Presidente da Latam critica despacho gratuito de bagagem e diz que venda de milhas é um “câncer”
Presidente da Latam critica despacho gratuito de bagagem e diz que venda de milhas é um “câncer”
Jerome Cadier, presidente da Latam Brasil, participou esta semana do Fórum Panrotas, um evento destinado a agentes de viagem, onde falou sobre a empresa e abordou dois assuntos bem polêmicos: o despacho gratuito de bagagem e o comércio paralelo de milhas. Sem papas na língua, o executivo disse repudiar a franquia grátis de malas, cujo projeto de retorno foi vetado recentemente pelo Presidente Bolsonaro e que a venda de milhas é um “câncer” na aviação.
O CEO acredita que ainda existe o risco do veto ao despacho gratuito de bagagem ser derrubado no Congresso e diz que o retorno da franquia grátis seria um passo para trás no Brasil com impacto negativo incalculável.
“O que vimos é quase uma revanche contra o setor pelo aumento das passagens. Eles não entendem como isso prejudica o Brasil, prejudica a atratividade para novas empresas e demonstra volatilidade das regras. Torço para que exista uma voz mais inteligente nessa discussão. A aviação vai crescer de forma muito mais devagar por causa dessa medida.”, ressaltou o executivo.
Sobre o mercado paralelo de milhas, Jerome disse que o Brasil é o único país no mundo onde tal mercado existe e que a prática desvirtua os programas de fidelidade e atrasa a aviação no Brasil.
“Na minha opinião, estamos na direção errada, desvirtuamos um programa de fidelidade, transformando isso em uma indústria. Precisamos que o Brasil se alinhe com práticas internacionais. A Latam tem trabalhado no caminho de eliminar esse mercado de milhas, que é um câncer. Até este ano, deixamos esse câncer adormecido, mas precisamos eliminá-lo!”, enfatizou.
Atualmente o programa Latam Pass permite resgatar passagens com pontos para até 25 beneficiários por ano. Os clientes que emitirem passagens para mais pessoas terão a conta suspensa por seis meses. E, em caso de reincidência, poderão ter a conta cancelada.
E você, o que achou das afirmações do executivo? Será que o limite de resgates vai ficar mais restrito? Comente e participe!