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Como é voar na Hong Kong Airlines – classe executiva

Denis Carvalho
26/08/2013 às 12:51

Como é voar na Hong Kong Airlines – classe executiva

A Hong Kong Airlines é a companhia em destaque hoje no Melhores Destinos. Fundada em 2001, ela voa para 24 destinos na China e Vietnã. A companhia tem uma frota de 26 jatos, todos Airbus e a maioria A330, mas tem pedidos para o gigante A380 e o novo A350, previsto para 2018. Foi em um desses A330 que nosso leitor Rogério S. embarcou de Shanghai a Hong Kong. Acompanhe a avaliação que fez da classe executiva da companhia:  

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A rota entre Shanghai e Hong Kong não é das mais longas: o tempo total de voo era de pouco mais de duas horas. Existiam opções de voos direto para Hong Kong (China Eastern, Dragon Air, Hong Kong Airlines), bem como alguns com escala em Pequim (Air China) ou mesmo em Seul (Korean). Para otimizar o nosso tempo, optamos pela rota direta, mas ai começaram as nossas dúvidas.

Tecnicamente, é um voo doméstico, mesmo Hong Kong sendo uma região autônoma. Em Shanghai são dois os aeroportos: Hongqiao (SHA) e Pudong (PVG). Ambos são internacionais, mas podemos fazer uma comparação a Congonhas e Guarulhos em termos de distância. Pudong fica a 30 Km do centro, enquanto Hongqiao a aproximadamente 10 Km. Seria mais conveniente voar por SHA, mas a disponibilidade de voos para Hong Kong é escassa.

Logo, teria de ser por PVG. Escolhido o aeroporto, agora tínhamos de escolher a companhia aérea. A Dragon Air, subsidiária da Cathay Pacific, era o nome mais conhecido, mas outras opções existiam: China Eastern, membro da Sky Team, e a Hong Kong Airlines. Preço foi um dos critérios relevados, mas no final, pesou o tratamento da bagagem: na maioria das companhias, ou era somente uma mala despachada na classe econômica, ou o peso combinado não poderia exceder 20 Kg. Partimos então para a análise das classes executivas: Dragon Air, a mais cara. China Eastern, com 3 estrelas na avaliação Skytrax. Nossa escolha: Hong Kong Airlines, uma companhia relativamente nova, com uma boa reputação e 4 estrelas no ranking Skytrax.

Compra

A compra dos bilhetes foi feita diretamente no site da companhia. Alguns sites brasileiros também vendiam as passagens da Hong Kong Airlines, mas eram embutidos encargos (acredito ser taxa administrativa e talvez IOF por ser operação internacional). No fim, a compra foi feita diretamente no site, que tem opções em inglês, cantonês, mandarim, e japonês.

Check-in

O trânsito de Shanghai é muito imprevisível e por isso pensamos em fazer o check-in online. Contudo, esse serviço não estava disponível. Viajávamos em quatro pessoas e contratamos uma van que nos levaria do hotel ao aeroporto. O motorista demorou para nos pegar e chegamos a uma hora da saída do voo. Por estarmos alocados na classe executiva, um guichê exclusivo fez o atendimento.

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Nessa hora, aconteceu uma coisa engraçada: uma moça, vendo que estávamos sendo atendidos primeiro que ela, começou a gritar! Uma das pessoas de nosso grupo que entende mandarim nos explicou que ela estava indignada que nos estávamos passando na frente dela, até que uma funcionária explicou que nossa classe era diferente dela.

O programa de milhagens da empresa – Fortune Wings Club – não pertence a nenhuma aliança global. Porque provavelmente não voltaríamos tão cedo a Hong Kong, não pedimos inscrição e nem a pontuação. As malas despachadas receberam uma etiqueta de prioridade e recebemos nosso cartão de acesso ao lounge.

Aeroporto_Shanghai_PudongPor estarmos com pouco tempo, não tivemos oportunidade de explorar o aeroporto. Já no lounge, administrado pelo próprio aeroporto e usado por outras companhias como a Aeroflot, pudemos descansar um pouco até nosso embarque. Havia opções de comidas orientais e ocidentais, e bebidas quentes e frias, incluindo as alcoólicas.

Avião

O voo foi feito em um dos dois A330-300 da companhia, com capacidade para 292 passageiros, sendo 32 na classe executiva. No site da empresa consta que a idade média da frota de 28 aeronaves é de três anos, o que faz da Hong Kong Airlines uma das companhias com frota mais jovem em operação.

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Banheiros e cabines estavam limpos e muito bem conservados e as paredes do avião, bem como as estampas dos estofamentos eram com temas orientais, nas cores vermelho e roxo.

Serviço

Comissárias sorridentes, fluentes em inglês e cantonês, com uniformes roxos nos receberam e nos levaram aos lugares reservados. Para nossa surpresa, essa era a nova classe executiva da companhia, com assentos completamente reclináveis, que viravam confortáveis camas. Bebidas de boas vindas foram oferecidas, assim como chinelos, fones de ouvidos e cobertores que pareciam edredons se os passageiros quisessem. Não se pode reclamar de conforto, mas em 2 horas de voo mal foi possível dormir.

