Cunha e seus encantos! Muita história, natureza e boa gastronomia no interior paulista


Cunha e seus encantos! Muita história, natureza e boa gastronomia no interior paulista
Antiga passagem dos tropeiros no Brasil Colônia, Cunha ganhou fama mesmo nas últimas décadas por ser a terra dos ceramistas e por seus campos de lavanda, mas a cidade paulista hoje merece destaque (e a sua visita) por muitos outros motivos.
Cercada pelas serras do Mar, da Bocaina e do Quebra-Gandalha, Cunha já nasceu com um presente e tanto, sendo abençoada pela natureza. Por onde você olha, avista picos e montanhas imponentes, que ora são iluminados pelo raio de sol, ora se escondem atrás de névoas, dependendo da época do ano. Mas que nunca perdem seu encanto.
Trilhas e cachoeiras dão o tom dos passeios dos mais aventureiros, mas há muito mais o que fazer em Cunha. A cidade conta com festivais o ano todo (o da cerâmica e do pinhão são alguns dos mais famosos), mas tem também uma ótima gastronomia, pousadas charmosas e muitos atrativos imperdíveis.
Séculos depois da passagem dos tropeiros, Cunha continua sendo uma cidade de passagem, mas agora para quem vai a Paraty. O famoso Caminho Velho da Estrada Real passa exatamente por Cunha até chegar à cidade fluminense. Na estrada estão os principais atrativos de Cunha, que acabam sendo ponto de parada (principalmente os restaurantes) de quem tem Paraty como destino.
Mas, se você quer uma dica de ouro (pegando o gancho da estrada real), não faça de Cunha apenas uma passagem. Reserve alguns dias para curtir a cidade, e os motivos principais vou começar a te mostrar agora.
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Cunha
Localizada no Vale do Paraíba, Cunha tem sua história completamente ligada à história do Brasil, já que ficava na passagem da Estrada Real, que ligava Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro, e foi o primeiro caminho oficializado pela Coroa Portuguesa.
O comércio de ouro, mercadorias e até escravos era feito por esse caminho. Devido à sua localização, Cunha se transformou em um ponto de parada e também de fiscalização e controle — e onde saqueadores e bandidos também agiam.
A Estrada Real é composta por quatro principais rotas: Caminho Velho (o de Cunha, também conhecido como Caminho do Ouro, que liga Ouro Preto a Paraty em sua totalidade), Caminho Novo, Caminho dos Diamantes e Caminho do Sabarabuçu.
A Vila de Cunha (antiga Facão) foi criada em 1785, e só em 1858 elevou-se à condição de cidade. Em 1948, ganhou o título de Estância Climática. Hoje, com 22 mil habitantes, Cunha tem também os curiosos títulos de Capital Nacional do Fusca e a Capital Nacional da Cerâmica de Alta Temperatura.
Faz cerca de 30 anos que Cunha caiu no cenário turístico brasileiro, principalmente devido à cerâmica de alta temperatura. Nos últimos anos, a cidade cresceu em atrativos e hoje não faltam ótimos passeios nesta cidade, que pode ser pequenina em termo habitacional, mas com seus 1.407,25 km² é uma das maiores cidades territoriais do Estado de São Paulo. Então você já pode imaginar que vai precisar estar de carro para percorrer toda a região.
Outro destaque que precisamos falar de Cunha é que ela foi eleita a cidade mais acolhedora de São Paulo em 2023 pela plataforma Booking.com. O título se justifica nas idas aos restaurantes e atrações: não teve um lugar em que eu não fui bem atendido. Isso me chamou muito a atenção e com certeza me deixou com mais vontade de voltar para Cunha em uma próxima viagem.
Onde ficar em Cunha
Como disse, Cunha tem um território nem grande. Por causa disso, estar motorizado é fundamental para curtir a cidade. Como a maioria dos passeios fica mesmo no Caminho Velho, na estrada entre Cunha e Paraty, e será preciso ir de carro ou moto para os lugares, eu diria que a localização de onde ficar em Cunha não vai importar tanto.
Nos meus quatro dias de viagem, eu usei o carro para tudo. E fiquei numa pousada com uma ótima localização, bem pertinho do portal da cidade, o que me deixava próximo tanto do centrinho quanto da estrada.
A Pousada Cheiro da Terra é uma das principais da cidade, a quarta a ser aberta em Cunha, em 2003. E lembra que falei da fama acolhedora da cidade? Pois já comecei a senti-la logo ao chegar à pousada, e nem foi por causa da cachacinha e licor servidos logo na entrada. Seu Marivaldo, o proprietário, sabe tudo e um pouco mais de Cunha. Ele faz de tudo para que os hóspedes se sintam em casa.
Os 21 chalés espalhados ao longo do terreno com muito verde são todos aconchegantes, com lareira e alguns com banheira de hidromassagem. A pousada conta com piscina, sauna, tem café da manhã e, como diferencial, tem aquilo que deu fama à cidade: uma oficina de cerâmica, com cobrança à parte.
