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Air France-KLM planeja operar trens em rotas curtas dentro da França

Bruna Scirea
27/05/2020 às 11:48

Air France-KLM planeja operar trens em rotas curtas dentro da França

A Air-France KLM estuda a possibilidade de substituir a operação de aeronaves por trens em rotas curtas dentro da França. A novidade foi apresentada ontem, durante uma apresentação de resultados aos acionistas do grupo, como uma das medidas para reduzir gastos e também a emissão de poluentes em suas operações domésticas.

Segundo as companhias, além de poluir menos, é muito difícil competir com os preços das passagens ferroviárias, que têm menos impostos e taxas e custo mais baixo de operação em distâncias pequenas. O transporte ferroviário poderá trazer vantagens econômicas ao grupo — somente no último ano, a Air France teve um prejuízo de 200 milhões de euros na operação de voos domésticos.

Atualmente, as companhias aéreas já têm parceria com o serviço ferroviário na França, e passageiros podem usar milhas aéreas nas viagens do TGV, o trem de alta velocidade do país. O anúncio de a Air France-KLM passar a operar viagens de trem, embora não especificado se por conta própria ou em parceria com alguma empresa de transporte ferroviário, vem um ano após o grupo ter reconhecido o TGV como o principal concorrente nas rotas domésticas francesas.

Outros fatores também fazem pano de fundo ao anúncio: recentemente a Air France recebeu um apoio financeiro de 7 bilhões de euros do governo francês. Em contrapartida, a companhia aérea teria de fortalecer políticas de sustentabilidade e, mais importante, se comprometer em não competir com os serviços do TGV em viagens que tenham menos de duas horas e meia de duração. Aliás, pode ser uma tendência na Europa: em janeiro, a prefeita de Barcelona afirmou cogitar proibir voos entre a cidade e Madri.

A reformulação das rotas dentro do país e as estratégias para o início da operação de trens devem ser apresentadas ainda neste ano, também levando em consideração a situação de outras companhias aéreas europeias frente à pandemia da covid-19.

Para os passageiros das rotas curtas dentro da França, o fortalecimento do transporte ferroviário no país também pode significar economia de tempo e dinheiro. As viagens com trens de alta velocidade são apenas um pouco mais demoradas do que as de avião (se considerar o tempo de check-in e embarque, muitas vezes a duração da viagem acaba se igualando nos dois modais) e consideravelmente mais em conta, uma vez que no valor dos bilhetes não estão embutidas taxas, como as aeroportuárias.

Em relação à crise do setor aéreo, a companhia não espera que o setor aéreo volte aos padrões pré-pandemia antes de 2022. Os planos de investimento do grupo foram reduzidos em um terço e os custos de operação também devem ser encolhidos.

*Com informações do The Brussel Times e do Simple Flying

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