Gigante! Visitamos o quartel general da Delta Air Lines em Atlanta
Gigante! Visitamos o quartel general da Delta Air Lines em Atlanta
Talvez você nunca tenha parado para pensar em quantas pessoas estão envolvidas na operação de um simples voo que leva passageiros de um destino a outro. São centenas de profissionais envolvidos em todas as etapas do processo, desde o planejamento, a logística e a execução em si.
A convite da Delta Air Lines, o Melhores Destinos teve a oportunidade de conhecer os bastidores dessa operação. Voamos à cidade de Atlanta, capital do estado da Geórgia, nos Estados Unidos, onde fica a sede operacional da empresa.
Por lá, conhecemos o campus da companhia, que abriga todos os aspectos administrativos da empresa, incluindo o centro de treinamentos de comissários de voo, o centro operacional e o museu da Delta, esse último uma das atrações que está aberta à visitação.
Por dentro da Delta Air Lines
Com uma participação de mercado de 17,8% nos voos domésticos dos EUA, segundo dados do Bureau of Transportation Statistics, a Delta Air Lines é hoje a líder no mercado norte-americano. São mais de 100 mil colaboradores em todo o mundo, o que nos dá uma dimensão do porte da operação.
A sede da companhia está localizada praticamente dentro do Aeroporto Internacional Hartsfield-Jackson, o mais movimentado do mundo. A história da Delta praticamente se confunde com a evolução da aviação, com o desenvolvimento de Atlanta e, claro, do principal aeroporto da cidade.
As instalações se assemelham a um campus universitário, praticamente um padrão entre as grandes empresas norte-americanas. Ali os funcionários têm acesso a restaurantes, academias e serviços de conveniência, transformando o local em uma cidade à parte.
“Nenhuma pessoa é uma companhia aérea. Uma companhia aérea é uma equipe. Ela deve ser amigável, cortês, cooperativa, eficiente e tão intimamente unida como uma família devotada” – C.E. Woolman, fundador.
Treinamentos e alto padrão de exigência
O primeiro local que conhecemos na sede da Delta Air Lines foi o centro de treinamentos para comissários de voo. Fomos recebidos por Carlos Palma Junior, um dos responsáveis pelo treinamento e pelas atividades de reciclagem periódicas pelas quais todos os profissionais passam.
Sempre que um novo comissário de voo é contratado, ele passa por algumas semanas de treinamento. Isso inclui não apenas aspectos de qualidade no atendimento e cortesia durante os voos, mas principalmente normas de segurança, operação de portas e sistemas das diferentes aeronaves e até aulas de defesa pessoal.
“Os profissionais saem preparados para enfrentar qualquer emergência nas aeronaves, desde as mais simples até as mais complexas que possam requerer evacuação”, explica Palma Júnior.
O ambiente de treinamento conta com dezenas de simuladores de portas e janelas em tamanho real. Cada aeronave tem suas particularidades e todas elas são exploradas nos treinamentos. Pudemos experimentar como é não apenas abrir portas e janelas em caso de emergência, mas também simular uma situação de evacuação – em terra e na água.
Aliás, a evacuação de uma aeronave na água também é treinada por aqui: uma piscina-tanque simula o desembarque em botes salva-vidas sem a necessidade de se deslocar até outro lugar.
Delta Operations Customer Center: o coração das operações
O Delta Operations Customer Center é o coração de todas as operações de voo da Delta. Trata-se de um departamento que reúne cerca de 300 pessoas e funciona 24 horas por dia, sete dias por semana. É partir dali que são monitorados absolutamente todos os voos da companhia aérea, em qualquer lugar do mundo.
O local é subdividido em diversos departamentos, o que inclui meteorologia, logística, catering, atendimento a passageiros e central de informações para pilotos e comissários de voo. Se estiver faltando bebida a bordo de um avião, por exemplo, é a partir daqui que sairá o pedido de reposição na aeronave no aeroporto mais próximo.
Logo pela manhã, os responsáveis por cada setor se reúnem em uma ampla sala de reuniões, uma espécie de “war room” para repassar a pauta do dia. Os dados de cada departamento é que indicam quais serão as prioridades e alterações que precisarão ser realizadas na logística de tudo.
Se uma região enfrenta mau tempo, analisa-se a possibilidade de desvio de rotas; se um aeroporto tem problemas, avaliam-se opções de rotas alternativas. A ideia aqui é se antecipar aos eventuais transtornos, com planos “B” que possam ser executados de imediato se necessário.
Já a grande sala de operações é coisa de cinema. Centenas de pessoas, em suas mesas com pelo menos três monitores, cercadas por telões em todas as direções, acompanham em tempo real tudo o que se passa nos voos da companhia. E não são poucos: são mais de 3 mil por dia, podendo chegar a mais de 5 mil em altas temporadas.
São as informações monitoradas por essas equipes que garantem que os voos ocorrerão em segurança. As estratégias permitem a escolha de melhores rotas, que poupem tempo dos passageiros e economizem combustível, se possível. Evitar áreas de turbulência para proporcionar voos mais tranquilos também é uma das prioridades.
Obviamente, essas áreas são restritas e não estão abertas para visitação do público. Entretanto, para qualquer aficionado por aviação, é um prazer poder conhecer os bastidores de operações grandiosas como as necessárias para voos internacionais.
Se estiver de passagem por Atlanta, vale se dirigir até a região para visitar o Museu da Delta, uma das atrações obrigatórias para se ver na cidade. Há voos diários da Delta Air Lines saindo do Brasil a partir de São Paulo e Rio de Janeiro. Nós voamos para Atlanta a partir de São Paulo na classe Premium Select da Delta e contamos como foi.
Aproveite e estique a caminhada por mais alguns metros para tirar uma foto também na entrada da sede da empresa.
O jornalista viajou a Atlanta, nos Estados Unidos, a convite da Delta Air Lines.