O próprio Marivaldo, especialista no assunto, é quem dá as aulas, que duram cerca de duas horas. Acabei me aventurando e posso dizer que, além de ser uma arte, moldar uma peça à mão é também uma terapia. Na hora, fiquei na dúvida se fazia um prato, uma travessa ou uma petisqueira. Acabei não fazendo nada disso (até agora não sei o que fiz kkk). Mas valeu a experiência. Como a peça ainda precisa secar e ir para o forno, é preciso esperar dias para ver como ela vai ficar. E quem participa recebe depois o resultado pronto em casa, via correio.
A pousada também oferece massoterapia (e outras massagens terapêuticas), que pude também provar. Por pouco mais de uma hora, consegui relaxar e deixar de lado o cansaço das trilhas do dia anterior. Como o serviço é terceirizado, ele pode ser agendado na própria pousada ou com a profissional Paula Loureiro nas redes sociais.
Confira mais hotéis em Cunha:
Hotel | Nota na Booking.com | Reservas |
Pousada Cheiro da Terra | 9,5 | Reserve aqui |
Vila de Cunha | 9,4 | Reserve aqui |
Hotel do Parque | 9,5 | Reserve aqui |
Lavandas de Cunha Pousada Boutique | 9,9 | Reserve aqui |
Pousada dos Girassóis | 9,2 | Reserve aqui |
Pousada Quinta da Serra | 9,8 | Reserve aqui |
Pouso Mantiqueira | 9,6 | Reserve aqui |
Pousada Estância das Cachoeiras | 9,8 | Reserve aqui |
Pousada Candeias | 9,7 | Reserve aqui |
Pousada Vista Verde | 8,4 | Reserve aqui |
O que fazer em Cunha
Até alguns dias antes da minha viagem, confesso que pouco conhecia sobre Cunha. Sabia que o destino era famoso por suas belezas naturais, pelos campos de lavanda e pela cerâmica. E só. Acabei me surpreendendo com o tanto de atrações e restaurantes que a cidade oferece.
Muitos dos lugares, inclusive, aliam a gastronomia com a natureza. Afinal, o motivo é mais do que óbvio: por onde você olha sempre haverá um cenário exuberante. Assim é Cunha.
Mas, antes de falar dos restaurantes e lugares para comer em Cunha, vou apresentar as principais atrações turísticas e o que fazer na cidade. E já adianto que um fim de semana é pouco para conhecer tudo o que ela oferece.
Dependendo dos dias que tiver na viagem será preciso deixar muita coisa de fora e montar o roteiro de acordo com aquilo que mais te agrada: seja a Cunha das aventuras, a Cunha do descanso e contemplação da natureza, a Cunha das boas comidas e bebidas, a Cunha das compras ou, se tiver mais tempo, simplesmente todas essas Cunhas que vimos.
Cerâmica em Cunha
É impossível falar de Cunha e não citar a cerâmica. Há cerca de três décadas, já com bons ateliês e oficinas na cidade, Cunha começou a ser conhecida por isso, e em 2022 tornou-se a Capital Nacional da Cerâmica de Alta Temperatura. Hoje, são mais de 40 ateliês espalhados pelo município.
A técnica mais tradicional usada entre os ceramistas de Cunha é a queima no forno noborigana, que podemos ver em diversos ateliês. Depois de moldadas a mão, as peças são levadas ao forno, construído em declive e alimentado por lenha. As queimas duram mais de 30 horas.
A abertura das fornadas é um evento na cidade, e muitas oficinas anunciam a data para receber os turistas. O Suenaga & Jardineiro é um dos ateliês mais tradicionais de Cunha, e a abertura da fornada costuma acontecer cinco vezes por ano, com cerca de 2 mil peças por vez. As datas são sempre divulgadas no seu Instagram.
Os valores das peças no Suenaga & Jardineiro não são baratos, mas o preço se justifica pela qualidade e exclusividade das cerâmicas. O local funciona diariamente das 9h30 às 18h na Rua Dr. Paulo Jarbas da Silva, 150, e vale a visita mesmo que seja para dar uma olhada. Se conseguir ir no dia da abertura do forno, melhor ainda!
Muitos dos ateliês de cerâmica de Cunha ficam na chamada Vila das Artes, entre o centro e a Estrada Real. Lá pertinho está também a Casa do Artesão, um espaço aberto em 1988 onde encontramos cerca de 70 parceiros da cidade, como ceramistas e muito artesanato. O local conta também com uma sala de exposição e um charmoso café.
Lavandário em Cunha
Um desafio e tanto é escolher o lugar mais bonito de Cunha. Mas, se eu tiver que colocar um atrativo imperdível para o seu roteiro, não pode faltar uma visita aos campos de lavanda da cidade. Passear pelo meio das plantas, sentir o aroma das suas delicadas flores e até provar algum doce feito delas é algo que precisamos experimentar em Cunha.
O Lavandário
O Lavandário é um dos pontos mais conhecidos em Cunha, sendo considerado a maior plantação de lavanda do Estado. Não é exagero dizer que muitos turistas viajam para a cidade simplesmente para conhecer a plantação que tem cerca de 40 mil pés de lavanda, mas também outras espécies de flores, ervas e plantas, como manjericão e girassóis, por exemplo.
