Presidente da GOL acredita que pior fase da pandemia acabará em até três semanas
Presidente da GOL acredita que pior fase da pandemia acabará em até três semanas
O presidente da GOL, Paulo Kakinoff, acredita que a primeira e pior fase da crise no setor aéreo, provocada pela pandemia da covid-19 e o dólar disparado, deve passar em duas ou três semanas. Segundo o executivo, no segundo momento, com a flexibilização do isolamento social, as companhias aéreas devem sentir a demanda crescer no mercado doméstico.
Em entrevista ao Estadão, Kakinoff dividiu a crise em três fases. A primeira, na qual estamos, teve início após o carnaval e tem a demanda por voos limitada a pessoas que precisam viajar, como profissionais de saúde. Com a chegada da segunda fase mais pessoas devem voltar a viajar a lazer ou trabalho. A terceira, já no ano que vem, deve marcar a retomada do setor.
“A segunda fase começa com as medidas de relaxamento da quarentena. A gente estima que, nas próximas duas ou três semanas, inicie esse ciclo e que ele vá até o dia em que a sociedade diga que o problema está sob controle. Nessa fase, a demanda deve ser crescente. Estamos falando do mercado doméstico, porque o cenário internacional é pior”, disse Kakinoff.
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Caso a expectativa se confirme, a GOL espera chegar ao fim deste ano com demanda entre 65% e 80% do cenário anterior à pandemia da covid-19. Desde o início da crise, a receita da companhia aérea caiu em 90%. O jeito foi reduzir a jornada dos funcionários e criar um programa de licença não remunerada, ao qual quase 40% dos empregados aderiram.
“Projetamos chegar ao fim do ano com uma demanda entre 65% e 80% do normal, mas tem uma margem de erro importante. A terceira fase tem uma tendência de recuperação relativamente rápida da demanda. Mas aí já estamos falando em 2021”, disse.
Na entrevista, Kakinoff ainda falou sobre os fatores que podem levar ao aumento do preço das passagens aéreas na retomada dos voos, o socorro do BNDES às empresas aéreas brasileiras e como estará o setor aéreo brasileiro após a pandemia. Veja a entrevista completa no Estadão.