Anac limita número de passageiros e proíbe novos voos em Noronha – veja o que muda!


Anac limita número de passageiros e proíbe novos voos em Noronha – veja o que muda!
Uma nova medida da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) divulgada na tarde de hoje impõe limitações ao número de passageiros por voo e proíbe as companhias aéreas de aumentar operações em Fernando de Noronha.
A ação tomada pelo órgão regulador é válida até 15 de agosto e vem na esteira de dois episódios de aviões da Azul e da Gol que afundaram na pista do aeroporto do arquipélago após o asfalto ceder, e que levaram autoridades federais a exigir esclarecimentos da administração do terminal e do governo de Pernambuco.
Entre as medidas implementadas pela Anac estão:
• o congelamento da quantidade de voos autorizados
• a limitação de operações simultâneas
• a redução do “parâmetro de resistência” do asfalto, para limitar o peso dos aviões que operam no aeroporto
A Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear) informou que as “companhias ajustarão suas malhas aéreas a partir desta sexta-feira (04) para atender às restrições temporárias”, e que os voos serão operados somente em condição de “pista seca”.
A entidade orientou os passageiros a buscar informações sobre remarcação e reembolso nos sites de Azul, Gol e Latam.
Falhas na pista e obras (muito) atrasadas
Os problemas em Noronha começaram há três anos. Em outubro de 2022, a Anac proibiu a operação de jatos (como os Embraer E195 da Azul, os Airbus A319 da Latam e os Boeing 737 da Gol) em Fernando de Noronha por conta de buracos e fissuras na pista.
A partir daí, foram elaborados projetos para reformas, mas as obras começaram apenas em outubro de 2024, ou seja, com atraso de cerca de dois anos. A promessa inicial do governo de Pernambuco era de conclusão em dois meses, mas até hoje os trabalhos não foram finalizados.
Em março deste ano, a Anac liberou o aeroporto de Fernando de Noronha para receber jatos. À época, o Ministério de Portos e Aeroportos deu a previsão de conclusão das obras até o fim de 2025. Porém, segundo a Anac, ainda em março, a reforma das áreas pavimentadas foi paralisada novamente.