A história do Lavandário de Cunha começou em 2012 e hoje, mais de 13 anos depois, o espaço aumentou bastante e os visitantes não param de chegar.
Como as podas e as plantações são constantes, não importa a época do ano da visita, o turista sempre encontrará campos floridos, para admirar e fazer muitas fotos na Serra da Bocaina. O Lavandário funciona de sexta a domingo e feriados, com acesso permitido das 10h às 16h30. No entanto, o lugar fica aberto até um pouco mais tarde, para as pessoas poderem contemplar o pôr do sol.
A entrada tem custo de R$ 20 (pessoas acima dos 60 anos pagam metade e menores de 12 anos entram de graça). Vale a pena reservar pelo menos uma hora do seu dia para conhecer o Lavandário. Dá para andar por boa parte da propriedade, dar uma parada em algum dos mirantes, aprender um pouco mais sobre a plantação de lavanda nas diversas placas espalhadas pelo campo e, claro, degustar da gastronomia que leva a lavanda como ingrediente.
O sorvete de lavanda está mais do que aprovado, mas há outros sabores diferentes que também chamam a atenção, como o de manjericão.
Além da gastronomia, a lavanda é utilizada em muitos produtos vendidos no local, como sabonetes, óleos, aromatizador, shampoo e muito mais! O Lavandário fica na Estrada Cunha-Paraty, km 54. Mais informações no site oficial.
Contemplário
O Contemplário é, como o próprio nome sugere, um lugar para contemplar a natureza. Aberto ao público em 2015, tem entrada gratuita e, assim como a maioria dos pontos turísticos de Cunha, também fica localizada no caminho entre a cidade e Paraty, na Rodovia Vice Pref. Salvador Pacetti, KM 61,5.
Aberto de quinta a segunda (e feriados), das 10h às 18h, o Contemplário é gigante, e uma das diferenças principais para o famoso Lavandário é que aqui dá para fazer trilhas.
Caminhar pelos campos de lavandas e outras flores é mesmo o destaque do local. Se estiver com disposição, ande até o topo da montanha, num trajeto de pouco mais de 1 km e de uma subida íngreme no final, mas cuja vista vale o esforço – no pôr do sol, dizem, é ainda mais bonito (como eu fui de manhã, não consegui ver se é tudo isso mesmo, mas acredito).
Caso não esteja com o preparo físico em dia, tente subir ao menos até os dois espaços de piquenique que há no meio do caminho. A paisagem de lá também bem linda.
Antes disso, dá para andar bastante pelo espaço, ouvir os pássaros, o som do riacho e também fazer piquenique em outro local, bem mais fácil de chegar – para isso, é preciso agendar com antecedência, pagar uma taxa e levar sua própria comida.
O Contemplário destila a lavanda e outras plantas aromáticas para produzir sabonetes, aromatizadores, velas e outros produtos, que são vendidos na lojinha. Há também um café e até uma hospedagem no local. Saiba mais no site oficial.
Parque Nacional da Serra da Bocaina – Pedra da Macela
Já trouxe aqui duas das principais atrações de Cunha, a cerâmica e os campos de lavanda, mas é em outro ponto que encontramos as paisagens mais lindas da cidade.
A Pedra da Macela é o pico mais alto de Cunha, com seus 1.840 metros. Ela fica na divisa dos estados de São Paulo e do Rio de Janeiro – a entrada é por Cunha, mas o ponto da pedra já é considerado território de Paraty.
Nos dias mais limpos, lá do alto conseguimos ver a baía de Paraty, Angra dos Reis e Ilha Grande, assim como o tanto de montanhas que separam o Vale do Paraíba do litoral, e até a Serra da Mantiqueira lá no fundo. Mas, para chegar ao topo, já tenho que avisar que a subida não é nada fácil – e por isso mesmo esse passeio não é indicado para qualquer pessoa.
A Pedra da Macela faz parte do Parque Nacional da Serra da Bocaina, um segmento da Serra do Mar, a maior área contínua de Mata Atlântica preservada do Brasil. Há trilhas que ligam Paraty à Pedra da Macela, mas ela é voltada para os mais experientes e nem vou entrar nesse mérito. Vamos ver a trilha tradicional mesmo.
Para chegar lá, é preciso antes pegar a estrada Cunha-Paraty até o km 66 e andar mais uns 5 km até o Parque Nacional da Serra da Bocaina. A estradinha é ruim, a maior parte esburacada e de terra, e parece que não vai chegar nunca porque quase não há placas de identificação. Mas é só seguir até o fim que uma hora chega.
De segunda a quarta, a visitação do mirante está liberada das 4h às 19h, com entrada permitida até às 17h. De quinta a domingo, a visitação dura 24 horas (pode acampar lá no alto), com acesso a partir das 4h de quinta até 17h de domingo.
A trilha é de dificuldade técnica fácil, já que ela é feita em um trecho todo pavimentado, sem precisar passar por obstáculos, mas não se engane: o trecho é todo íngreme e, nos mais 2,5 quilômetros de subida, o percurso é bastante cansativo.
