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Ilhas Falkland: roteiro de 7 dias nas Malvinas

Bruna Scirea
30/01/2019 às 16:52

Ilhas Falkland: roteiro de 7 dias nas Malvinas

Se tivesse de ser resumida, uma viagem às Ilhas Falkland ou Malvinas poderia ser assim descrita: um passeio por uma terra peculiar, onde vivem poucas pessoas e centenas de espécies de animais, um paraíso praticamente intocado, que nem de longe parece ter sido palco de uma das mais famosas e recentes guerras do Atlântico Sul, a Guerra das Malvinas. Como já dito no primeiro post da série, as Falklands são um lugar de silêncio e, hoje, muita paz — ideal para descansar, fugir dos grandes centros e observar a natureza.

Leia mais: 
Falklands: um destino exótico, cheio de história e vida selvagem
Dicas de como planejar uma viagem para as Ilhas Falkland

Mas o que fazer nas Ilhas Falkland? Para essa pergunta, não existe resposta única. Não que sejam muitos os roteiros possíveis por este arquipélago — mas é que tudo dependerá de pelo menos duas questões. A primeira delas é o tempo que você permanecerá no destino: há somente um voo semanal (sempre aos sábados) ligando o Aeroporto Mount Pleasant, nas Malvinas, e o Aeroporto de Punta Arenas, no Chile. Isso significa que você ficará 7 ou 14 dias no local — isso pode mudar em breve, já que a Latam planeja ter um voo direto ligando São Paulo a Stanley, capital das Falklands.

Já a segunda a questão tem a ver com o que você pretende: uma viagem totalmente voltada à observação da vida selvagem ou um roteiro com pausas para conhecer a história da guerra entre o Reino Unido e a Argentina, que deixou quase mil soldados mortos em 1982?

Seja como for, passear por lá exigirá planejamento. Diferentemente de quase todos os lugares turísticos do mundo, você dificilmente conseguirá conhecer as Ilhas Falklands se não tiver pensado em tudo com muita antecedência — e provavelmente com a ajuda de uma agência local. Isso porque as atrações — diversas ilhas, onde se concentram distintas espécies animais -— ficam distantes umas das outras e você dependerá de transfers e voos domésticos, que devem ser agendados bastante tempo antes, já que são poucas as aeronaves e as rotas não são fixas, e sim programadas conforme a demanda dos visitantes. Além disso, são poucas as opções de hospedagem, sobretudo fora da cidade de Stanley.

Dá trabalho? Um pouco. Vale a pena? Totalmente. Para te ajudar, preparamos um post com dicas práticas e tudo o que você precisa saber para planejar uma viagem às Malvinas, confira aqui.

Mas agora, vamos à experiência real: o roteiro que fiz nos 7 dias pelas Falklands. Em valores atualizados, esse itinerário tem o custo médio de 1.800 libras (R$ 8.600 na conversão de 4 de fevereiro de 2014) por pessoa em acomodação dupla ou de 2.200 (R$ 10.500) em quartos individuais.

Dia 1 – Chegada nas Falklands (Malvinas)

Após três voos, com o intervalo de uma noite para descansar em Santiago, cheguei ao Aeroporto Mount Pleasant, na base militar britânica das Falklands, às 13h do sábado 25 de novembro de 2017. Passei pelo setor de imigração, onde o passaporte foi carimbado com um simpático pinguinzinho e, já no desembarque, o transfer esperava para nos conduzir (fui com um grupo de jornalistas chilenos, à convite da Embaixada Britânica) até Stanley, distante cerca de 40 minutos do aeroporto internacional.

No caminho até o hotel, as primeiras impressões: uma terra de imensas áreas planas, sem árvores, onde predomina o vento, os animais selvagens, a natureza praticamente intocada e uma pequena população extremamente acolhedora — como era a motorista da agência, que não poupou nas respostas para tantas perguntas que disparamos logo nos primeiros minutos da viagem.

stanley malvinas falklands cidade

Stanley é a única cidade das Falklands, com cerca de 2 mil habitantes

Em Stanley, ficamos hospedados no novíssimo Waterfront Hotel, às margens da baía. De fora, a construção já é uma graça. Dentro então, nem se fala: puro conforto e bom gosto, como é possível ver nas fotos. Depois de um passeio para reconhecer a cidade (que devido ao tamanho, não toma muito tempo), jantamos no hotel e descansamos confortavelmente, preparando-nos para o dia seguinte.

