Companhias aéreas internacionais querem investir na Gol para fortalecer presença no Brasil, diz jornal


Companhias aéreas internacionais querem investir na Gol para fortalecer presença no Brasil, diz jornal
Em uma reportagem exclusiva, o Valor Econômico relevou que os bastidores da aviação estão movimentados! Segundo fontes ouvidas pelo jornal, grandes companhias aéreas internacionais estão de olho na Gol para fortalecer suas operações no Brasil.
Conforme a notícia, as empresas americanas United e American Airlines, e as europeias Air France-KLM, o Lufthansa Group e o International Airlines Group (que controla marcas como Iberia e British Airways) têm discutido fazer um aporte de recursos à Gol, que busca levantar US$ 1,8 bilhão para concluir seu processo de recuperação judicial nos Estados Unidos.
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Interesse na Gol
O interesse dessas gigantes do setor aéreo tem um objetivo claro: garantir maior conectividade para seus voos no Brasil, especialmente nos aeroportos de Guarulhos, em São Paulo, e Galeão, no Rio de Janeiro, onde a Gol tem forte atuação. Com isso, elas conseguiriam melhorar a distribuição de seus passageiros dentro do país.
As conversas giram em torno de aportes financeiros que não dariam controle sobre a Gol, mas poderiam ser feitos por meio de compra de ações ou dívida. Esse tipo de investimento normalmente vem acompanhado de acordos operacionais, como exclusividade em algumas rotas. Foi assim que American Airlines e Gol, e também United e Azul, firmaram parcerias no passado.
A conexão da Gol com Guarulhos e Galeão é um fator estratégico para as aéreas internacionais. Isso porque, ao operar em um número limitado de aeroportos de grande porte ao redor do mundo, elas precisam de parceiros locais para levar os passageiros até seus destinos finais dentro do Brasil.
De acordo com fontes consultadas pelo Valor Econômico, tanto as empresas americanas quanto as europeias já estão negociando ativamente com a Gol. O interesse aumentou ainda mais depois do anúncio de um possível acordo entre Gol e Azul, já que quem ficar de fora dessa movimentação pode perder relevância no mercado regional e precisará buscar outra parceria.
“A possível junção com a Azul também colabora, mas, independentemente do negócio, o que interessa para essas empresas no momento é Guarulhos e Galeão. A Gol entrou no Chapter 11 com um acordo muito forte com a Air France e American Airlines, mas agora é natural ter uma posição de chamar a atenção de muitos grupos”, disse uma fonte, que acompanha o tema de perto, ao Valor Econômico.
No caso da Latam, a empresa já tem uma relação consolidada com a Delta, por meio de uma joint venture. Já a United tem participação de cerca de 5% no capital da Azul, e as duas chegaram a ter um acordo de exclusividade, que não foi renovado.
Investidores estratégicos
Recentemente, a Abra (holding da Gol) e a Azul assinaram um memorando de entendimento (MoU) para uma possível fusão. No mesmo dia, a Gol atualizou seu plano de cinco anos, destacando a necessidade de captar US$ 1,85 bilhão por meio de emissão de ações e dívida. É nesse contexto que as aéreas internacionais entram como possíveis investidores estratégicos.
Se o acordo entre Azul e Gol avançar, a movimentação deve pressionar ainda mais as líderes globais, principalmente as americanas.
Caso a nova companhia formada por essa fusão decida fechar um acordo exclusivo com uma empresa aérea para voos entre Brasil e Estados Unidos, quem ficar de fora – seja a United ou a American Airlines – pode perder competitividade.
Leia a reportagem completa e exclusiva, do jornalista Cristian Favaro, no jornal Valor Econômico.