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Não aceitam mais dinheiro em espécie na Europa? Como foi minha experiência e que opções usei na viagem

Leonardo Cassol
23/06/2022 às 9:54

Não aceitam mais dinheiro em espécie na Europa? Como foi minha experiência e que opções usei na viagem

Eu acabei de voltar da Europa, numa viagem que fiz para Londres e algumas cidades na Suíça, e me deparei com uma situação inusitada: muitos lugares simplesmente não aceitam mais pagamento com dinheiro em espécie! Me deparei com isso em muitos lugares e tem se tornado comum na Europa, tanto que o Estadão publicou uma matéria com o tema “Turistas relatam dificuldade para usar dinheiro em papel-moeda”, que retrata exatamente o que aconteceu comigo.

Eu fiz o pré-pagamento dos hotéis ainda no Brasil. E levei a maior parte do dinheiro que ia usar em alimentação, ingressos e transporte carregado nos cartões das contas digitais gratuitas da Nomad e da Wise. Mas, por precaução, comprei 200 libras e 500 francos suíços em papel moeda nas casas de câmbio ainda no Brasil, apenas para eventualidades.

O resultado foi que só consegui gastar boa parte dessas notas no Duty Free (free shop), ao retornar para o Brasil. O motivo? Muitos dos lugares e atrações que eu visitei não aceitavam pagamento em espécie. Ou, quando aceitavam, não tinham troco, já que cada vez menos pessoas estão utilizando dinheiro vivo atualmente nas grandes cidades.

Só para dar alguns exemplos do que eu vivi: fui comprar um ingresso para a roda gigante London Eye e a bilheteria com atendimento humano estava fechada. Nem o totem estava operando. Só havia um QRcode direcionando para o site, o que me obrigava a pagar com o cartão de crédito ou numa de minhas contas digitais.

No hotel, precisei pagar as taxas municipais. Tentei usar dinheiro, mas eles não tinham troco… Uma lanchonete e dois restaurantes que eu visitei não aceitavam mais dinheiro (todos tinham avisos, mas eu só fui reparar depois de fazer o pedido e tentar utilizar papel moeda). Por fim, no supermercado, em alguns horários só haviam caixas de autoatendimento, sem a opção de utilizar notas…

Para vocês terem uma ideia, em Londres, até os camelôs, como a barraquinha de sorvete e o cara do amendoim torrado, esnobaram as minhas notinhas. No metrô, muitas estações só possuem guichês eletrônicos que aceitam determinadas notas (não as mais altas). Só a banca de jornal que vendia souvenir aceitou meu dinheiro sem reclamar, mas ainda assim, pedindo notas trocadas…

Dinheiro em outras partes da Europa

Antes de escrever esse post eu conversei com dois colegas do Melhores Destinos que também chegaram recentemente de viagens internacionais. A Monique Renne, que passou 15 dias em Paris para atualizar o nosso guia, disse que levou apenas 300 euros na viagem e voltou para casa com 295… Quase tudo foi pago por cartão.

Por outro lado, o Sandro Kurovski, que viajou pelo interior de Portugal e o caminho de Santiago de Compostela, disse que em vários lugares viveu a situação oposta: os estabelecimentos não aceitavam cartão… O Rafael Castilho, que mora em Portugal, confirmou que em cidades pequenas o dinheiro é bem aceito e, em alguns casos, a única forma de pagamento ainda.

Ou seja, não é uma regra e nem podemos generalizar. Isso pode variar de país para país. Por exemplo, na Argentina não é uma boa ideia contar apenas com o pagamento em cartão. Muitos estabelecimentos não aceitam e você ainda acaba pagando caro na conversão oficial que é bem mais cara que a paralela. Fora que é sempre bom levar um pouco de dinheiro em espécie na viagem.

No entanto, me parece que a tendência de pagamentos por aproximação ou meios digitais veio pra ficar, não só aqui no Brasil, mas no mundo. E esse cenário será cada vez mais dominante daqui para frente. Aqui no Brasil e em alguns países a lei ainda pode obrigar a aceitação de papel moeda, mas essa não é uma realidade em algumas grandes cidades do exterior.

