Confira como foi o primeiro voo da AZUL em aviões ATR realizado ontem
Confira como foi o primeiro voo da AZUL em aviões ATR realizado ontem
Ontem (01/03/2011) a Azul realizou seu primeiro voo com seus novos aviões turbo-hélice ATR e, como não poderia deixar de ser, tinha um leitor do Melhores Destinos lá conferindo a novidade.
A Azul irá utilizar esses aviões ATR para atender rotas curtas entre grandes aeroportos e cidades pequenas. Inicialmente a empresa usará esses aviões ligando Campinas a São José do Rio Preto, Ribeirão Preto, Presidente Prudente, Marília, Uberaba e outras cidades de pequeno e médio portes. Posteriormente, essa mesma idéia será aplicada entre Porto Alegre e cidades próximas, Belo Horizonte e cidades próximas e em seguida a outras regiões.
Confira aí como foi a experiência do leitor Damione Damito. Como as fotos foram tiradas de celular, não estão muito boas.
Aproveitando a promoção da Azul que vi aqui no Melhores Destinos, resolvi levar a minha filha de 04 anos para andar pela primeira vez de avião num “bate-volta” no novo trecho, Campinas – Ribeirão Preto, que foi feito no novo turbo-hélice ATR 72-200 arrendado pela Azul enquanto os ATR 72- 600 não estão prontos.
Cheguei com uma hora de antecedência e o serviço de check-in foi conforme o esperado, nenhuma novidade em relação aos simpáticos e prestativos funcionários, que inclusive brincaram e responderam às inocentes perguntas da minha filha, uma mocinha muito curiosa rs.
O embarque foi marcado por espera… dentro da sala de embarque, após longos minutos dentro do ônibus superlotado que nos levaria até a aeronave e, finalmente, dentro da mesma. Saímos com cerca de 35 minutos de atraso.
O voo foi auxiliado por duas simpáticas comissárias de bordo, sinto me na obrigação de elogiar o bom gosto do RH dessa empresa para escolher funcionárias tão bonitas, devem ter sido contratadas em agências de modelos =). Dentro do avião tem-se a sensação de estar em um mini Embraer 190, ou seja, tudo muito parecido com os jatos da Azul, porémem tamanho reduzido. Tivemos o voo de ida com bastante instabilidade, causada por uma forte chuva com muitas nuvens altas, segundo nos informou o piloto. Já esperava um pouco desse balanço devido ao tamanho do ATR, porém nem isso foi capaz de tirar a tranquilidade da minha pequena. Comparando com os e-jets utilizado pela Azul posso concluir que o turbo-hélice é um pouco mais ruidoso, porém nada que me deixasse incomodado, talvez pelo curto tempo de voo (cerca de 40 minutos). Segundo a revista de bordo (o único entretenimento presente) o ATR leva dez minutos a mais para cumprir o mesmo trajeto que o e-jet, porém usa metade do combustível: vantagem para o nosso planeta, para os cofres da companhia e também para nós, que podemos viajar pagando menos.
A chegada no aeroporto de Ribeirão foi marcada por uma suave aterrissagem e um voucher de 50 reais de presente a cada passageiro em comemoração ao primeiro dia desse trecho.
Ribeirão possui um pequeno aeroporto, o menor que vi até hoje, possui apenas 1 pequena livraria e uma lanchonete com pouquíssimas opções. O check-in de regresso foi feito com muita tranquilidade porém o embarque teve 50 minutos de atraso que foi justificado pelo piloto pela troca da aeronave (???).
Ao contrário da ida, o retorno foi absolutamente tranquilo (tirando os embalos da decolagem). Porém, me senti muito incomodado, assim como diversos outros passageiros que pude notar, pelo calor no interior do avião. Parecia que o ar não estava dando conta do recado, problema que foi amenizado pelos vários copos de água servidos prontamente pelas comissárias após a solicitação dos viajantes com a aeronave ainda em solo e posteriormente pelas bebidas com gelo, o de sempre da Azul.
O voo foi marcado por ruídos estranhos a mim, não sou perito em aviões muito menos os desse tipo (essa foi a minha terceira viagem em turbo-hélices), que me deixaram um pouco tenso rs. Em certo momento, após um estalo seguido por uma desaceleração e declive de aproximadamente uns 20 graus, ouvi uma piada de um senhor ao lado: “Fiquem tranquilos, a hélice ainda está girando”. Outro ruído marcou a aterrissagem, muito semelhante a uma freiada de caminhão. Mais uma vez esclareço que não sou apto a dizer se isso é normal ou não, apenas relato o que me chamou atenção. Apesar de tudo, foi mais um pouso suave.
Enfim, um voo tranquilo e de acordo com o esperado. Parabéns à Azul por estar auxiliando o desenvolvimento da aviação doméstica brasileira com um serviço com excelente custo/benefício.