É possível também subir de carro, de segunda a quinta, mas é preciso solicitar uma autorização prévia por e-mail com 15 dias de antecedência preferencialmente (parnaserradabocaina@icmbio.gov.br), e só é permitido para alguns públicos. Pessoas com deficiência, gestantes, pessoas obesas, mulheres lactantes, idosos a partir de 60 anos, pessoas com crianças de colo, pessoas doadoras de sangue e pessoas com transtorno de espectro autista podem tentar a solicitação.
Como eu estava a trabalho e tinha passado recentemente por uma cirurgia, acabei conseguindo a autorização para subir de carro, e dei graças a Deus que fugi da caminhada. A subida é mesmo longa e acho que não aguentaria todo o esforço.
A entrada da trilha é de graça e há um estacionamento para deixar o carro lá embaixo. Há também um banheiro seco e uma bica de água natural tanto no início quanto lá em cima.
Quem faz o caminho todo, que dura entre 40 minutos e 1h30 (dependendo da condição física de cada um), tem um presente e tanto ao chegar no topo. Se o dia estiver limpo, a vista é uma das mais bonitas de Cunha.
De um lado, podemos ver parte da Serra da Mantiqueira e do Vale do Paraíba. Mas é do outro lado que está a melhor parte, com todo o litoral se abrindo para a gente.
Dos vários mirantes, vemos a baía de Paraty, Ilha Grande e Angra dos Reis, e é realmente lindo. Muita gente se programa para fazer a trilha logo cedinho, para pegar o nascer do sol. Para isso, no entanto, é preciso sair cedinho do hotel (entre 3h e 4h, dependendo da localização e da época do ano), e ir preparado para a subida: com lanterna, garrafa d’água, agasalho (mesmo no verão) e boné.
- Ilha Grande e Angra ao fundo
- Paraty
Quem quiser pode ainda fazer um piquenique lá no alto (cuidado com garrafas de vidro, no entanto, e não esqueça de levar seu lixo embora) e também acampar de quinta a domingo, já que há espaços específicos para as barracas. E não é permitido subir com animais (apesar de ter um cachorro lá dos vizinhos que sempre aparece para fazer sua caminhada e ficar com os turistas).

Espaço do camping
Uma dica é planejar bem a sua subida, escolhendo um dia que não esteja nublado e nem chuvoso. Apesar de ser mais frio, o outono e o inverno podem apresentar dias mais limpos, com mais chances de chegar lá em cima com uma vista livre. Ah, e antes que me esqueça, o nome da pedra é em homenagem à planta Macela, que é bastante encontrada na região, tem as florzinhas amarelas e é conhecida por suas propriedades medicinais.
Cachoeiras e trilhas
Acabamos de ver a principal trilha de Cunha, da Pedra da Macela, mas quem vai ao Parque Nacional da Serra da Bocaina também pode fazer trilhas menores e mais rápidas, apesar de que essas são bem pouco exploradas pelos visitantes, que vão ao local mesmo para subir ao topo da Macela.
Cunha, no entanto, reserva muitos outros lugares para quem gosta de fazer trilhas e conhecer cachoeiras. Mas, como já disse nesse post, é preciso escolher bem o que fazer na cidade, pois muitos pontos são distantes uns dos outros e, para visitar todos os atrativos de Cunha, seria preciso passar uma semana pelo menos por lá.
Em minha viagem, fui conhecer o Canto das Cachoeiras, um parque particular a cerca de 20 minutos do centro da cidade, também no caminho para Paraty. Aberto em 2019, ele funciona diariamente das 9h às 17h, com um restaurante que abre de sexta a segunda-feira (e feriados) no almoço.
O Canto das Cachoeiras cobra entrada de R$ 20 (R$ 10 para crianças de 8 a 12 anos e acima de 60 anos) e é um bom lugar para contemplar a natureza e as quedas d’águas sem precisar andar muito. As trilhas são pequenas, de no máximo de 300 metros, e acho que vale ser colocado no roteiro caso o turista tenha pouco tempo na cidade, já que o parque fica no caminho de muitos outros atrativos. Confira mais detalhes no site oficial.
As cachoeiras de Cunha mais famosas ficam mais distantes da estrada para Paraty (apesar de pegar um pedaço dela) e acabei não conseguindo ir, mas fica aqui a sugestão. A Cachoeira do Pimenta é a mais famosa. Seguindo pela Estrada do Monjolo, é preciso encarar primeiro um trecho asfaltado e depois mais uns 10 km de estrada de terra. Perto dali fica outra queda conhecida, a Cachoeira do Desterro, dentro de uma propriedade particular. Ambas têm entrada gratuita.
Para os apaixonados por trilhas, vale também conhecer o Parque Estadual da Serra do Mar. Há trilhas autoguiadas de diferentes níveis de dificuldades, desde mais tranquilas com menos de 2 km de extensão, até as mais difíceis, com mais de 14 km de extensão, com cobrança. Mais infos aqui.
Sem tempo para tantos passeios, não consegui ir até o Parque Estadual da Serra do Mar, mas fiz outra trilha que é novidade na cidade e que oferece uma linda vista das serras (o que você já deve ter percebido que é comum em Cunha).