Aqui vale um parênteses para falar da comida. Como já disse, as Malvinas são um lugar de muito vento e pouca natureza — a vegetação é baixinha, praticamente sem árvores. Assim, você deve imaginar que a alimentação seja relativamente limitada, baseada em peixes, carnes (bastante vitela e ovelha) e vegetais congelados, além de massas, hambúrgueres e pizzas.

Foi basicamente isso o que comi durante a semana em que estive por lá. As poucas frutas, como é possível ver no valor em libras acima, são bem caras.

Dia 2 – Volunteer Point, a maior colônia de pinguins-rei

Depois de tomar um café britânico bem reforçado, com direito a ovos, bacon, geleias e outras delícias, partimos para o primeiro passeio: um bate-volta até Volunteer Point, um dos mais populares pontos turísticos das Falklands, que abriga a maior colônia de pinguins-rei do arquipélago. Devido a parte do trajeto ser off-road e o solo estar encharcado, levamos três horas para chegar lá (normalmente o percurso é feito em pouco mais de duas horas). Parece muito, mas as paisagens ao longo do percurso são tão diferentes e bonitas que, na verdade, nem percebemos a distância. Além do mais, quando cheguei lá, essa foi uma das primeiras cenas que vi:

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A maior colônia de pinguins-rei das Falklands está em Volunteer Point. Parece um fundo de tela, não?

Esses três atrapalhados, que medem quase um metro de altura, vinham em minha direção. O primeiro comandava a caminhada e o do meio parecia não estar muito contente com o último, porque além do barulho que fazia, ainda dava umas asadas no coitado. Encantada com essa cena, foi assim que quase fui atropelada por pinguins me apaixonei pela primeira vez pelas Falklands.

Caminhando mais um pouco, chegamos a um ponto mais alto do terreno, onde centenas de pinguins se reuniam — e pareciam não estar nem aí para os visitantes que se aproximavam (pero no mucho) para fotografá-los. E como não encher a memória da câmera com esses bichos, me explica? É só apontar… e a foto vai sair como se você fosse fotógrafo da National Geographic. Tá, nem tanto. Mas olha:

Após muito ouvir o som das aves e observar como se movimentam e interagem, percebi que muitos pinguins estavam indo e vindo de uma praia. Resolvi seguir uma caravana deles.

E, meu amigo…

O mar era azul esverdeado e a areia branquinha. Não fosse o vento constante e o frio cortante, dava até para se sentir no mar do Caribe. Nesse cenário, com roupa térmica e me desvencilhando da luva somente para tirar fotos, passei um bom tempo. Passado o meu frenesi para registrar tudo o que via pela frente, fiquei sentada na praia, que tem dois quilômetros de extensão, acompanhando a rotina dos pinguins-rei e também dos pinguins-de-Magalhães. Foi quando, lá pelas tantas, fui surpreendida por um bicho que, de início, eu não sabia o que era, mas que saía da água e vinha se rastejando pela areia, meio que na minha direção. Era um elefante-marinho, esse da primeira foto:

Nesta tarde me dei conta de que o tempo pode passar rápido, mesmo sozinho, mesmo longe do celular, mesmo no meio do nada — desde que estejamos entretidos. Quando me chamaram pra comer um lanche e voltar para Stanley, percebi que já havia passado umas três ou quatro horas desde que havíamos pisado ali. Eu não tinha percebido, mas sentia: estava muito, muito, na paz.

Doeu um pouco ter de ir embora — até porque você vai sabendo que dificilmente verá tudo aquilo outra vez na vida, a não ser que volte para ali. Por isso recomendo: é possível passar uma noite em Volunteer Point, com a garantia de ver o sol se pôr e nascer no dia seguinte, quando a movimentação dos pinguins é completamente diferente e a luz é única. Só vi esses momentos por fotos – e quase chorei de tanta beleza.

pinguim-rei falklands malvinas o que fazer

Dia 3 – Museu e arredores de Stanley

Como eu estava com um grupo de jornalistas que visitava as ilhas, parte da programação foi destinada a reuniões com representantes do Turismo nas Falklands. Conto isso por um único motivo: mesmo tendo parte da programação um pouco mais burocrática, consegui conhecer muito das Malvinas no período em que estive lá. E, ficando uma semana nas ilhas, você certamente conseguirá fazer ainda mais passeios do que eu fiz.

