Após aviões afundarem na pista em Noronha, Anac cobra providências do governo de PE


Após aviões afundarem na pista em Noronha, Anac cobra providências do governo de PE
Em um intervalo de 7 dias, as companhias aéreas Azul e Gol passaram por um episódio inusitado no aeroporto de Fernando de Noronha: um dos trens de pouso de aviões das empresas – um Embraer E195-E2 e um Boeing 737 – “afundou” no pátio do terminal no momento em que saíam de suas posições para o procedimento de decolagem. Os incidentes fizeram com que a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e o Ministério de Portos e Aeroportos cobrassem do governo de Pernambuco informações sobre as condições de infraestrutura do aeroporto e providências para a solução do problema.
Segundo o Ministério de Portos e Aeroportos, o governo de Pernambuco ainda não respondeu ao ofício do órgão.
Depois do caso da Azul, registrado em 22 de junho, o problema se repetiu ontem (29/06) com a Gol, mas em outra área do pátio. Vale ressaltar que o problema não foi detectado na pista de pouso e decolagem, mas sim na área de taxiamento. Por isso, a programação de voos de e para Fernando de Noronha não foi afetada até o momento.
Proibição de jatos em Fernando de Noronha e reforma atrasada
Os problemas registrados no aeroporto do arquipélago nestes últimos 7 dias não são recentes. Em outubro de 2022, a Anac proibiu a operação de jatos (como os Embraer E195 da Azul, os Airbus A319 da Latam e os Boeing 737 da Gol) em Fernando de Noronha por conta de buracos e fissuras na pista.
A partir daí, foram elaborados projetos para reformas, mas as obras começaram apenas em outubro de 2024, ou seja, com atraso de cerca de dois anos. A promessa inicial do governo de Pernambuco era de conclusão em dois meses, mas até hoje os trabalhos estão em andamento.
Em março deste ano, a Anac liberou o aeroporto de Fernando de Noronha para receber jatos – um hiato de quase três anos! À época, o Ministério de Portos e Aeroportos deu a previsão de conclusão das obras até o fim de 2025.