O Parque Solar é um espaço no meio da natureza, com a ideia de contar a evolução da Terra através de uma trilha. Nos 550 metros de percurso, vamos sendo apresentados à evolução terrestre por meio de um “passômetro”. A cada passo que damos, andamos milhões de anos, e no caminho vamos vendo como a vida evoluiu lentamente até chegar aos dias de hoje.
Apesar da subida íngreme, não achei essa trilha tão cansativa, talvez justamente por ir parando no meio do caminho para ir lendo as histórias. Já no alto, a Praça do Sol conta com um relógio solar, com os obeliscos que indicam onde o sol nasce e se põe, e com a rosa-dos-ventos. Podemos dizer que essa é uma trilha educativa e contemplativa ao mesmo tempo.
O Parque Solar abre aos sábados, domingos e feriados das 09h às 18h (com acesso até às 16h30), e o ingresso custa R$ 25. Crianças até 12 anos não pagam. Mais informações aqui.
Azeites em Cunha
Lembra que eu falei que tem alguns passeios em Cunha que estão ligados à gastronomia? O espaço O Olival é um deles.
Uma das várias coisas que me surpreenderam em Cunha foi justamente essa: descobrir que, além de suas ótimas atrações, a cidade se destaca pela diversidade de produtos que fabrica. Nunca imaginei que Cunha possuía uma plantação de oliveiras, por exemplo.
No O Olival, bem na estrada do Caminho Velho, vale a pena apenas ir conhecer o local (é de graça), mas principalmente para participar de alguma experiência paga. A mais completa é o Workshop de Análise Sensorial de Azeites, que é preciso agendar e só acontece aos sábados, domingos e feriados. A que eu participei foi o Mini Sensorial de Azeites, que ocorre todos os dias às 11h30, 15h e às 16h.
Nesta experiência, aprendemos sobre as diferenças sensoriais de três tipos de azeites de oliva, o extra virgem, virgem e lampante – este último é de qualidade inferior e não deve ser usado para consumo humano (mas pela quantidade que experimentamos não faz mal nenhum).
A experiência dura cerca de 15 minutos e é uma verdadeira aula, com as diferenças dos azeites muito bem explicadas por um especialista. A densidade, o cheiro e o sabor de cada um deles são mesmo diferentes. E foi lá que descobri que os azeites que compramos no mercado que dizem ser extra virgens, desses mais baratinhos, estão bem longe de ter a qualidade que essa característica merece – o que mais consumimos mesmo é o azeite virgem.
Lá no Olival, tive ainda duas outras experiências gastronômicas que nunca imaginei provar. Primeiro, um café feito com chá de oliveira. E na sequência um mousse de chocolate regado com azeite extra virgem. Pode até parecer estranho, mas me surpreendeu. Se um dia você for até lá, pode pedir sem erro que vale a pena.
Se preferir, você pode deixar o mousse para a sobremesa, já que o Olival serve também almoços. E não deixe de passear pelas oliveiras e por todo o local. Algo que me chamou a atenção foi uma constante música clássica tocando ao fundo. Dizem que a energia sonora das ondas musicais ajuda no desenvolvimento das oliveiras.
Infelizmente, em minha visita em junho, as árvores não estavam carregadas de azeitonas. Para ver isso, visite o espaço entre dezembro e fevereiro que as oliveiras devem estar mais cheias. Como a produção é pequena, nem sempre você vai encontrar azeites da safra própria para comprar. O Olival funciona de quarta a segunda, confira mais informações aqui.
Passeio pelo centro de Cunha
Em qualquer cidade que eu vá, costumo sempre dar uma voltinha pelo centro, e em Cunha não foi diferente. Acho que sempre vale reservar uma horinha do dia para conhecer um pouco da história local, ver a igreja matriz e passear pelos calçadões da cidade e mercadão municipal, quando tem. Em Cunha, esse passeio é bem rápido.
Em praticamente uma volta, dá para ver a Igreja Matriz Nossa Senhora da Conceição, construída em 1730, e o Mercado Municipal, onde encontramos muitos doces, queijos, bebidas e claro, o pinhão, uma das delícias tradicionais de Cunha, devido ao grande número de araucárias da região.
Essa parte central de Cunha reserva também muitas construções antigas, restaurantes e alguns hotéis. A Casa do Artesão, que já vimos aqui, fica ali pertinho, mas recomendo ir de carro. E bem ao lado da Casa está o Parque Lavapés, que conta com um lago, quadra esportiva e onde acontecem alguns grandes eventos da cidade.
Passeio a cavalo em Cunha
Se tem algo em comum que envolve Cunha e esse texto é a natureza. Impossível falar da cidade sem apontar suas belezas naturais. E a cada passeio que fazemos, e que conto aqui, o cenário é recortado pelas belas montanhas e por muito verde. Já fizemos trilhas, vimos cachoeiras e, agora, a aventura é sobre quatro patas.