Pois bem… No terceiro dia, após uma manhã de conversas sobre o turismo no país, fiz um breve passeio pelas ruas de Stanley, onde havíamos dormido mais uma noite. Passeei pela orla e fui compreendendo um pouco mais sobre o que representou a Guerra das Malvinas para as Falklands e sua população. São diversos os monumentos dedicados aos soldados que morreram na batalha (foram quase mil mortos em pouco mais de 70 dias de conflito). Em alguns trechos próximos às estradas, ainda é possível ver helicópteros caídos e outros resquícios daqueles tempos. Aos que se interessam pelo assunto, vale acrescentar no roteiro passeios guiados sobre a temática (algumas sugestões estão neste post cheio de dicas).

À tarde, visitamos o The Historic Dockyard Museum, museu localizado bem próximo à orla de Stanley, que reúne boa parte da história das ilhas. Lá é possível ver réplicas de animais típicos da região, miniaturas de embarcações que passaram por ali, vestimentas e mobiliários de época e compreender mais da cultura e da trajetória das Falklands.

Após, acompanhados por um jornalista local, visitamos a Yorke Bay e a Gipsy Cove, em uma região de praias bem próxima à cidade. Por ali, no verão, falklanders costumavam encarar as ainda baixas temperaturas e aproveitar o mar para nadar. Desde 1982, no entanto, a orla é frequentada somente por pinguins, uma vez que, mesmo com a limpeza do lugar, ainda há risco de minas terrestres sob as dunas.

Em seguida, visitamos o Cape Pembroke Lighthouse, um antigo farol, localizado no ponto mais ao leste das Falklands. A visita vale, sobretudo, pela vista da imensidão do mar logo à frente. em seguida, retornamos à cidade. Passamos mais uma noite em Stanley, para no dia seguinte se aventurar até a ilha mais ao sul das Malvinas.

Dia 4 – Sea Lion Island

É aí que a verdadeira experiência pelas Falklands começou. Fomos até o Aeroporto de Stanley (de voos domésticos), de onde partem os bimotores da FIGAS, a companhia aérea estatal, para os pontos mais remotos das ilhas. No nosso caso, o destino era a Sea Lion Island, a ilha mais austral das Malvinas e um dos mais procurados destinos por turistas que desejam observar a fauna da região.

No meu primeiro voo com a FIGAS tive o privilégio de me sentar no banco da frente, bem ao lado do piloto. O medinho inicial — me assustava a ideia de estar em uma aviãozinho muito pequeno, sobrevoando ilhas, distante do continente, em um local que venta muito — logo deu espaço à contemplação. A cerca de uma hora de voo foi pouco. Eu poderia ter passado horas e horas e horas olhando a paisagem, as ilhotas rodeadas por um mar azul esverdeado, e conversando com o piloto, que com muita paciência respondeu minhas diversas perguntas — entre elas, a de onde ele aprendeu a pilotar: na Inglaterra, que é para onde praticamente todos os jovens das Falklands vão para fazer faculdade ou buscar formação técnica.

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Stanley e suas casas de telhados coloridos vistas de cima

Após uma breve parada para deixar outros passageiros em uma ilha próxima, a Bleaker, chegamos à ilha Sea Lion, que reúne a maior colônia de elefantes e leões marinhos das Falklands e, em outubro de 2017, ganhou o título de Reserva Natural.

A pista de terra onde pousamos fica logo em frente à única construção em toda a ilha: o Lodge Sea Lion, uma grande e aconchegante casa, onde ficamos hospedados por uma noite. Deixei o mochilão no quarto, tomei um chá com bolachas, que nos foi oferecido pelos anfitriões, e fui explorar a área.

Bastam cinco minutos de caminhada desde a hospedagem para chegar à praia principal, onde elefantes-marinhos passam o dia cochilando sob o sol. São metros e metros de paisagem com a mesma cena: os bichinhos deitados sobre a areia, disputando espaço uns com os outros ou roncando — e roncando alto! Bem bizarro.

