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Anac estuda retorno das operações do Boeing 737 MAX no Brasil

Daniel Gadelha
14/08/2020 às 11:53

Anac estuda retorno das operações do Boeing 737 MAX no Brasil

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) está analisando a proposta divulgada pela Agência Federal de Aviação dos Estados Unidos (FAA, na sigla em inglês) de modificação no projeto de sistema de controle de voo das aeronaves modelo Boeing 737-800 MAX. A medida faz parte dos estudos de validação para retorno dos voos com o modelo, suspensos desde março de 2019 no Brasil, e tem como objetivo demonstrar que o projeto com as modificações propostas pela FAA é seguro e atende aos requisitos de aeronavegabilidade necessários.

A proposta ficará disponível para consulta por 45 dias, quando a FAA publicará a regra final correspondente, contendo as instruções de cumprimento mandatório necessárias para o retorno seguro às operações do modelo. No entanto, no Brasil a volta das operações com o avião ainda passará por validação final da Anac, que desde abril de 2019 faz parte do grupo de autoridades validadoras.

Antes do Boeing 737 MAX retornas aos ares, também é necessário que o processo que comprova a segurança e o cumprimento com os requisitos de Certificação de Tipo para este modelo de aeronave seja concluído, além da avaliação de aspectos operacionais e de treinamento.

Quais foram os problemas que levaram ao acidente com o Boeing 737 MAX

A Boeing implementou um sistema de manobra que interfere no controle de voo usando dados válidos de apenas um sensor. Nos dois acidentes, houve uma divergência nos dados dos sensores que gerou uma desestabilização da aeronave.

Outro problema encontrado é que no manual do avião não tinha informações claras para os pilotos sobre o funcionamento do MCAS. Lembrando que esse sistema que não existe em nenhum outro modelo de aeronave. Houve ainda questionamentos sobre a adequação do treinamento dado aos pilotos para a operação do MAX e o funcionamento do MCAS, e da falta de simulação de situações semelhantes, como as que levaram aos dois acidentes.

O post “Boeing 737 MAX: o que deu errado e o que está sendo feito para garantir a segurança dos voos” explica em detalhes as características do projeto de concepção dessa aeronave, o que já se sabe sobre o acidente com os voos da Lion Air e da Ethiopian, e quais as correções adotadas para evitar novos desastres.

Imagem de Jon Ostrower (@jonostrower)

A crise do 737 MAX já custou à Boeing mais de R$ 100 bilhões (19 bilhões de dólares). Com centenas de pedidos cancelados, a empresa ainda enfrenta investigações criminais e do Congresso norte-americano. Mas finalmente há uma luz no fim do túnel para seu polêmico projeto.

Com informações do portal da Anac.


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