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Companhias aéreas são acusadas de dividir famílias em voos de propósito

Thayana Alvarenga
28/11/2018 às 15:29

Companhias aéreas são acusadas de dividir famílias em voos de propósito

A Ministra Britânica de Comunicação Digital, Margot James, acusou companhias aéreas que voam para o país de usarem um algoritmo para separar intencionalmente passageiros da mesma família no momento do check-in, com o objetivo de forçá-los a pagar pela marcação de assentos. O tema tem sido investigado há mais de um ano pela Civil Aviation Authority (CAA) do Reino Unido.

De acordo com a CAA, as companhias chegam a lucrar 175 milhões de libras por ano (mais de 860 milhões de reais) com a taxa para marcação de assentos.

“É um meio muito cínico de exploração, para enganar o público em geral. Algumas companhias tiveram a ousadia de dividir os passageiros identificados pelo sobrenome, então quando os familiares querem viajar juntos, são cobrados a mais”, disse Margot James.

Em junho de 2017 alguns passageiros perceberam que estavam sendo separados do grupo se não pagassem a mais pelos assentos voando com a Ryanair, considerada a maior companhia aérea da Europa – e associada à prática com mais frequência. A empresa, porém, nunca admitiu mudar a forma como os assentos eram alocados, insistindo que não havia mudanças e dizendo que aqueles que não pagam para escolher um assento são “aleatoriamente” designados.

Uma recente pesquisa do CAA revelou que a probabilidade de os passageiros serem separados caso não paguem para sentar juntos varia bastante entre as aéreas. Após ouvir 4.296 pessoas que voaram como parte de um grupo, a agência descobriu que os viajantes tinham mais chances de se separar quando voavam com a Ryanair – 35% dos entrevistados estavam separados, após optar por não pagar mais para mudar os assentos. A Flybe e a TUI Airways eram as companhias que menos dividiam grupos, com apenas 12% das pessoas separadas.

Segurança aérea

Além do desrespeito, a divisão de grupos e familiares pode por em risco sua segurança. De acordo com um relatório produzido pelo Grupo de Operações de Voo da Royal Aeronautical Society (FOG), dividir os passageiros pode impedir evacuações rápidas e seguras em casos de emergência. Segundo o Grupo, é importante que os familiares se sentem perto um do outro, pois caso ocorra uma situação de emergência, como uma evacuação, descompressão ou turbulência aérea, a assistência pode ser realizada de maneira mais fácil.

O relatório ainda diz que “a CAA concorda que os assentos de membros da família deveriam ser juntos, uma vez que com familiares separados fica mais difícil procurar uns aos outros em uma evacuação de emergência, o que pode ter um impacto sério no fluxo de passageiros para saídas de emergência”.

E você, já passou por alguma situação parecida fazendo voos internos pela Europa? Comente abaixo a sua experiência e ajude outros leitores!

Com informações do Independent

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