes de sair. Observe todos os sinais de alerta sobre animais potencialmente perigosos, de javalis à cobras, e esteja ciente sobre as plantas tóxicas ou venenosas da região. Muitas vezes, haverá informações ao longo da trilha, embora seguir caminhos claramente marcados minimize bastante o risco de qualquer encontro assustador. Nas minhas andanças nunca tive problemas com animais selvagens (só cães e cabras mesmo), mas em compensação já tive problemas sérios com uma espécie de urtiga que ainda não conhecia.

18 – Não verificar as licenças necessárias

Você pode precisar de uma permissão para visitar alguns lugares, incluindo parques nacionais dos EUA e certos pontos protegidos no Brasil. Em alguns casos, é necessário adquirir uma licença com antecedência e pode haver um número limitado liberado por dia, principalmente se você planeja caminhar por alguma trilha famosa por aí. Verifique com antecedência para evitar decepções (e confusão).

19 – Esquecer sua carteira

Você pode não precisar de dinheiro na sua caminhada, mas faz sentido levar um pouco de dinheiro (ou cartão de crédito) por precaução. Você pode descobrir que há uma pequena taxa para usar a trilha ou entrar no parque, por exemplo, ou perceber que não trouxe um mapa e precisa comprar no centro de visitantes. Não esqueça que você também pode tropeçar em uma barraquinha de caldo-de-cana ou água de coco bem geladinha ao longo da trilha.

20 – Desviar do caminho

É senso comum, sim, mas pode ser muito tentador percorrer um caminho não marcado ou passear pela floresta só para ver o que tem por lá. Mas o que pode haver (dependendo de onde você está andando) é um urso ou outro animal perigoso. Ou uma encosta íngreme pela qual você pode despencar. Ou um buraco no chão… (a lista de possibilidade é grande!). Além disso é uma maneira infalível de se perder – e possivelmente ter problemas com um guarda florestal, fazendeiro, ou agente de conservação.

21 – Ir sozinho

Dar um passeio sozinho é um dos pequenos prazeres da vida, embora nem sempre seja uma boa ideia se você estiver percorrendo uma trilha remota, pouco movimentada ou com vida selvagem. Considere levar um amigo para a caminhar com você ou caminhar com um grupo. O suporte pode ser essencial se você acabar perdido ou precisar de socorro.

22 – Não contar para ninguém para onde você está indo

Se você for caminhar sozinho, informe ao menos uma pessoa de confiança para onde está indo e quando espera voltar da trilha. Dessa forma, eles podem disparar o alarme e alertar qualquer organização local de busca e resgate se você não retornar dentro e um período de tempo razoável. Esperamos que você consiga voltar sem se machucar, mas vale a pena tomar essa precaução extra.

23 – Esquecer sua câmera

Se você se deparar com um belo pássaro, uma capivara tomando banho de sol ou uma cachoeira maravilhosa, vai se arrepender de não ter levado sua câmera. Você pode usar seu telefone, é claro, mas algumas cenas merecem uma lente de zoom e uma foto nítida. Inclua uma câmera compacta com um bom zoom na sua bagagem. Não é o fim do mundo se uma cena ou encontro incrível for registrado apenas na memória, é claro, mas é bom ter algumas recordações duradouras. não deixe de conferir nossas dicas de como fotografar melhor suas viagens.

24 – Planejar seu tempo de forma errada

Admirar o pôr-do-sol do alto da montanha é incrível, mas como você vai descer aquela trilha no escuro? E se não der tempo de voltar antes do parque fechar? Planeje com atenção para determinar quanto tempo a sua caminhada pode levar, seja uma rota de ida e volta ou circular, e adicione pelo menos uma hora para garantir que não haja risco de ficar preso ou perdido.

25 – Não levar uma lanterna

Se você estiver caminhando para ver o pôr do sol em algum lugar, leve sempre uma lanterna. Não vale a do smartphone! Ela até pode ser suficientemente, é verdade, mas ficar na dependência da bateria e ainda ter que segurar o telefone enquanto anda por caminhos íngremes e estreitos ao entardecer não é a melhor das ideias. O mesmo vale para as lanternas de mão. Leve uma lanterna própria para caminhada (daquelas com uma faixa elástica para contornar a testa) e você poderá dar os seus passos sem tropeçar, além de manter as mãos livres para se se apoiar quando necessário.

26 – Confiar cegamente em alguém

Muita gente não se prepara, não pesquisa o roteiro, não baixa o mapa por confiar cegamente no guia ou no amigo mais experiente e isso é um grande erro! Ainda que haja sempre um líder, ele pode se machucar, errar o caminho e precisar da ajuda de alguém que também esteja minimamente preparado. Minha colega Monique Renne, que também adora fazer trilhas, já passou por esse perrengue e não deseja essa experiência para ninguém.

27 – Deixar lixo para trás

Deixar para trás os restos de um piquenique é um dos piores erros da caminhada. Isso inclui lixo “biodegradável”, como caroço de maçã e cascas de banana. Use uma sacola ou recipiente em que você possa colocar o lixo e carregue na mochila até encontrar uma lixeira.

Já cometeu algum desses erros nas suas jornadas a pé por esse mundão? Tem alguma outra dica para evitar surpresas negativas durante a trila? Conta pra gente nos comentários.

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