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Colômbia suspende voos até 31 de agosto e complica situação da Avianca

Leonardo Cassol
25/05/2020 às 13:58

Colômbia suspende voos até 31 de agosto e complica situação da Avianca

A Colômbia decidiu proibir qualquer voo internacional de passageiros até 31 de agosto, seguindo a polêmica decisão tomada pelo governo argentino. Voos domésticos em território colombiano também não serão permitidos até 30 de junho. A medida frustrou os planos da Avianca Holdings de retomar suas operações internacionais no Brasil e em vários outros países na semana que vem e coloca em risco seu plano de recuperação judicial.

As medidas vão afetar duramente a empresa colombiana, já que ela utiliza seu hub (centro de operações) em Bogotá para interligar passageiros de toda a América do Sul, América Central e Caribe, além de Estados Unidos, México e Canadá. A Avianca planejava retomar voos para o Brasil e para vários outros países no começo de junho, mas viu seus planos ruírem com essa decisão. Além disso, a proibição das operações domésticas frustra qualquer chance de receita no curto prazo.

A Avianca Holdings conseguiu aprovar preliminarmente suas primeiras moções no Tribunal de Falências dos Estados Unidos, onde o pedido de recuperação judicial foi registrado. As decisões permitiriam que a empresa retomasse as operações comerciais durante o processo de reorganização, mas isso foi antes do governo decidir proibir os voos na Colômbia. Haverá uma assembleia de credores no dia 9 de junho. A próxima audiência na justiça vai ocorrer no dia 15 de junho, onde a empresa espera aprovar as medidas de forma definitiva, bem como avançar no seu plano de recuperação.

Paralelamente, a empresa decidiu encerrar suas operações domésticas no Peru e ofereceu um programa de licença voluntária não remunerada que foi aceito por cerca de 14.000 funcionários em outros países. Isso ajudou a reduzir as despesas em mais de 80%, dando tempo para os executivos trabalharem na reestruturação.

A Avianca também está negociando com o governo colombiano estruturas de financiamento público para apoiar a companhia durante o processo de recuperação. Um acordo certamente traria mais tranquilidade para clientes, funcionários e credores da empresa. Mas, até que alguma solução apareça, a companhia terá que sobreviver com os recursos que tem em caixa.

A Associação Latino-Americana e do Caribe de Transporte Aéreo (ALTA) divulgou um comunicado alertando as autoridades colombianas sobre o risco socioeconômico representado pela restrição ao transporte aéreo internacional e pelo fechamento das fronteiras por um período tão longo, lembrando que a medida afeta não apenas a aviação, mas toda a cadeia de turismo e aquelas que dependem direta ou indiretamente dessa atividade.

A Colômbia registrou, até 24 de maio, 21.175 casos confirmados de COVID-19, com 727 mortes.

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