Usar o cartão de crédito no exterior custa mais caro

Se o dinheiro não está sendo bem aceito em grandes cidades, que opções usar? A primeira em que pensamos é o cartão de crédito. Simples, fácil e ainda pode acumular milhas ou cashback. A questão é que usar o cartão no exterior custa mais caro. Primeiro, porque a tributação é maior. Enquanto a compra de papel moeda ou a transferência para uma conta digital gratuita pagam 1,1% de IOF, usar o cartão de crédito paga 6,38% do mesmo imposto.

Além disso, a conta no cartão quase sempre fica mais cara. Os bancos cobram um spread adicional na cotação do dólar que pode ficar até 7% acima da cotação oficial do Banco Central. Ou seja, essa combinação pode gerar um gasto até 13% maior do que outras alternativas.

Contas digitais internacionais gratuitas

Já faz algum tempo que eu estou utilizando duas contas digitais internacionais gratuitas em minhas viagens: a Nomad e a Wise. E eu estou extremamente satisfeito! Primeiro, porque consigo aproveitar períodos de baixa das moedas estrangeiras para carregar os cartões pela internet, sem sair de casa. Eu comprei dólar a R$ 4,74 e euro por pouco mais de R$ 5 este ano… e na hora da viagem, quando a cotação subiu bem acima disso, eu estava tranquilo e relaxado com o dinheiro protegido.

Além disso, algumas promoções me ajudaram a gastar menos na conversão do real para as moedas estrangeiras, como cashback e taxa de transferência zerada. No exterior você pode utilizar tanto os cartões de débito físicos (ambos possuem pagamento por aproximação ou por chip), ou o cartão digital (com pagamento por aproximação via celular), e acompanhar a movimentação da conta pelo aplicativo. Tudo muito fácil e seguro.

A conta Nomad é em dólar, mas você pode utilizar o cartão em mais de 50 países. Eu, por exemplo, utilizei na Europa e consegui uma conversão bem vantajosa. Já a Wise permite que você tenha saldo em diversas outras moedas, como euro, franco suíço ou libras, por exemplo. Ambas as contas permitem fazer saques no exterior, caso você precise de dinheiro em espécie.

Promoção com 10 dólares grátis ao abrir a conta digital Nomad

Se você planeja fazer uma viagem internacional em 2022 ou no próximo ano e não tem uma conta digital, aproveite esse incentivo. Ganhe US$ 10 grátis (mais de R$ 50) ao abrir a conta gratuita na Nomad utilizado o código promocional MELHORESDESTINOS. Além de conseguir um câmbio bem mais vantajoso, você turbina seu saldo com o cashback.

Baixe o app Nomad clicando aqui e utilize o cupom MELHORESDESTINOS no código de convidado (não pule essa etapa!). Depois insira os seus dados pessoais e envie a foto do seu passaporte, RG ou CNH. Pronto, você receberá US$ 10 bônus após enviar a primeira remessa em até 15 dias após a abertura da conta, que pode ser utilizada em mais de 50 países.

A Nomad não cobra taxa de abertura ou manutenção de conta e o processo de abertura é todo digital. Portanto, para quem compra ou viaja com alguma frequência para o exterior e utiliza moeda estrangeira no dia a dia, é uma excelente chance de economizar e ganhar uma grana de presente.

Já a Wise não cobra taxa de utilização para saldos de até 3.000 euros. O processo de abertura da conta também é simples e 100% digital.

Há ainda a conta internacional do C6 Bank, bem como a Avenue e outras contas digitais que podem ser utilizadas pelos viajantes.

Lembrando que é impossível prever a cotação futura do dólar, mas em ano de eleição e com o debate político e econômico mais acirrado, é comum que as moedas estrangeiras oscilem bastante frente ao real. Então, se você não quer ser negativamente surpreendido no meio de sua viagem, a recomendação dos especialistas é ir comprando aos poucos.


E você, viajou recentemente? Teve dificuldade para usar dinheiro vivo? Já utiliza contas digitais? Comente e participe!

Veja também: Qual é a melhor maneira de levar dinheiro nas viagens internacionais em 2022?

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