Assentos para voar quase em pé? A verdade sobre a polêmica das “poltronas econômicas”


Assentos para voar quase em pé? A verdade sobre a polêmica das “poltronas econômicas”
Um perfil do Instagram com mais de 2,8 milhões de seguidores divulgou que várias companhias aéreas estariam prestes a adotar um novo tipo de assento, em que os passageiros viajariam praticamente em pé durante os voos – e isso viralizou!
Parecido com uma sela de cavalo (?), a foto que dominou as redes indicando a “novidade” mostra o encosto seguido por um pequeno assento. Ficando quase em pé, a pessoa apoiaria parte das nádegas e manteria as pernas parcialmente flexionadas durante o voo.
É claro que diante da proposta incomum, não demorou muito e a informação viralizou na internet. No entanto, nem tudo nessa história é verdade e vamos esclarecer isso nesse post!
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Skyrider 2.0 – Foto: Aviointerior / Divulgação em 2012
O que é verdade?
A Aviointeriors é uma empresa italiana que fabrica assentos de aviões há mais de 50 anos. E, de fato, desenvolveu o Skyrider 2.0, poltronas incomuns que sugeriam viagens de avião com passageiros quase de pé.
O problema dessa história é que o Skyrider é frequentemente confundido como um assento finalizado e pronto para uso, quando, na verdade, foi um protótipo conceitual criado em 2012.

Skyrider 2.0 – Foto: Aviointerior / Divulgação em 2012
Para esclarecer o assunto retomado recentemente, a Aviointeriors explicou que o assento foi criado à época como um exercício provocativo em inovação de design.
“Projetado como uma resposta ousada a um dos maiores desafios da indústria da aviação, ele buscava maximizar espaço e ergonomia, mas nunca foi pensado para ser levado ao pé da letra”, publicou a marca no Linkedin.
Publicação nas redes
Com a foto do protótipo de 2012, a postagem afirmou que para reduzir os gastos, “diversas companhias aéreas de baixo custo introduzirão opções de assentos em pé a partir de 2026”. Após essa divulgação, a informação foi compartilhada por outros sites e até jornais, como o britânico Daily Mail, gerando dúvidas e preocupando muitos viajantes.
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A publicação ainda dizia que o novo tipo de assento “atendeu aos requisitos regulatórios e passou nas avaliações de segurança” após muitas discussões.
Além disso, o perfil informou que o “novo design inclui assentos acolchoados, estilo bicicleta, que permitem que os passageiros se inclinem em vez de sentar, aumentando potencialmente a capacidade da aeronave em até 20%”.
Sem mencionar nenhum nome de companhia aérea, o post dizia que o assento seria mais viável em viagens curtas, de até duas horas, e que “as companhias aéreas afirmam que os novos assentos atendem às normas globais de segurança e serão restritos a voos específicos”.
Com tantas informações falsas envolvendo o nome da Aviointeriors, a empresa reforçou no Linkedin que “está bem ciente das demandas atuais do mercado, unindo qualidade, conforto e o inconfundível toque do Made in Italy em cada produto que cria.” E que, por enquanto, “o Skyrider não faz parte de sua linha oficial.”
Futuro da aviação: inovação X realidade
Diante de tanto boato, fato é que indústria aérea está sempre buscando soluções para aumentar a capacidade dos aviões e reduzir custos, mas isso não significa que os passageiros terão que voar em pé tão cedo.
Portanto, é importante reforçar que não há confirmação oficial de que qualquer companhia aérea planeja usar esse assento.
Até porque, um assento diferente assim envolveria muitas questões, como a segurança do voo e até mudanças estruturais nos próprios aviões, para conseguir comportar mais pessoas no peso permitido.
Empresas como a Aviointeriors continuam desenvolvendo projetos inovadores, mas a prioridade ainda é equilibrar eficiência e conforto. Enquanto o Skyrider 2.0 permanece apenas como um conceito curioso, os passageiros podem respirar aliviados: por enquanto, ninguém será obrigado a viajar em pé em voos comerciais.
Você viajaria quase em pé se fosse para economizar? Deixe sua opinião nos comentários!