Aí você pode escolher entre se sentar sobre algumas pedras, em uma parte mais elevada, e apreciar a vida selvagem, ou então seguir em caminhada por entre os elefantes-marinhos, tendo o cuidado para não chegar perto demais. Dizem que, caso se sintam ameaçados, eles podem dar umas mordidas — eu que não resolvi arriscar.

Segui pela praia e, ali pelas tantas, na orla, havia um elefante-marinho muito maior do que todos os outros. Era um macho, acasalando com uma das fêmeas. Ela aparentemente tentava fugir dele e ele fazia uns barulhos, que não sei nem descrever como eram, e avançava sobre ela com uma das nadadeiras, puxando-a pra perto dele (na foto abaixo até parece bonitinho, mas não se engane). Não vou entrar em detalhes, mas foi uma das cenas mais chocantes do mundo animal que eu vi. Deixei o casal de elefantes-marinhos a sós e fui observar os pinguins que cuidavam de seus ovos em uma parte um pouco mais afastada da orla.

No fim da tarde, a proprietária do lodge me deu uma carona até um ponto mais afastado da hospedagem, uma área de muitas pedras e penhascos. Ali, além de ouvir o canto de um leão-marinho, que tentava seduzir as fêmeas, pude ver de perto os pinguins Rockhopper, aqueles que têm um penachinho amarelo na cabeça. Coisa bem querida! Já não bastasse o visual, eles têm ainda um jeitinho todo especial, que justifica o nome que levam: são muito saltitantes, é assim que escalam as pedras. Na caminhada por cima do paredão de pedras fotografei dezenas de cormorões e então segui para ainda mais longe, onde sentada sobre uma rocha vi o entardecer contemplando um mar infinito.

Na manhã seguinte, iniciei o passeio novamente pela praia dos elefantes-marinhos. Isso porque, no café da manhã, havia encontrado uma equipe da rede de televisão britânica BBC, que estava há quase um mês na região para gravar cenas dos animais. Naquela madrugada, por volta das 5h, eles haviam registrado uma orca avançar sobre as pedras da praia, abocanhar e arrastar para dentro do mar uma elefanta — a cena era um das mais esperadas por eles. Bem, eu não vi nada, nem perto disso, na minha nova ida à praia, mas ainda assim valeu a pena. Andar no meio daqueles animais e poder ver como eles se comportam em uma ambiente completamente natural é emocionante.

Fiz um lanche ao meio-dia — o lodge oferece pacotes com sanduíches, bolos, frutas e sucos — e à tarde fui caminhando até outra praia, distante cerca de 20 minutos da casa. Lá pude ver muitos pinguins, uma lagoa onde patos, pinguins e elefantes-marinhos conviviam harmoniosamente.. e também acompanhei uma grande ave num ato que seria ilícito, não fosse completamente normal: roubando um ovo do ninho de um pinguim, que ficou completamente perdido, aparentando não compreender o que havia acontecido.

Dia 5 – Carcass Island

A Ilha Carcass está situada no extremo noroeste das Falklands e é assim chamada em homenagem à embarcação HMS Carcass, que visitou o local no fim do século 18. Com formação bastante peculiar, a ilha possui áreas de vastas planícies, outras de terreno bastante pedregoso. Em uma das pontas há penhascos, que tornam a paisagem ainda mais bonita, fora as praias de areia clara e cavernas. É um tesouro natural onde é possível encontrar várias aves, entre elas o Cobb’s Wren, que só vive por ali. Além dos pinguins Gentoo e de Magalhães, a ilha ainda abriga o carcará-austral, lá conhecido como Johnny rook. Ou seja: um paraíso para os observadores de pássaros.

Chegamos num voo Figas, aterrissando em um caminho de terra no meio de um descampado. Em solo, já estava nos esperando o queridíssimo senhor Rob McGill, há anos proprietário da única pousada da ilha. Como os aviões param em um canto um pouco distante, uma 4×4 auxilia no deslocamento das malas até o lodge.

