Fui parar na salinha da imigração: aprenda a tirar a Autorização de Viagem Eletrônica do México!
Fui parar na salinha da imigração: aprenda a tirar a Autorização de Viagem Eletrônica do México!
No final do ano passado, o México suspendeu o acordo de vistos que mantinha com o Brasil, passando a exigir uma autorização prévia à viagem para alguns passageiros brasileiros. Estive no México em fevereiro e passei por maus bocados por lá, simplesmente por ignorar algumas particularidades desse novo documento. Se liga nas dicas pra você não passar perrengue igual a mim!
Quem precisa da Autorização Eletrônica de Viagem para o México?
Antes de falarmos da autorização, é preciso lembrar que alguns brasileiros não precisam da Autorização Eletrônica de Viagem para entrar no México:
- Residentes permanentes no Canadá, Estados Unidos, Japão, Reino Unido, Irlanda do Norte, um dos países do espaço Schengen, da União Europeia ou da Aliança do Pacífico (Chile, Colômbia, México e Peru);
- Aqueles que possuem visto de turismo vigente do Canadá, Estados Unidos, Japão, Reino Unido, Irlanda do Norte ou qualquer país do Espaço Schengen.
Aí foi meu primeiro erro: eu tenho um visto americano válido. Mas, como o da minha esposa estava vencido, achei melhor também preencher o formulário e deixei o passaporte vencido com o visto americano em casa. Não faça isso! Leve o passaporte, ainda que tenha que esperar pelas outras pessoas do grupo (já, já, você vai entender…).
Quem não se enquadra em nenhuma das hipóteses acima, deve preencher o “Autorização Eletrônica”, que não tem custo algum e deve ser preenchida no site do governo mexicano.
Quanto tempo antes da viagem devo solicitar a Autorização Eletrônica de Viagem para o México?
A autorização pode ser solicitada até 30 dias antes da sua viagem e é válida para entrar no México 30 dias após sua emissão. Trata-se de um formulário (aparentemente) super simples, onde se preenchem dados pessoais, do voo e da estadia. Dica importante: nesse campo abaixo preencha os nomes igual estão no passaporte válido.
Eu tenho o costume de não colocar o sobrenome do meio e nunca tinha tido problemas com isso, seja para embarcar em voos, seja em formulários como esse. Mas vai por mim: copie igualzinho o que está no seu passaporte!
Pois bem, ao chegar no Aeroporto de Cancún, os passageiros já são separados por filas: aqueles que têm a isenção pegam uma fila menor e passam com tranquilidade pela imigração (pelo menos foi assim no dia que estive lá). Quem precisa de autorização pega a fila maior.
Ao chegar a nossa vez, o oficial disse que os nossos nomes estavam errados na Autorização, pois não estavam exatamente iguais ao passaporte (sim, se é pra errar, eu já erro logo os dois formulários juntos, afinal, casamento é na alegria e na tristeza 😂).
Tomei um susto e perguntei o que teria que fazer. Ele apontou para um funcionário da companhia aérea (Aeroméxico), que me informou que teríamos que preencher o formulário novamente ali mesmo, usando o celular. Por sorte os celulares estavam com bateria e o aeroporto conta com Wi-Fi gratuito (mas e se tivesse fora do ar no dia?).
Preenchemos novamente! Enviamos para um email que o funcionário da Aeroméxico nos forneceu e aguardamos alguns demorados minutos para receber a nova autorização impressa. Depois, aguardamos novamente na fila. Quando chegou a minha vez, por azar meu, o agente inseriu algum dado da minha Autorização no sistema de forma errada e aí… (tô falando pra você evitar essa Autorização se puder!).
Isso (do erro) eu só fui entender depois. Na hora ele só chamou um policial para me acompanhar para uma “entrevista secundária” e ordenou que minha esposa seguisse, pois com a entrada dela estava tudo certo. Minha primeira experiência na salinha de imigração, que emoção! #sqn
Logo na entrada meu celular foi confiscado e tive que esperar um bocado pela minha vez. Mas não era um clima de “prisão”, a salinha estava com a porta sempre aberta e pude usar o banheiro.
Enquanto esperava tentava me acalmar repetindo pra mim mesmo: “Você não fez nada errado… já entrou no México outras vezes, não tem com que se preocupar… É só manter a calma e responder com honestidade às perguntas!”
Quando chegou a minha vez, fui entrevistado por dois agentes (lembrei dos filmes e fiquei imaginando: um deve ser o policial bonzinho e o outro o malvado). Mas as perguntas foram as triviais: pra onde você vai, com quem, quantos dias, onde você vai ficar, quanto dinheiro leva. Tudo pra pegar uma incoerência com o que havia declarado no formulário. Como respondi tudo de acordo fui liberado e então me explicaram do erro de digitação do oficial de imigração.
No fim tudo acabou bem, a viagem foi ótima e pude conhecer um novo paraíso no México, chamado de Holbox (recomendo!). Mas certamente não repetiria os erros que cometi (todos evitáveis) numa próxima visita. Se esse post servir para alguém evitar esse constrangimento, já ganhei meu dia.
Vale ressaltar que os brasileiros que viajam para o México por via terrestre ou marítima, devem solicitar o visto físico, como faziam os Astecas. Aqui também valem as isenções para quem se enquadra em uma das categorias listadas no início do post.
E você, já foi parar em alguma salinha de imigração? Como foi a experiência? Conta pra gente!