Anac esclarece que não proíbe transporte de coelhos em voos comerciais
Anac esclarece que não proíbe transporte de coelhos em voos comerciais
A Agencia Nacional de Aviação Civil (Anac) publicou uma portaria que reforça que empresas aéreas nacionais e internacionais são autorizadas a transportarem coelhinhos nas cabines de seus aviões. Até o momento, somente cães e gatos são transportados na cabine de passageiros, ou no porão das aeronaves.
A portaria também estabelece que a oferta e a prestação do serviço por parte das companhias aéreas não podem representar riscos para os passageiros, para a segurança da aviação civil e para o próprio animal.
Como viajar com coelho de estimação?
Embora a Anac tenha deixado claro que o transporte dos bichinhos está liberado (desde que cumprida com as exigências da portaria), ainda deve demorar um pouco até que você se depare com um passageiro fofinho ao seu lado.
Primeiro, é preciso que as companhias aéreas comecem a oferecer o serviço, que poderá ser adotado por todas, ou não, já que a portaria para o serviço não gera uma obrigação por parte das empresas. As regras, procedimentos e tarifas para o transporte do animal – assim como já acontece com cães e gatos – serão estabelecidas pelas companhias aéreas. E se não forem observadas com atenção pelos passageiros, o embarque poderá ser negado.
Entramos em contato com a Azul, Gol e Latam questionando se elas irão oferecer o serviço e pedindo mais informações sobre os procedimentos necessários e valores cobrados. A Azul e a Latam responderam dizendo que não prevêem mudanças nas suas regras para o transporte de pets na cabine. Já a Gol informou que, no momento, também não tem intenção de oferecer o serviço.
Caso do coelhinho Alfredo
O coelho Alfredo viajou do Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, para a Irlanda em novembro do ano passado, porém, sua jornada não foi nada fácil. Mesmo os tutores do bichinho tendo uma decisão judicial que deveria garantir a sua viagem, a companhia aérea impediu o seu embarque, o que gerou discussão e conflito físico entre os passageiros e funcionários da empresa.
Alfredo e sua família só conseguiram embarcar no dia seguinte, com nova decisão judicial e escoltados pela polícia.
A portaria pode evitar que situações como a enfrentada pelo coelho Alfredo aconteçam novamente e possibilitar que passageiros possam viajar com seus coelhinhos sem a necessidade de procurar a justiça.
Com informações do Diário Oficial da União.
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