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Azul prevê saída da recuperação judicial em fevereiro e melhora projeção de dívida

Mateus Tamiozzo
24/10/2025 às 16:41

Azul prevê saída da recuperação judicial em fevereiro e melhora projeção de dívida

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A companhia aérea Azul espera sair da recuperação judicial em fevereiro de 2026, e com um nível de endividamento menor do que o previsto quando entrou no processo, em maio. Em um comunicado divulgado na noite de ontem, a empresa afirma que deixará a reestruturação com uma alavancagem de 2,5x, contra uma previsão inicial de 3x.

De maneira geral, a alavancagem é um recurso que envolve o uso de dinheiro próprio da empresa e de empréstimos para potencializar um negócio. Esta solução permite às companhias obter valores adicionais para investimentos, sem a necessidade de aumentar o próprio orçamento. Um dos principais riscos é o endividamento excessivo. Via de regra, quanto menor for a alavancagem, melhor.

A Azul prevê uma redução progressiva da alavancagem nos anos seguintes, com previsão de 2x em 2026, 1,5x em 2027, 1,2x em 2028 e 0,8x em 2029.

Entre abril e junho deste ano, o índice ficou em 4,9x, maior do que os 4,5x registrados no mesmo período de 2024. Entre janeiro e março de 2025, a alavancagem da Azul era de 5,2x.

Devolução de aeronaves da Azul

A Azul também informou que “obteve sucesso significativo nas negociações de frotas e OEM (fabricantes), resultando em “pagamentos de arrendamento e passivos significativamente mais baixos”.

Se ao entrar em recuperação judicial a Azul tinha compromissos financeiros na ordem de US$ 3,4 bilhões neste segmento, a empresa espera sair da reestruturação com dívidas de US$ 2,2 bilhões, redução de 32,9%.

De acordo com a Azul, a melhora nas projeções se deve à “manutenção de [jatos Embraer] E1s de baixo custo, ao menor ritmo de entregas de E2 e à rejeição de A330 NEOs”.

Azul quer reduzir 35% de sua frota

A Azul já solicitou, desde o início de sua proteção contra falência, a devolução de 20 aeronaves (entre Embraer e ATR) e 9 motores. A ideia da empresa é se livrar de 35% de sua frota futura. Esses aviões, segundo a Azul, já estavam fora de operação.

Em julho, a companhia comunicou que estava se desfazendo também de dois Airbus A330-900neo, modelo usado em voos de longa distância, sobretudo internacionais. Esses aviões eram muito criticados por não terem o padrão de conforto da Azul.

Com essas mudanças, a aérea avança no que chama de “plano otimizado de frota e malha, com uma combinação ajustada no mix de aeronaves e menor capacidade no curto prazo”. A empresa também fala em “implantação simplificada da malha – foco em hubs com forte presença e otimização da malha internacional”.

Vale lembrar que, no início deste ano, a Azul anunciou a saída de cerca de 15 destinos nacionais. Além disso, a aérea já mencionou o corte de mais de 50 rotas.

No exterior, deixou de voar regularmente para Paris e do Recife para Orlando, nos Estados Unidos. E cortou as linhas Belo HorizonteFort Lauderdale, Manaus-Fort Lauderdale, Curaçao-Fort Lauderdale e Campinas-Assunção.

A330-900neo da Azul na Gol?

Ao mencionar a “rejeição” aos Airbus A330neo, a Azul não deixa claro se está se referindo apenas aos que já foram devolvidos ou se pretende se desfazer de mais aeronaves desse modelo no futuro.

Vale destacar que, neste mês, a Gol e o Grupo Abra anunciaram a aquisição de até sete Airbus A330-900neo da arrendadora Avolon, a mesma empresa que tem contratos desse mesmo modelo com a Azul.

Especula-se no setor que parte desses A330-900neo que irão para o Grupo Abra – e que poderão receber as cores da Gol – seriam os que integram a frota da Azul.

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