Azul acaba com voos regulares entre Recife e Orlando – operação passará a ser temporária


Azul acaba com voos regulares entre Recife e Orlando – operação passará a ser temporária
Em mais uma alteração em sua malha internacional, a companhia aérea Azul anunciou que vai cancelar a operação regular entre o Recife e Orlando, nos Estados Unidos. Os voos da companhia passarão a ser temporários – de agosto a outubro de 2025 e de março a outubro de 2026. A decisão da empresa vem cerca de 20 dias após ter retomado a rota, que estava paralisada desde março.
Vale ressaltar que as operações programadas pela Azul até o fim de julho não serão afetadas. E a empresa informou, ainda, que vai ter três frequências semanais em dezembro e janeiro entre o Recife e Orlando por conta da alta temporada.
Segundo a Azul, os passageiros com bilhetes já emitidos em voos que serão afetados receberão “toda a assistência necessária”, conforme exige a resolução n.º 400 da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Geralmente, isso significa remarcação sem custo em outras rotas da empresa, neste caso para Orlando, ou reembolso integral.
Os voos regulares da companhia para Orlando, portanto, estarão disponíveis apenas a partir do aeroporto de Viracopos, em Campinas, e do aeroporto de Confins, em Belo Horizonte.
Recife-Orlando se junta a outras rotas regulares canceladas
A Azul tem feito uma série de alterações em seus voos internacionais que tem trazido impactos para os passageiros. A partir de agosto, a empresa vai encerrar a rota entre Belo Horizonte e Fort Lauderdale, com a transferência para Orlando de toda a sua operação para os Estados Unidos a partir da capital mineira. As rotas Manaus–Fort Lauderdale, Campinas-Assunção e Belo Horizonte-Curaçao também serão canceladas.
Já os voos regulares entre Campinas e Paris serão interrompidos e passarão a ser temporários, sempre no verão do hemisfério norte. As operações atuais vão até outubro deste ano e voltam no período de abril a outubro de 2026.
Falta de aeronaves, baixa demanda e recuperação judicial
À época dos anúncios relacionados aos voos para os Estados Unidos, a Azul alegou questões de “eficiência operacional”, mas sem dar detalhes. Já para a interrupção da operação regular para Paris, a empresa apontou “altos custos operacionais e baixa demanda no inverno europeu”.
No entanto, dois fatores podem estar por trás das decisões, especialmente no que diz respeito à “eficiência operacional”: o primeiro e mais importante é o atraso na entrega de novos aviões pelas fabricantes, algo que tem impactado companhias aéreas ao redor do mundo por conta da falta de componentes. O segundo é o fato de que a Azul está em recuperação judicial, o que pode afetar a operação da empresa em menor ou maior escala.

Fábrica da Airbus em Toulouse, na França
As dificuldades com a frota, por exemplo, tem obrigado a Azul a recorrer a empresas terceiras que fornecem aviões e tripulação, como a HiFly e a EuroAtlantic. Assim, a companhia aérea executa alguns voos sem o seu padrão habitual de identificação, de assentos e de entretenimento.