Eu nunca imaginei andar de cavalo em Cunha. Aliás, fazia uns 18 anos, se não me engano, que não cavalgava. E como é bom, ainda mais com tantas belezas naturais em volta. No Sítio dos Cavalos, o passeio pode ser sozinho, em dupla e até em família com crianças, sempre sob a supervisão do simpático Raul Sampaio, que me deu todas as dicas.
Na enorme propriedade de sua família, ele cuida com carinho de tudo: da vegetação, das flores e, claro, dos cavalos. Turistas brasileiros e estrangeiros que contratam o passeio saem encantados de lá, e não é para menos.
Além de todo um ensinamento de como montar e cuidar do cavalo, Raul vai contando também a história de Cunha. Minha cavalgada durou pouco mais de uma hora, com uma rápida parada para um piquenique com essa vista que, convenhamos, é até difícil de se acostumar – e pensar que para o Raul é algo comum, mas ele mesmo me disse que também se encanta diariamente com ela.
Apesar de não ser um passeio tão tradicional e procurado pelos turistas em Cunha, se tiver um tempinho acredito que valha a pena incluir essa experiência no seu roteiro. Ele pode ser reservado diretamente aqui.
Queijarias e cervejarias em Cunha
O que vou falar agora poderia estar no tópico seguinte, de onde comer em Cunha. Mas, como a gastronomia faz parte também dos passeios, vou começar já agora falando desses atrativos bem gostosos e apetitosos.
Queijos em Cunha
Para quem gosta de um bom queijo, um lugar imperdível é a Fazenda Aracatu. Em 13 alqueires de terra, com lindas vistas (olha aí a redundância de novo), lagos e araucárias, são criadas vacas da raça Jersey, as responsáveis pelos leites de premiados queijos e sorvetes, além de um cremoso doce de leite. Há também muitos outros animais na fazenda, como ovelhas, cordeiros e cavalos.
O empório fica logo na entrada, com muitos queijos para degustação e diversos outros produtos. O premiado queijo tipo boursin é um dos destaques da casa, assim como o queijo fresco cremoso. Além deles e outros queijos, degustei ainda um doce de leite e uma torta de pinhão que estavam uma delícia, e ainda levei um bolo de pinhão para casa.
Os animais ficam no fundo da propriedade, e os turistas podem visitar diariamente o local, aproveitando para passear e tirar muitas fotos da Fazenda Aracatu. Localizada na Rodovia Cunha – Paraty, ela já está no caminho de muitas outras atrações, e com certeza vale a visita. Confira todos os destaques do lugar no site oficial.
Outra queijaria que visitei rapidamente, mas com uma proposta totalmente diferente, é a Mantiqueira 151. O lugar é muito menor, mas com uma grande variedade de queijos. Minha sugestão é ir ao final da tarde, para ver o pôr do sol da varanda. A queijaria fica na rua. Dr. Omeir C. Fornitani, 151, pertinho do Ateliê Suenaga & Jardineiro.
Cervejarias em Cunha
Assim como muitas cidades do interior paulista, Cunha também conta com ótimas cervejarias. E claro que eu visitei algumas delas.
O Ateliê da Cerveja – Caminho do Ouro tem sua fábrica e restaurante bem no caminho para Paraty, fácil de ver da estrada. O local é lindo, com aquela vista perfeita que não canso de trazer aqui, e com muitos chopes e pratos.
A régua de degustação de oito chopes é uma boa pedida para quem gosta da bebida. No meu almoço, pedi um lanche de bife ancho no pão de malte, muito bom! O Caminho do Ouro abre diariamente das 11h às 18h e, ao seu lado, tem ainda uma loja de chocolate e uma charcutaria que fica em um vagão de trem.
Outra cervejaria famosa de Cunha é a Wolkenburg, mas ela só abre de fim de semana e feriados. Ela fica no caminho para a Pedra da Macela, após alguns quilômetros de estrada de terra, e infelizmente não consegui conhecer.
Em compensação, tomei bons chopes na Cervejaria Reale, que fica no Galpão do Alemão (falarei dele mais a seguir). A produção é feita no próprio restaurante, e eles também fabricam um gostoso hidromel.
Onde comer em Cunha
Já deu para perceber pelo último tópico que Cunha também tem uma gastronomia de dar água na boca. Além do pinhão, a cidade também se destaca pela truta (que acabei não comendo) e por um prato tradicional, o porco na lata. E pela quantidade de ótimos restaurantes!
Restaurantes em Cunha
Como já citei agora há pouco o Galpão do Alemão, vou começar por ele. Até porque foi a primeira refeição que fiz em Cunha, e diria que já fui muito bem recebido.
Além dos chopes, o forte da casa é a comida alemã. E fui logo pedindo o famoso eisbein, o joelho do porco, muito bem servido. Há muitos outros pratos, sobremesas e entradinhas. O restaurante abre de quarta a segunda (das 10h às 17h), está localizado pouco antes da entrada principal da cidade, na Rod. Paulo Virgínio, km 42,5, e costuma receber alguns shows aos finais de semana – você pode conferir a programação aqui.
Bem ao lado do Galpão do Alemão está outro restaurante que vale o custo-benefício, a Estação Galeto. De fora, pode até parecer um lugar simples, mas é justamente essa simplicidade que faz dele um bom local: a comida é bem caseira e saborosa, e foi um dos melhores galetos que já comi.
