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Avianca e Sky Airlines planejam fusão e mais voos para o Brasil

Leonardo Cassol
04/10/2021 às 14:57

Avianca e Sky Airlines planejam fusão e mais voos para o Brasil

A pandemia de Covid-19 atingiu severamente as companhias aéreas no mundo inteiro. Enquanto a Avianca, com sede da Colômbia e no Peru, entrou em recuperação judicial, a low cost chilena Sky Airline estava em busca de um sócio ou comprador. Após conseguir empréstimos e iniciar a retomada de seus voos, a Avianca está perto de sair da fase aguda da crise e de concretizar uma fusão que vai ampliar sua presença na América do Sul.

A fusão da Avianca com a Sky Airline

A Sky tinha a ambição de se tornar a principal companhia aérea low cost da América Latina. Pouco antes da pandemia, com cerca de 23% do mercado chileno e já voando para o Brasil, a empresa havia investido US$ 500 milhões (pouco mais de R$ 2,7 bilhões no câmbio de hoje) na renovação de sua frota, com novas aeronaves Airbus A320neo, que permitem voar longas distâncias, sem escalas e com menor consumo de combustível. Mas, a Covid-19 atrapalhou os planos da empresa, que contratou o banco de investimentos BTG Pactual para buscar um sócio-investidor.

A primeira opção foi oferecer apenas um terço da empresa, em troca de um financiamento. Mas apareceram poucas empresas interessadas. Uma delas teria sido a brasileira Gol, que, de acordo com a imprensa chilena, chegou a assinar um acordo preliminar após reuniões reservadas com os executivos chilenos. Mas o negócio não avançou a Sky se mostrou disposta a vender uma fatia maior do negócio.

Em janeiro, dois fundos de investimentos grandes, especializados em empresas endividadas, procuraram a Sky. O Elliot Management e o Caoba. Ambos já tinham participado do processo de recuperação judicial da Avianca e adquirido o controle da empresa colombiana, ficando com cerca de 70% das ações da empresa após injetar pouco menos de US$ 1 bilhão (mais de R$ 5,5 bilhões no câmbio de hoje), caso a justiça dos Estados Unidos aprove o plano de recuperação judicial da empresa.

Paralelamente, os dois fundos fizeram uma proposta para ficar com 40% da Sky por US$ 60 milhões a US$ 70 milhões (cerca de R$ 380 milhões no câmbio de hoje). Mas, de acordo com a imprensa chilena, os gestores dos fundos internacionais teriam ficado “maravilhados” com o processo de transformação da Sky numa low cost liderado por Jurgen Paulmann e sua equipe. Então, daí teria vindo a pergunta óbvia: por que fundir as duas empresas?

De acordo com os executivos ouvidos, não foi fácil convencer Paulmann, que relutava em abrir mão do poder na empresa que seu pai fundou. Mas a oferta era muito atraente: a Sky se tornaria uma subsidiária da Avianca e Paulmann seria acionista da controladora e teria um assento garantido no Conselho de Administração da empresa. E recentemente, então, veio o sinal verde das duas empresas!

Os trâmites formais da fusão devem ter início nos próximos meses, após a aprovação do plano de recuperação judicial da Avianca. O negócio deverá passar por diversas barreiras legais e regulatórias nos países onde as empresas mantém negócios. Mas, não são esperadas grandes complicações, já que a Avianca não é relevante no Chile e nem a Sky na Colômbia. Além disso, as malhas aéreas das duas empresas quase não têm sobreposições.

Inicialmente, as duas empresas manterão suas marcas. Mas a decisão poderá ser revista ao longo do tempo.

Expectativa de mais voos para o Brasil

De acordo com a imprensa chilena, um dos principais mercados para o crescimento das duas empresas na região será o Brasil. Ambas já possuem operações por aqui. Antes da pandemia, a Avianca mantinha voos ligando Bogotá com São Paulo, Rio de Janeiro e Porto Alegre, além de voos do Aeroporto de Guarulhos e do Galeão para Lima, no Peru. Já a Sky mantinha voos de São Paulo, Florianópolis, Salvador para Santiago. Os voos da Sky para Floripa vão retornar em dezembro.

A Sky espera a chegada da primeira das dez aeronaves Airbus A321XLR, que podem viajar quase nove mil quilômetros sem escalas, para oferecer voos diretos entre Santiago e Miami, nos Estados Unidos. Enquanto isso não ocorre, a companhia vai operar a rota com escala em Lima, no Peru, em um dos seus 17 aviões Airbus A320neo. As licenças de operação já foram concedidas pela autoridade norte-americana.

A notícia é positiva, pois juntas as empresas terão mais chances de superar a crise e de competir com a Latam e com a Copa Airlines, suas principais concorrentes no continente. Que venham promoções e boas tarifas!

Vale lembrar que a Avianca em questão nada tem a ver com a “finada” Ocean Air, que usada o nome licenciado de Avianca Brasil, cuja falência foi decretada em julho de 2020.

As informações são do Diario Financiero, do Chile (disponível apenas em Espanhol).

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