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Os anúncios da cabine de comando foram feitos todos em inglês. O capitão explicou logo antes da decolagem que em função de questões meteorológicas (sem detalhes) o voo estava com um pequeno atraso, mas que no geral isso não deveria comprometer o tempo de chegada. Em sequência, uma das comissárias transmitia as informações no idioma local.

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Refeições

avaliacao_Hong_Kong_Airlines2Atingindo a altitude de cruzeiro, uma das comissárias trouxe o menu com as opções das refeições. Entrada, sopa e sobremesa eram fixos, podendo se escolher entre três opções de prato principal: carne assada, linguado frito ou carne de porco salteada.

Uma vez escolhido o prato principal, a bandeja contendo a entrada (“peito de frango defumado com salada de massa”), a sobremesa (“strudel de banana com calda de baunilha”), copos e os talheres foram trazidos. Talheres eram em metal e tudo foi servido em louça, com pintura de flor de bauhinia, símbolo da empresa e também de Hong Kong.

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O que chamou atenção é que a entrada deveria ser frango defumado, mas no lugar havia uma salsicha fatiada. Não sei se era aquela a proposta original, mas o fato é que Shanghai era onde havia o surto da nova gripe aviária, sendo que consumo de frango não estava sendo recomendada e eles podiam ter feito a substituição pela salsicha.

Como havia comido no lounge antes de embarcar, o apetite não era dos maiores, mas a curiosidade me fez provar um pouco de tudo. Durante todo o serviço comissárias ofereciam pães aquecidos e as bebidas.

avaliacao_Hong_Kong_Airlines4Retirado o prato da entrada, foi a vez de trazerem a “sopa de costela suína e papaia”. O caldo tinha gosto de carne suína, mas não soube reconhecer se o que tinha dentro era a papaia (verde). Depois fui pesquisar e saber que essa sopa é típica na China e também em outros países asiáticos.

A carne assada que foi de minha escolha como prato principal. O sabor não era tão ocidental como eu esperava, já que era “carne assada ao molho de vinho tinto, com batata gratinada e vegetais ocidentais”. Era um corte estranho de carne bovina que em nada lembrava vinho tinto no gosto, mas que não estava ruim. Legumes (brócolis e cenoura), assim como o gratinado estavam deliciosos.

Pedi chá para acompanhar e de tempos em tempos o conteúdo era reposto, assim como os pães.

Entretenimento

avaliacao_Hong_Kong_Airlines7Em duas horas de voo, incluindo decolagem, aterrissagem, mais o tempo em que as refeições são servidas, sobra muito pouco para entretenimento. Com os fones fornecidos pela empresa, escolhi inglês no menu de idiomas. Era possível escolher entre filmes diversos, uma infinidade de álbuns de música de artistas locais e internacionais e também programas de TV, mas logicamente nada em português.

Era possível também acessar informações dos destinos aos quais a empresa voa, bem como ter informações em tempo real de nossa rota. Um controle remoto localizado na lateral podia ser usado, assim como diretamente na tela touch screen.

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O assento era ajustável em três configurações padrão: 180° flat bed, leitura ou vertical para decolagem e pouso, mas era possível se acomodar em qualquer ângulo entre 90° e 180°, regulando os encostos para costas e pernas.

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Chegada

O Aeroporto Internacional de Hong Kong é hub da companhia e um importante ponto de entrada para a Ásia. A principal companhia aérea é a Cathay Pacific, mas é possível ver aviões das principais e maiores companhias do mundo. Para entrar em Hong Kong, cidadãos brasileiros precisam de visto, que é cedido na hora, mediante a apresentação de um simples formulário.

Passageiros da classe executiva desembarcaram primeiro, seguidos dos demais. Como já mencionado anteriormente, a gripe aviária na China era uma grande preocupação e todos os passageiros chegando tinham a temperatura verificada por um medidor infravermelho. Passada a imigração, que não faz questionamentos, fomos ao carrossel para recolher as malas que saíram primeiro, em função da etiqueta de prioridade.

Conclusão

A Hong Kong Airlines tem todas as qualidades das companhias aéreas asiáticas e do Oriente Médio que as tem feito conquistar importantes premiações e admiração de passageiros. O cliente é tratado como um importante parceiro e a experiência de voar, que faz parte de qualquer viagem, é valorizada do começo ao fim.

Como faz mais voos regionais, é uma forte recomendação para quem for se locomover de ou para Hong Kong. O destino mais longínquo do hub é para o aeroporto inglês de Gatwick, mas há informações que em função de baixa demanda, o trecho será em breve cancelado. Não sei quando retorno a Hong Kong, mas recomendo fortemente para quem pensa em ir visitar essa região.

Agradecemos ao Rogério pela ótima avaliação, que certamente será de grande valia aos leitores que planejam viagens à China e região. E você? Já voou com a Hong Kong? Deixe suas impressões nos comentários!  Você pode conferir todas as avaliações publicadas pelo MD neste post

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