A porção individual é generosa, mas, com fome, encarei quase toda ela. Pode ser uma boa opção para quem está chegando ou indo embora de Cunha – ou mesmo para quem está passeando ali pelo centrinho da cidade e quer almoçar num bom lugar. Ele funciona diariamente das 12h às 16h.
Outro lugar para almoçar que eu super recomendo é o Kallas da Serra, que serve o tradicional porco na lata. Esse prato remete aos tempos dos tropeiros, quando os pedaços de porco eram guardados na própria banha, aguentando assim as longas distâncias sem estragar.
Hoje em dia, a carne de porco é preparada e conservada na banha, deixando o gosto ainda mais acentuado e incrível. A simpática dona Célia é quem cuida da cozinha e do lugar, e deu uma aula de história, contando com orgulho o que aprendeu com a família e que hoje faz tão bem. E fica a dica: o prato individual do porco na lata dá tranquilamente para duas pessoas, como você pode ver abaixo.
Um outro destaque é o novo combo Kallas, uma entradinha com deliciosos bolinhos de porco na lata com barbecue de framboesa, torresmo, mandioca e linguiça artesanal.
Não bastassem os bons pratos e a refrescante soda caipira de framboesa, o Kallas possui um grande espaço verde, com área kids, redes para descansar e um empório – com certeza você vai querer levar alguma coisinha para casa. Ele está localizado na estrada para Paraty.
Se o Kallas é um tipo de restaurante caipira, perfeito para um almoço, a noite de Cunha reserva locais de diferentes estilos. E um dos que mais gostei foi o Átrio, inspirado na culinária peruana.
O chef venezuelano Christian, que já passou por outros restaurantes da cidade, é quem comanda a cozinha do Átrio em grande estilo. O cardápio é daqueles que você olha diversas vezes e fica na dúvida do que pedir – e ele nem é tão grande assim, é porque tem muita coisa boa mesmo.
De entrada, me fizeram um trio com “patacone con calamar” (disco crocante de banana-da-terra com guacamole e lula), bolinho de peixe e uma massinha crocante com queijo, e o prato escolhido foi um ravióli recheado com o peixe do dia (no caso, um dourado), com um caldo de mariscos reduzido e milho peruano. E ainda veio a sobremesa, uma torta 3 leches.
Para acompanhar, pedi um drink que foi um dos mais gostosos que já tomei e que preciso tentar refazer em casa: um mojito da casa. Parece normal, né? Mas em vez da hortelã, vai manjericão. O Átrio funciona de quarta e quinta no jantar, e sexta a domingo e feriados das 12h às 22h30. Fica na Av. Antônio Luiz Monteiro, 570, região central.
Os jantares de Cunha foram mesmo fora da curva. Se a primeira noite fui em um restaurante peruano, na seguinte escolhi um clássico italiano: pizza!
O Porco & Pizza serve massas, risotos e pizzas de fermentação natural, que foi a minha escolhida. Também localizada no centro de Cunha (rua Dr. Casemiro da Rocha, 82), recebe casais e famílias que buscam uma boa comida. Aos sábados, tem ainda à noite show de jazz ao vivo.
Comecei minha noite com uma bruschetta de pinhão, que já mostrou que eu seria bem servido. Na sequência, fui na pizza napolitana de tartufo negro, simplesmente espetacular – eu diria que umas das melhores pizzas que já comi na vida.
Seguindo na área central, o outro restaurante de Cunha que visitei foi o Bethlehem Cozinha Artesanal. Com um ambiente bem agradável, diz que trabalha com “slow food”, ou seja, sem pressa. E quando a comida é boa, vamos combinar, não é preciso correr.
Dessa vez, após o dia de muitas comidinhas e doces, não pedi nenhuma entradinha, mas fui no prato que é o carro chefe do local: filé mignon com risoto de alho-poró. A foto pode até não estar tão bonita, mas a carne estava super macia e o risoto, saboroso. Limpei o prato!
Como em todos os estabelecimentos que visitei, aqui a recepção foi também calorosa, mostrando por que Cunha está sempre sendo reconhecida como uma das cidades mais acolhedoras do estado. Além de explicarem o cardápio, o chef Gustavo e os outros funcionários ainda deram muitas dicas de turismo na cidade. O Bethlehem fica na Rua Gerônimo Mariano Leite, 445, Vila das Artes, e funciona de sexta (só jantar), sábado e domingo (das 12h às 22h).
Doces e cafés de Cunha
Além dos restaurantes, cervejarias e queijarias, Cunha ainda tem uma boa leva de cafeterias e docerias. E claro que algumas delas entraram no meu roteiro.
A Casa do Strudel fica quase na saída de Cunha, sentido a Paraty. Em um ambiente super aconchegante e que lembra casa de vó, é uma parada obrigatória para comer um docinho reconfortante e relaxar.