Quando chegamos à casa, um belo de um café da tarde nos esperava. Na verdade, aguardava a gente e também dezenas de turistas que chegam à Carcass em cruzeiros e ali fazem uma pausa para um lanche antes de explorar a ilha a pé, não passando mais do que algumas horas em terra. Veja na foto abaixo essa belíssima e farta mesa, preparada por uma talentosíssima e simpática cozinheira vinda de Santa Helena, outra ilha britânica, perdida entre a África e a América do Sul.

Devidamente alimentada, fui explorar a ilha a pé, seguindo em um caminho à esquerda da casa, em direção a uma das praias de Carcass. Fui devagar, tirando fotos e contemplando a vista (que é o que precisa ser feito nas Malvinas) e, assim, levei um pouco mais de uma hora para chegar.

A Leopard Beach é uma praia de areia branca, onde vivem pinguins Gentoo e também pinguins-de-magalhães. Sentei na orla e fiquei ali, observando os animais por algum tempo. Dois pinguins brincavam todo empolgados, andavam rapidinho pela areia, entravam no mar, davam umas nadadas velozes e saíam pra beira da praia de novo. Pareciam se divertir. Só que lá pelas tantas, numa dessas nadadas aceleradas, deu pra ver que, na verdade, eles fugiam de um animal maior — do qual um deles não conseguiu escapar. Não sei direito se era um elefante-marinho ou o quê, mas se você tiver coragem, amplie as fotos e veja o momento que consegui registrar. A natureza acontecendo; eu, ali de testemunha.

De volta à casa, jantamos (eu e os dois jornalistas chilenos que me acompanharam na viagem) com um casal de suíços e um trio de ingleses que também se hospedavam no lodge. Um deles era o senhor Robin Woods, um britânico apaixonado pelas Falklands e seus pássaros, que em seus mais de 80 anos, já havia escrito vários livros catalogando e descrevendo as várias espécies de aves da região. Talvez aquela fosse uma das últimas, se não a derradeira, viagem dele para as ilhas do Atlântico Sul, às quais dedicou estudos de uma vida inteira. As Falklands também oferecem isso aos seus visitantes: conhecer pessoas de diferentes partes do mundo, que se encontram ali por algum motivo em comum. Você vai jantar com elas, vai encontrá-las novamente em algum outro canto do arquipélago e, no fim, vai trocar e-mail numa tentativa de manter o contato. É também pra isso que a gente viaja, né não?

Todas as noites, o chef chileno, de azul, perguntava o que queríamos para o café da manhã seguinte

Dia 6 – West Point Island

Em frente à base da Carcass Island, distante a uma travessia de barco, está a ilha West Point — que devido à grande presença das aves, já foi chamada de Ilha do Albatroz. Um dos pontos altos da ilha é o Nariz do Diabo, acessível a uma caminhada de cerca de 2 km desde o trapiche onde o barco larga passageiros. Esse foi o destino do nosso sexto dias nas Falklands.

A travessia de barco, por si só, já foi incrível, com golfinhos de Commerson nos acompanhando pelo percurso. E também foi de uma beleza indescritível poder fazer um lanche admirando o oceano vasto, bem pertinho dos albatrozes, que voavam de um lado para o outro, sobre as nossas cabeças. Passamos umas cinco horas por ali, no chamado Nariz do Diabo, conversando, fotografando e não vendo o tempo passar. Que paz!

Dia 7 – Stanley

Na sexta-feira à tarde voltamos para Stanley, onde dormimos, já nos preparando para pegar o voo na tarde do sábado. Aproveitei para passear pelo supermercado (vocês também fazem isso?), comprar um exemplar do jornal semanal Penguin News, o único das Falklands, e dar mais uma volta pelo centro da capital. À noite, fui a uma festa animadíssima — onde eu já conhecia, aquela altura, pelo menos 30% das pessoas (lugar pequeno é assim). Só tocaram clássicos dos anos 80 e 90, e todo mundo dançou até a madrugada.

Foi para fechar a viagem com chave de ouro e provar de vez o que eu já vinha percebendo: os falklanders são um dos povos mais simpáticos, generosos e bem-humorados que eu já conheci — de conversa sem pressa e empatia no olhar. O arquipélago é lindo de tirar o fôlego; mas as pessoas deixam uma viagem por lá ainda mais especial.

Recomendo de coração.

* A editora viajou à convite da Embaixada Britânica no Brasil

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