O saboroso apfelstrudel acompanhado do chá de maçã caramelizada são a dupla perfeita para uma pausa no meio da tarde ou para um pós-almoço. Era o que eu precisava para recarregar as energias e seguir minha visita a outras atrações para escrever esse texto. A Casa do Strudel abre de sexta a domingo e feriados das 11h às 18h, e às segundas das 10h às 17h, na Rodovia Salvador Pacetti, Estrada do Bairro Catioca, km 50,4.
Outro lugar que vale a parada é o famoso Moara Café, que tem duas unidades: uma no centro e outra na Rodovia Cunha-Paraty, km 57.
Foi entre diversos passeios que parei para um pão de queijo e um cafezinho na estrada. Mas já digo que sua visita ao Moara Café (que abre todo dia das 9h às 19h) vale não apenas pelo cardápio, mas também pelo ambiente.
O lugar é um verdadeiro museu, com centenas de peças antigas, sejam celulares, máquinas de escrever ou vitrolas espalhados por prateleiras. Na área externa, entre mesinhas e muitas árvores, há um orelhão e até peças de avião. Incrível, né?
Se esses lugares gastronômicos que conheci já valem a recomendação, quero um dia ainda voltar a Cunha para conhecer outros restaurantes e cafés que também fiquei sabendo somente de nome, como o Quintal da Cau, o Bar Blackfin, o Il Pumo, o d’O Gnomo e outros.
Clima em Cunha
Cunha costuma ter as estações bem definidas, com um verão quente e chuvoso e um inverno frio e seco. Esse é o clima padrão em Cunha, mas claro que pode haver alterações – quando eu visitei a cidade, em junho, chegou a chover bastante.
No inverno, é super normal ter geadas e a temperatura chegar até abaixo de zero grau, principalmente em lugares mais elevados.
Qual a melhor época para ir a Cunha?
Dependendo do intuito da viagem, o clima em Cunha pode ser um pêndulo definidor. Se sua ideia é curtir as cachoeiras, o melhor é visitar a cidade nos dias mais quentes, já que a água costuma ser bem gelada, ficando inviável mergulhar no inverno. Para fazer trilhas, já acho que o melhor são os dias mais secos, de preferência no outono e inverno.
Mas a verdade é que não há uma data certa para ir a Cunha. Nos finais de semana, feriados e meses de férias, a cidade estará mais cheia. O importante, acho, é ver quando as atrações ficam abertas (muitas delas abrem a partir de sexta-feira) e saber bem o que fazer em Cunha para para não chegar lá e ficar sem o passeio desejado.
Vale também conferir o calendário de eventos da cidade, para ir em algo específico ou até para evitar Cunha lotada.
Alguns eventos temáticos são bastante procurados, como o Festival do Pinhão, o Festival da Cerâmica e o Fuscunha, o encontro de fuscas que costuma ocorrer em julho.
A Prefeitura de Cunha sempre divulga a programação anual.
Como chegar a Cunha?
Cunha está a cerca de 230 km de São Paulo, uma viagem de cerca de três horas de carro. O trajeto é bem tranquilo, com boas estradas, pegando a Rodovia Presidente Dutra até chegar até Guaratinguetá, acessando depois a SP-171 com destino a Paraty.
A estrada entre Cunha e Paraty tem 46 km, sendo 10 deles atravessando o Parque Nacional da Serra da Bocaina. Vale observar que esse trecho, onde ficam muitas das atrações turísticas de Cunha, é cheio de curvas, então vale o cuidado extra ao volante.
Não há ônibus direto de São Paulo para Cunha, apenas com baldeação em Guaratinguetá. Como é imprescindível estar motorizado em Cunha, acredito ser mais viável alugar um carro para a viagem (caso não tenha um próprio).
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A distância do Rio de Janeiro para Cunha é de cerca de 310 km, o que dá 4h30 de carro indo pela Dutra até Guaratinguetá e depois saindo na Rodovia Paulo Virgínio (SP-171).
Distâncias:
- São Paulo – Cunha: 230 km
- Rio de Janeiro – Cunha: 310 km
- Guaratinguetá – Cunha: 50 km
- Paraty – Cunha: 46 km
- Belo Horizonte – Cunha: 550 km
Outras informações e curiosidades de Cunha
- Não há semáforos em Cunha. O trânsito no geral é bem tranquilo.
- O sinal de celular e internet oscila bastante em Cunha, e é comum você ficar sem nas áreas mais rurais. Use e abuse do wi-fi dos estabelecimentos nessas horas.
- A fama de Cunha com o Fusca se dá pelo fato de o carro sempre ter sido bastante utilizado pelo pessoal do campo – o fusquinha se dava muito bem nas precárias condições das estradas rurais.
- Cunha foi palco de batalhas na Revolução Constitucionalista de 1932, devido à sua localização estratégica.
- Cunha é a maior cidade do Vale do Paraíba em tamanho, fazendo limite com outros 10 municípios: Ubatuba, São Luís do Paraitinga, Lagoinha, Guaratinguetá, Lorena, Silveiras, Areias, São José do Barreiro, Paraty e Angra dos Reis.
- Além do pinhão, da truta e do porco na lata, a cidade também se destaca por outra iguaria: o shitake.
Você já conhecia Cunha? Ficou com vontade de visitar? Participe dos comentários!